Fotos: Ronaldo Modesto
A dona de casa Carmelita da Costa Lopes, residente na Rua N nº 222, Bairro União, Parauapebas, esposa do cabo PM Osmar, lotado no destacamento de Eldorado do Carajás, procurou na última quinta-feira (21) a reportagem do CORREIO DO TOCANTINS para denunciar o que ela considera como erro de maternidade.
Segundo a dona de casa, na última terça-feira (19), por volta das 15h30, ela foi submetida a parto normal na maternidade do hospital municipal de Parauapebas, mas na hora do nascimento do filho as enfermeiras teriam puxado com violência o braço direito do bebê e deixado a criança com o braço mole, sem movimento.
Ela conta que esteve com um ortopedista e ele disse que a criança vai ficar com sequelas. O parto foi assistido, segundo a mulher, por quatro enfermeiras, sem a presença de médico. “Duas delas ficaram na minha frente, tentando puxar o bebê à força, e as outras duas do meu lado, apertando minha barriga para a criança nascer”, explica Carmelita da Costa Lopes, acrescentando que quer que os responsáveis por esse erro sejam responsabilizados pelos atos que cometeram.
Na Secretaria Municipal de Saúde, na manhã desta sexta-feira (22), a reportagem ouviu Afonso Vidinha, secretário adjunto, que disse ter tomado conhecimento do fato na quinta-feira (21) e que a situação estava sendo apurada por uma comissão composta por servidores municipais.
Perguntado se é normal ocorrer partos na maternidade apenas com o trabalho de enfermeiras, sem a presença de médico, o secretário adjunto respondeu que isso ocorre quando o pré-natal da mulher foi desenvolvido de forma regular, sem nenhuma anormalidade, “pois a maternidade conta com enfermeiras especializadas para proceder parto sem a presença de médico”.
Por causa da situação que surgiu, Afonso Vidinha informa que uma comissão foi formada para apurar o que realmente aconteceu com essa criança. “Até agora, o que podemos dizer é que a criança apresentou no braço direito uma lesão denominada diplex, que deve ser reparada por meio de sessões de fisioterapia”.
Indagado se na dificuldade do parto as enfermeiras não teriam que convocar um médico e este procedesse a uma cesariana na parturiente, o secretário informou que esta possibilidade poderia ocorrer, mas quem deveria arbitrar ou não esta situação seria o médico, “e é por isso que estamos apurando o problema, abrindo processo administrativo para apurar responsabilidades”, diz ele, admitindo que tenha havido falha no processo do parto. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva/CT)
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