sábado, 19 de março de 2011

Secretário de Saúde dá outra versão sobre mortes de crianças

Fotos: Waldyr Silva


Durante entrevista coletiva para se apresentar oficialmente à imprensa local, na última quinta-feira (17), o novo secretário de Saúde do município de Parauapebas, Alex Pamplona Ohana, deu outra versão sobre as 52 mortes de bebês registradas no ano passado na Maternidade Margarida Alves.

Na matéria sobre o caso, divulgada na edição 2185 do CORREIO DO TOCANTINS, Alex Ohana informa à reportagem que tão logo tomou posse no cargo tomara conhecimento sobre as 52 mortes de bebês na maternidade municipal. Diz ainda que estava tomando providências para abrir processo administrativo com o objetivo de apurar as causas de tantas mortes e punir os eventuais culpados.

O secretário chega a observar na matéria que se os profissionais de saúde e as próprias mães tivessem observado os cuidados básicos de atendimentos e de pré-natal, mais de 50% dos casos de mortes teriam sido evitados.

Na coletiva, Alex Ohana desconversou com os repórteres, admitindo que houvesse repassado a informação à imprensa, porém, salientou que ainda não tinha checado os dados. Para tanto, disse ter mandado instaurar processo administrativo, que deverá ser concluído dentro de 45 dias.

O secretário discorda da quantidade de mortes de bebês registrada na maternidade, mas admite que tenha havido mortes no período. “Caso isso seja mesmo confirmado, temos que levar em consideração que o número de perda de vidas na maternidade soma-se aos casos ocorridos também em hospitais e maternidades da rede privada”, observa.

TRATAMENTO COM IMPRENSA
Questionado sobre o caso de tentativa de impedimento da cobertura jornalística de uma equipe de TV local esta semana, quando seguranças do Hospital Municipal Teófilo Soares se colocaram à frente da câmera da emissora, o secretário informou ter tomado as providências junto à empresa que presta serviço de segurança no hospital, e prometeu tratar os profissionais de imprensa com mais atenção.

Alex Ohana sustenta que mesmo que o repórter tenha autorização de algum membro de família hospitalizado para adentrar à repartição pública, o profissional de imprensa não tem o direito de fazer imagens de nenhum paciente no leito hospitalar. “Do lado de fora do prédio, vocês podem fazer a imagem que quiserem”, frisou.

Durante a coletiva, que tinha como objetivo apresentar sua equipe e os planos de trabalho a serem implantados na nova gestão, o secretário de Saúde foi bombardeado de questionamentos pelos repórteres, principalmente por problemas vividos atualmente pela sociedade, entre entres as constantes faltas de médicos a seus consultórios, a qualidade no atendimento desses profissionais, a presença constante de animais nas ruas da cidade, a falta de fiscalização em matadouros e na comercialização de produtos alimentícios nas feiras livres, entre outras mazelas sofridas pela população.

Sobre estes questionamentos, Alex Ohana promete que vai solucionar todos esses problemas, mas pede um pouco de paciência da população, pois entende ser impossível resolver a todas as situações de uma só vez.

O secretário revela que o setor de Saúde conta hoje com exatos 1.079 servidores públicos e um quadro de 66 médicos de variadas especialidades. (WS/CT)

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