A entrevista do deputado federal Giovanni Queiroz à jornalista Cristina Lemos na Record News da quinta-feira (7) à noite está imperdível. Pode ser acessada pelo site www.r7.com.br/record-news.
O deputado afirma que a decisão sobre a abrangência do plebiscito ainda será decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), garante que a União não precisará desembolsar um centavo para bancar a criação e manutenção do Carajás e, otimista, define que os R$ 2 bilhões avaliados pelo IPEA são um gasto pequeno quando comparado com a importância dos serviços públicos que serão gerados e diante da capacidade arrecadadora do sul e sudeste do Pará.
“Vamos arrecadar muito mais”, disse, lembrando que apenas uma das empresas de mineração instaladas na região, a Vale, investirá cerca de R$ 35 bilhões nos próximos cinco anos.
Giovanni Queiroz afirma que, conforme se viu com o desempenho de estados mais novos, como Mato Grosso do Sul e Tocantins que se transformaram em economias pujantes com justiça social e cidadania , Carajás será um grande exemplo para o Brasil.
Unido ao Carajás pelo rio Araguaia, Tocantins saiu da condição de “corredor da miséria goiano” para estado referência em várias áreas, especialmente em educação e saúde, quando comparada com a região do Carajás.
Tocantins, segundo lembrou, tem cinco faculdades de medicina e oito de engenharia, enquanto o Carajás não tem nenhuma nessas duas áreas; em enfermagem e direito, o estado vizinho tem, respectivamente 13 e 15 faculdades, enquanto Carajás tem uma e duas.
“Em Araguaína (TO) hoje se opera do coração como no Sírio Libanês”, afirmou o deputado, ao se referir à qualidade do atendimento médico em Tocantins que, em áreas como cardiologia, anda ao lado de grandes hospitais paulistas.
A implantação de Carajás, segundo frisou Giovanni Queiroz, será um instrumento de integração da região Norte no processo de desenvolvimento do país. A região enfrenta hoje um surto de crescimento populacional, resultado, segundo o deputado, do movimento migratório e das grandes potencialidades em riqueza, distribuição de renda e de abertura de postos de trabalho na região. “Quem tiver pensando em investir na China, antes conheça o sul do Pará”, exortou.
Provocado pela jornalista, o deputado não se desviou das questões mais “picantes” suscitadas pelo processo de emancipação. Lembrou que a revisão geopolítica, especialmente da Amazônia, havia sido prevista de forma inteligente pelos constituintes de 1988 embora não tenha se efetivado e que não há risco de a emancipação de Carajás estimular outros desmembramentos. O que prevalecerá sempre, segundo o deputado, é a responsabilidade no encaminhamento das demandas.
No caso do Pará, o processo foi amadurecido nos 30 anos e Carajás, segundo indicadores confiáveis, tem viabilidade em todos os aspectos. Caso a estruturação e manutenção da máquina administrativa custem 50% do total arrecadado no futuro estado, restarão para investimentos outros 50%, o que representa, segundo Giovanni Queiroz, um volume alto de recursos quando comparado com gastos e investimentos de outros estados.
A jornalista Cristina Lemos quis saber por qual dos dois estados, Carajás ou Tapajós, o deputado Giovanni Queiroz sairia candidato a governador: “Vamos criar o estado. Depois a gente conversa (...). Uma região como essa precisa ser bem governada, com responsabilidade e com muita seriedade. Temos lá quadros excelentes. O importante agora é criar esse estado, criar uma nova oportunidade, para que renasça aí uma nova unidade territorial que contribua com o Brasil. Precisamos ter a coragem de inovar”, respondeu o deputado.
domingo, 10 de julho de 2011
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