quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Empresa fecha acordo com cooperativa para elaboração de pesquisa geológica

A Cooperativa Mista da Cutia (Coomic) e a pesquisadora Grifo, empresa ligada à canadense Colossus Minerals Inc., selaram no início desta semana acordo de parceria para realizar pesquisas geológicas e exploração de ouro na área dos 629 hectares do antigo garimpo da Cutia, no município de Curionópolis.

O acordo previamente selado será levado à apreciação da Assembleia Geral Ordinária da Coomic a ser convocada pelo presidente da cooperativa, Raimundo Lopes, para o próximo dia 23.

“Agora é um caminho sem volta”, declarou Raimundo Lopes, ao assinar a proposta entregue ao engenheiro de mina Paulo de Tarso Serpa Fagundes, responsável pela Grifo e pela Colossus, atual parceira da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) no projeto da Nova Serra Pelada. “Tenho certeza que essa parceria será boa para ambos os lados”, respondeu o executivo, que quer iniciar os trabalhos de pesquisas de forma imediata.

Ao analisar o fechamento da parceria, o presidente da cooperativa informou que, inicialmente, houve uma proposta da Gripo e uma contraproposta da Coomic. Na conclusão das negociações, venceu a que contempla os interesses dos dois lados.

A avaliação foi feita pelo dirigente cooperativista depois de sentar-se à mesa com grupos interessados de São Paulo, Rio Grande do Sul, investidores chineses e até mesmo com representantes de outro grupo canadense. “Conversamos com muitos, mas chegamos à conclusão que a parceria com a Grifo foi a melhor opção”, apontou o presidente da cooperativa, que possui pouco mais de oito mil associados.

Desde que recebeu do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em maio do ano passado, seu alvará de pesquisa, com prazo de validade de três anos, a Coomic vem buscando no mercado da mineração um grupo investidor, com suporte financeiro suficiente no sentido de selar um contrato de parceria para exploração da sua área.

A Grifo foi a primeira empresa a se manifestar, mas terminou desistindo por duas vezes, em decorrência dos solavancos no mercado da mineração.

Antes de ir à China, convidado pela empresa Shanghai Pengxim Goup, Raimundo Lopes seguia com a certeza de que o grande negócio da Cutia estava na própria Serra Pelada. “Queremos levar esse contrato de parceria à sociedade, para que seja aprovado”, afirmou.

Além da questão contratual, na ordem do dia da Assembleia Geral do próximo dia 23, fará parte da pauta o fechamento do quadro social da cooperativa. Por causa disso, muitos sócios inadimplentes deverão correr para quitar suas dívidas. (Waldyr Silva, com informações da Agência Bateia)

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