A Associação Nacional de Biossegurança (Anbio), órgão criado por cientistas brasileiros, trouxe informações que mostram que os números referentes a infecções hospitalares no Brasil são altos e bastante insatisfatórios.
Embora não existam dados oficiais do Ministério da Saúde e nem projeções de níveis razoáveis de infecção dentro dos hospitais do país, especialistas acreditam que uma atuação mais efetiva é necessária para garantir que a "guerra" contra as infecções não seja perdida.
"A resistência aos antibióticos no mundo é claramente o tema da atualidade, já que se pode observar em todas as partes a mesma coisa, infecções por bactérias cada vez mais resistentes", esclarece o médico Laurent Poirel, infectologista francês, em entrevista sobre o tema.
O conceito de infecção hospitalar está associado à infecção adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta médica, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
Segundo informações da Anbio, cerca de 80% dos hospitais não fazem o controle adequado. O índice de infecção hospitalar varia entre 14% e 19%, podendo chegar a 88,3% em algumas unidades, e cem mil pessoas morrem por ano devido às infecções. A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que as infecções hospitalares atinjam 14% dos pacientes internados no país.
Estudos realizados em 28 países da Europa indicaram um nível bem mais seguro que o brasileiro. Segundo o levantamento divulgado no início deste mês, a taxa média de infecções em doentes internados em hospitais do Velho Continente é de 2,6%.
Mesmo em países europeus onde os níveis de infecção foram considerados alarmantes pela investigação, como o caso de Portugal, a condição foi melhor que a estimada para o Brasil. A avaliação apurou um nível de 11% de contaminação de pacientes em tratamento nas dependências hospitalares analisadas em Portugal.
"O paciente internado está suscetível. E infelizmente o cumprimento das normas de higiene é aquém do esperado. A gente vê profissionais de jaleco no refeitório, e aí eles levam agentes de risco para fora e trazem outros para o hospital. Outros não lavam as mãos corretamente ou não usam máscaras. Em muitas unidades, a troca de filtro do ar-condicionado não é feita frequentemente ou existe alta rotatividade dos profissionais de limpeza, e aí o pano de chão é usado em mais de uma enfermaria. O país tem mais de sete mil hospitais e eu diria que 1% tem um programa de biossegurança rotineiro", alertou a presidente da Anbio, Leila dos Santos Macedo. (Portal do Consumidor)
Embora não existam dados oficiais do Ministério da Saúde e nem projeções de níveis razoáveis de infecção dentro dos hospitais do país, especialistas acreditam que uma atuação mais efetiva é necessária para garantir que a "guerra" contra as infecções não seja perdida.
"A resistência aos antibióticos no mundo é claramente o tema da atualidade, já que se pode observar em todas as partes a mesma coisa, infecções por bactérias cada vez mais resistentes", esclarece o médico Laurent Poirel, infectologista francês, em entrevista sobre o tema.
O conceito de infecção hospitalar está associado à infecção adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta médica, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
Segundo informações da Anbio, cerca de 80% dos hospitais não fazem o controle adequado. O índice de infecção hospitalar varia entre 14% e 19%, podendo chegar a 88,3% em algumas unidades, e cem mil pessoas morrem por ano devido às infecções. A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que as infecções hospitalares atinjam 14% dos pacientes internados no país.
Estudos realizados em 28 países da Europa indicaram um nível bem mais seguro que o brasileiro. Segundo o levantamento divulgado no início deste mês, a taxa média de infecções em doentes internados em hospitais do Velho Continente é de 2,6%.
Mesmo em países europeus onde os níveis de infecção foram considerados alarmantes pela investigação, como o caso de Portugal, a condição foi melhor que a estimada para o Brasil. A avaliação apurou um nível de 11% de contaminação de pacientes em tratamento nas dependências hospitalares analisadas em Portugal.
"O paciente internado está suscetível. E infelizmente o cumprimento das normas de higiene é aquém do esperado. A gente vê profissionais de jaleco no refeitório, e aí eles levam agentes de risco para fora e trazem outros para o hospital. Outros não lavam as mãos corretamente ou não usam máscaras. Em muitas unidades, a troca de filtro do ar-condicionado não é feita frequentemente ou existe alta rotatividade dos profissionais de limpeza, e aí o pano de chão é usado em mais de uma enfermaria. O país tem mais de sete mil hospitais e eu diria que 1% tem um programa de biossegurança rotineiro", alertou a presidente da Anbio, Leila dos Santos Macedo. (Portal do Consumidor)
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