quinta-feira, 17 de março de 2011

‘Costa pra Rua’ será demolido até quarta-feira



O Ministério Público, por meio do promotor Danyllo Pompeu Colares, recomendou que a prefeitura suspendesse até o próximo dia 23, quarta-feira, todo e qualquer funcionamento comercial no local denominado “Costa pra Rua”. A determinação sugere que os pontos comerciais sejam demolidos até a próxima quarta-feira (23) e o local seja revitalizado.

Reunião neste sentido com representantes da Prefeitura de Parauapebas, Ministério Público e polícias Militar e Civil ocorreu na tarde desta quarta-feira (16), no auditório do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), com a presença de comerciantes detentores de boxes localizados no logradouro, que se localiza numa área entre as ruas 14 e 13, no Bairro Cidade Nova, para debater o assunto.

Os boxes onde funciona o “Costa pra Rua” foram construídos pela prefeitura há dez anos e entregue a pequenos comerciantes para venda de alimentos. Só que nos últimos anos o local se transformou em pontos de venda de bebida alcoólica, drogas, exploração de prostituição, jogos de azar e até registro de homicídios e outros tipos de crime.

Nas últimas semanas, a polícia vem cobrando o cumprimento de horário da permanência de menores na rua e o funcionamento de bares e casas noturnas, mas os comerciantes do “Costa pra Rua” nunca deram atenção para a portaria da polícia, continuando a vender bebidas alcoólicas e alimentos até a madrugada.

Baseado nestas denúncias, e também se dizendo preocupado com a integridade física das pessoas, o Ministério Público recomendou que a prefeitura proibisse o funcionamento e até demolisse os boxes, recomendação esta que a administração pública acatou, informando aos proprietários dos boxes para desocuparem o local até a próxima quarta-feira (23), quando máquinas e tratores chegarão para demolir todos os pontos existentes no “Costa pra Rua” e revitalizar o local.

Durante a reunião, vários detentores de pontos comerciais no local protestaram contra a decisão, alegando que trabalham ali durante dez anos e não têm pra onde ir.

A dona de casa Maria Antonia Gonçalves Almeida, usuária do boxe 7, denominado “Barcarela”, disse à reportagem do CORREIO DO TOCANTINS que não tinha para onde ir. “Meu lugar de trabalho é ali, por isso vou continuar lá, que eles queriam ou não”, sentenciou Maria Antonia, na presença do promotor Danyllo, do secretário de Urbanismo, Roque Dutra, de outras autoridades.

No documento do MP, o promotor sugere à prefeitura que os detentores de boxes devidamente cadastrados sejam remanejados para outros logradouros públicos. Neste caso, a Secretaria de Urbanismo sugere que os pequenos comerciantes sejam transferidos para as instalações do mercado municipal, localizado no Bairro Rio Verde, mas eles dizem que no local sugerido pela prefeitura não há movimento de pessoas.

Alguns comerciantes do “Costa pra Rua” prometeram à reportagem que a partir de hoje (quinta-feira) vão procurar um advogado para defender os direitos deles de permanecerem no local, onde comercializam há dez anos. “Bandido que é bandido tem direito de defesa, por que nós, que somos comerciantes e pessoas direitas, não temos?”, indagou um locatário de boxe. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva, Correio do Tocantins)

Nenhum comentário: