terça-feira, 26 de julho de 2011

Índice de queimadas urbanas preocupa Corpo de Bombeiros

Fotos: Corpo de Bombeiros
Embora seja esperado nesta época de escassez de chuvas, o índice de focos de incêndio registrado na vegetação urbana de Parauapebas vem preocupando a unidade do Corpo de Bombeiros, uma vez que a guarnição militar conta com contingente bastante reduzido, situação que muitas vezes deixa a desejar no atendimento à média atual de três ocorrências por dia.

Na avaliação do capitão BM Charles Catuaba, subcomandante do Corpo de Bombeiros em Parauapebas, instituições como o próprio Corpo de Bombeiros, Ibama, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) precisam se adequar com instruções e equipamentos apropriados para o combate a incêndio na região, além de persistir com políticas de orientações às pessoas que praticam as queimadas.

O subcomandante do CB assinala que este tipo de comportamento, aparentemente inofensivo, como queima de resíduo nos quintais ou em áreas maiores na zona urbana da cidade, pode se transformar em verdadeira tragédia.

Capitão Catuaba lembra que a vegetação urbana é representada por toda cobertura vegetal existente na cidade, composta, fundamentalmente, pelas áreas livres de uso público (praças e parques) e as potencialmente coletivas (escolas, hospital, repartições públicas etc); pelas áreas livres particulares (pertencentes a residências, loteamentos, condomínios, empresas privadas etc); e pelas áreas naturais preservadas (reservas, parques florestais, matas ciliares, em especial as serras).

Segundo o subcomandante, as queimadas em Parauapebas são consideradas propositais, provocadas pela população (intencional ou negligencialmente), às vezes pelo mau hábito de colocar fogo em lixo, terrenos baldios, margens de córregos e beiras de rodovias para a eliminação da vegetação, ou quando por uma causa de fenômenos natural, como relâmpagos ou os raios solares, por exemplo.

As queimadas que ocorrem em terrenos urbanos ou rurais destroem a vegetação, degradam o solo e prejudicam os animais e os vegetais. Além disso, poluem o ar com fumaça e gases tóxicos, provocando doenças respiratórias. As queimadas podem, ainda, causar acidentes nas estradas, assim como os resíduos das queimadas que atrapalham a população na higienização de suas residências.

PENA É PESADA
O oficial do Corpo de Bombeiros alerta que provocar incêndio em mata e floresta sem autorização dá cadeia. A Lei 9.605, de 12/02/1998 (Lei de Crimes Ambientais), preconiza reclusão de dois a quatro anos e multa a quem comete este tipo de crime. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano e multa.

Para quem causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa de flora, a pena é reclusão de um a quatro anos e multa, ou detenção de seis meses a um ano e multa.

PREVENÇÃO
Abaixo, alguns itens de orientação sobre prevenção de incêndio:
1. Mantenha seu terreno limpo, com o mato cortado e recolhido, impedindo a ocorrência de incêndios e a proliferação de animais e vetores de doenças.
2. Se ao lado da sua casa existem terrenos abandonados, oriente os proprietários a limpá-los. Caso nada seja feito, denuncie!
3. Além do mal que causa ao meio ambiente, a fumaça das queimadas é prejudicial à saúde, causando problemas respiratórios, principalmente em crianças e idosos.
4. A fumaça causada pelo incêndio, além de fazer mal, traz as fuligens (cinzas), resultado da queima de resíduos ou vegetação.
5. Respeite o meio ambiente e não brinque com fogo; as leis de proteção contra queimadas são rígidas.
6. Informe e oriente as pessoas que você conhece sobre os cuidados a serem tomados, evitando incêndios, muita fumaça e destruição.
7. Quando há incêndios, todos acabam prejudicados. Ao ver focos de incêndio, avise imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar pelo telefone 193 ou 3356-4010. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva/CT)

Nenhum comentário: