sábado, 9 de julho de 2011

Acip e CDL debatem Estado de Carajás com parlamentares

Fotos: Waldyr Silva
Composição da mesa

Público presente

Secretário Asdrúbal Bentes

Deputado Wandenkolk Gonçalves

Ex-senador Leomar Quintanilha
Membros da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Parauapebas (Acip) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), à frente os empresários José Rinaldo Carvalho e Daniel Pereira Lopes, respectivamente, reuniram-se com parlamentares e lideranças do movimento emancipatório na noite da última quinta-feira (7) na Câmara Municipal para debater a campanha para o plebiscito que vai decidir no dia 11 de dezembro deste ano se a população quer ou não a criação do Estado de Carajás.

A mesa do encontro foi formada pelos deputados João Salame (estadual), Wandenkolk Gonçalves (federal) e Asdrúbal Bentes (federal, licenciado); vice-prefeito de Parauapebas, Afonso Andrade; vereador Odilon Rocha Sanção; ex-senador Leomar de Melo Quintanilha (TO), secretário municipal de Habitação, Antonio Neto; empresários José Rinaldo, Daniel Lopes e Raimundo Cabeludo; e Rui Hildebrando, do Comitê Carajás.

Todos os presentes na mesa usaram da palavra, com destaque para os discursos de Asdrúbal Bentes, João Salame, Wandenkolk Gonçalves e Leomar Quintanilha, abordando a importância ímpar de se votar “sim” no plebiscito para criar o Estado do Carajás na região pleiteada, em virtude da ausência dos governos nesses municípios.

Na sua fala, o deputado licenciado Asdrúbal Bentes, hoje secretário estadual de Pesca no Governo Simão Jatene, fez um breve histórico sobre a tramitação dos projetos de criação do Estado de Carajás no Congresso Nacional e criticou pesadamente a ausência do governo estadual nas regiões que ficam distante da capital do Pará, para onde são centralizadas as atenções dos governantes.

“Antes de assumir a pasta no Governo do Estado, eu disse ao governador Jatene que não abriria mão de defender o Estado de Carajás, independente da posição dele em relação ao projeto, e no dia que ele achar que não sirvo mais para ocupar o cargo eu renuncio e retorno para a Câmara dos Deputados”, frisou Asdrúbal Bentes.

Por sua vez, João Salame salientou que o momento é que todos os povos e partidos políticos da região se unam para convencer as pessoas que ainda não decidiram em votar a favor da emancipação no mês de dezembro, no plebiscito.

“Temos que começar nossa campanha urgentemente em todo estado, porque em Belém por onde a gente anda existe movimento contrário à criação do Estado de Carajás”, exortou o deputado estadual.

Ao usar o microfone, Wandenkolk Gonçalves observou que se a população da região que pretende se emancipar perder essa chance de votar pelo “sim” no dia do plebiscito, outra oportunidade igual a esta não surgirá dentro dos próximos 50 anos.

O parlamentar disse não acreditar na veracidade de uma pesquisa contratada e publicada por um jornal da capital, revelando que 42% dos entrevistados votariam pelo “não”, 37% pelo “sim” e 22% ainda não teriam opinião formada.

“Estão tentando enfiar em nossa cabeça que há praticamente um empate técnico, para que nosso movimento se tranquilize e se desarme na luta do convencimento, mas não vamos cair nessa”, alertou Wandenkolk Gonçalves.

Por último, o ex-senador Leomar Quintanilha garantiu aos líderes do movimento emancipatório e ao povo da região que continua do lado daqueles que pretendem ver e participar do progresso dos municípios que integram o futuro Estado de Carajás.

“Prova disso foi minha atitude em apresentar no Senado projeto de criação da nova unidade federativa do país, quando nenhum outro senador paraense teve a coragem para tal”, lembrou o ex-senador.

Leomar Quintanilha fez comparação com os estados do Tocantins e Mato Grosso do Sul, destacando o crescimento tanto nas regiões emancipadas quanto nas partes que originaram as novas unidades federativas.

“Aqui, em solo paraense, todo o estado vai ganhar com a redivisão territorial, como Carajás, Tapajós e o restante do Pará, pois a criação de novas unidades administrativas significa crescimento e não atraso, como pregam algumas pessoas contrárias ao movimento”, finaliza o ex-senador. (Waldyr Silva/Correio do Tocantins)

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