Sessenta e três famílias atingidas pela enchente, que há seis meses se encontram acampadas precariamente num barracão às margens da estrada Faruk Salmen, em Parauapebas, continuam recebendo auxílio da prefeitura, que promete contemplar estas famílias com o programa “Lote Urbanizado”, no próximo mês de setembro.
As famílias que se encontram alojadas no barracão são oriundas de áreas baixas de vários bairros da cidade que no inverno foram atingidas pelas cheias do rio Parauapebas e do igarapé Ilha do Coco, que cortam a cidade.
Mesmo recebendo ajuda da prefeitura, as famílias alegam que o cotidiano delas não está sendo nada fácil, pois elas desejam sair do barracão e morar em seus próprios lares, mas esta esperança estaria sendo adiada pelo poder público.
Das 63 famílias que se encontram no abrigo, existem ainda 83 crianças de 0 a 14 anos de idade, que recebem visitas periódicas de agentes comunitários, clínicos e outros profissionais da área de saúde, enquanto as donas de casa são atendidas com consultas ginecológicas e obstetras, por meio do Programa Familiar, dos governos federal e municipal.
Além de atendimento médico, as famílias alojadas recebem diariamente transportes escolares, abastecimento de água em carro-pipa e visita de servidores da Defesa Civil, para resolução de casos emergenciais.
De acordo com o coordenador da Associação dos Desabrigados do Riacho Doce e Liberdade, Jonas Conrado, a prefeitura está prometendo contemplar a cada uma das famílias com terreno e kit com material de construção para edificação do imóvel.
O vendedor ambulante Manoel Pereira, de 57 anos, diz ter esperança que em breve não seja mais preciso viver correndo das enchentes no período de inverno para instalações sem o mínimo de conforto e higiene, como acontece hoje no barracão da antiga empresa Usimig.
Quem também reclama da situação precária em que vive no abrigo é Terezinha de Jesus dos Santos Carvalho, 60 anos. Ela diz que quando comprou a casa onde morava no Bairro Riacho Doce não tinha conhecimento que era uma área de risco. Com três meses de moradia, a dona de casa foi obrigada a deixar o imóvel, que ficou coberto de água da enchente.
Na última quinta-feira (28), a polícia foi chamada ao local para acalmar os ânimos de alguns abrigados que não estavam se entendendo, mas tudo foi solucionado, depois de uma conversa amistosa entre policiais e brigões. (Waldyr Silva/Correio do Tocantins)
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