terça-feira, 11 de outubro de 2011

Donas de casa denunciam falta de água nas Casas Populares II

Fotos: Waldyr Silva

Um grupo de mulheres entrou em contato, na manhã desta segunda-feira (10), com a redação da Sucursal do CORREIO DO TOCANTINS em Parauapebas para reclamar que há meses a comunidade daquele bairro vem padecendo com a falta de água nas torneiras das residências.

Segundo as donas de casa, elas se valem da boa vontade de alguns vizinhos que possuem poços artesianos para a coleta diária de água por meio de baldes e latas para suprir às necessidades básicas da família.

Ouvida pela reportagem, Vera Lúcia Gonçalves, residente na Rua Paraná, qd. 18 lt. 19, revela que enche cinco vezes por dia para atender os vizinhos uma caixa d’água com capacidade para 1.000 litros com um poço artesiano que mandou perfurar.

Embora tenha em sua casa instalação de água do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep), Vera Lúcia lamenta a falta do produto, cujo talão de conta mensal vai pra ela todos os meses, ao preço médio de 20 reais, porém, sem nenhum desconto.

“Com dó de meus vizinhos, eu distribuo diariamente cinco mil litros de água de meu poço artesiano, fora os vizinhos mais próximos que eu passo a mangueira com água direto da caixa que colhe o produto do poço”, revela Vera Lúcia.

A partir deste mês, por causa da conta de luz que está vindo muito alta para funcionar a bomba, a dona de casa disse que passou a pedir uma pequena colaboração voluntária (média de dez reais) das pessoas que apanham água em seu poço. Vera Lúcia garante que a qualidade da água do poço que ela mandou cavar é melhor que da água da rua.

Quem também reclama da situação da falta de água tratada nas Casas Populares II é a dona de casa Maria do Socorro Cavalcante (Avenida Iguaçu qd. 17, lt. 12). Segundo ela, a salvação da vizinhança é a dona Vera Lúcia, que cede água do poço para várias famílias.

“Tem mais de mês que a água do Saaep não chega lá em casa, mas a conta chega todo mês, e se a gente não pagar eles cortam”, reclama Maria do Socorro, acrescentando que está com problemas de saúde na coluna de tanto carregar água em baldes.

Dona Rosângela Leal (Avenida Iguaçu qd. 18, lt. 14) é outra dona de casa que aumenta o coro das reclamações, informando que, por causa da constante falta de água no logradouro, muitas famílias resolveram investir na construção de poços artesianos, “mas são poucas as que se dispõem a fornecer água pra quem não tem”.

SAAEP
Na sede do Saaep, no Bairro Beira Rio, por volta das 15h50 desta segunda-feira (10), a reportagem tentou conversar com o gestor da autarquia, mas foi informada que a funcionária pública responsável pelo setor de comunicação com a imprensa só trabalha até as 14 horas, e que naquele horário ela já tinha ido para casa, retornando ao trabalho somente nesta terça-feira (11).

3 comentários:

Solange de Sousa disse...

Bom dia!

Meu nome é Solange, sou a assessora de Relações Públicas do Saaep.
Gostaria de informar aos usuários que se sentem lesados, que se faz necessário o comparecimento no atendimento do nosso setor para solicitação de vistoria em sua unidade consumidora, para que seja feita revisão de valores e possíveis isenções.

Anônimo disse...

Será que vamos ter que volta o Chico pra refazer todo o projeto de água d novo.

Anônimo disse...

é uma vergonha..hoje me deparei com minha vizinha em pleno centro do bairro da paz do balde na cabeça...é uma vergonha..