sábado, 22 de outubro de 2011

Coluna Linha Cruzada (22 a 24/10)

Não é de hoje que a população de Parauapebas vem reclamando à imprensa da falta de infraestrutura na cidade. São problemas referentes a energia elétrica, água tratada, transporte coletivo, saúde deficiente, deficiência nas políticas de habitação. /// Nos últimos meses, os consumidores de energia elétrica vêm amargando enormes prejuízos com a falta sistemática dos serviços nas residências e nos comércios da cidade. /// O pior de tudo isso é que a comunidade é pega de surpresa com a suspensão da energia, sem nenhum aviso antecipado aos consumidores. /// Às vezes em que há comunicado, é para a concessionária pedir desculpa pelos transtornos causados, mas aí a clientela já sofreu o prejuízo. /// A falta de energia elétrica complica ainda mais o já precário serviço de internet oferecido na cidade, para desespero dos internautas. /// No escritório regional da Rede Celpa, ninguém tem autorização para justificar as eventuais suspensões de energia, empurrando o problema para a sede da empresa em Belém, onde é grande a dificuldade para conversar com responsáveis pelas regionais do interior. /// A comunidade já começa a ensaiar manifestação de descontentamento com a costumeira falta de energia elétrica, ameaçando tomar atitudes radicais nas ruas, inclusive na subestação que distribui os serviços para o município. /// Com relação à reclamação de falta de infraestrutura, muita gente de vários bairros de Parauapebas sofreu com a chuva torrencial, porém sem ventania, que abateu sobre a cidade na última quinta-feira (20). /// A falta de canais e esgotos para escoação da água pluvial vem provocando desvio da água para o meio da rua e consequentemente para o interior de residências localizadas em áreas baixas. /// O transporte coletivo de passageiros é outro problema crônico que as autoridades não têm peito para solucionar e apresentar um serviço no mínimo razoável para a população. /// Em Parauapebas, o serviço de transporte de passageiros é explorado por cooperativas formadas por minúsculas vans, que, às vistas de agentes do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), insistem em transitar com as peruas superlotadas e em alta velocidade pelas ruas estreitas da cidade, colocando vidas em risco. /// Além disso, a maioria dos condutores e cobradores das vans ainda debocha dos passageiros, quando estes reclamam que o veículo já se encontra cheio, enquanto os trocadores tentam colocar mais gente no interior da perua. /// Outro engodo para ludibriar o usuário é a colocação de placa ou letreiro no pára-brisa da condução com a palavra “Direto”, numa alusão de que a van iria direto para o bairro do passageiro. Só que a rota é só uma para todos os bairros. /// Para se ter uma ideia da precariedade do transporte público de Parauapebas, um passageiro que precisa se deslocar dos bairros Cidade Nova, União ou Primavera para o shopping leva uma hora redonda para chegar ao seu destino. /// Isso ocorre porque não há linha exclusiva de vans para aquele centro de compras. /// E não adianta reclamar, porque os órgãos responsáveis pelo setor não estão nem aí para a comunidade. /// Um bom final de semana, leitor.

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