domingo, 13 de março de 2011

Famílias atingidas por enchente reivindicam moradia digna

Fotos: Waldyr Silva


Dez dias depois de interditar em Parauapebas por cerca de duas horas um trecho da estrada Faruk Salmen, mais conhecida por estrada de acesso à ferrovia, à altura do km 4, próximo do barracão onde elas estão acampadas, vítimas de enchente, dezenas de famílias voltaram a protestar na manhã desta sexta-feira (11), desta vez reivindicando moradia diga.

Os manifestantes saíram do barracão em caminhada portando faixas e cartazes, acompanhados por um sistema de som instalado numa bicicleta cargueira, até o Centro Administrativo da Prefeitura, no intuito de serem recebidos pelo prefeito ou por representantes deste.

Chamada para acalmar os ânimos dos manifestantes que faziam barulho na frente do prédio da prefeitura, uma guarnição do Policiamento Tático da Polícia Militar chegou ao local e conversou com as famílias, formando uma comissão para ser recebida pelo secretário municipal de Habitação, Antonio Neto. Os manifestantes receberam a promessa que seus pleitos serão estudados pelo prefeito.

Antes de integrar a comissão para apresentar as reivindicações aos representantes do prefeito municipal, o manifestante Jonas Conrado informou à reportagem que as mais de 100 famílias que estão alojadas no barracão ainda não foram atendidas com transporte, médicos, segurança, água tratada, serviço de limpeza e assistência social, conforme foi prometido pela Defesa Civil no último dia 1º, por ocasião da interdição da estrada Faruk Salmen.

As famílias acampadas no barracão, que agora reivindicam moradia digna, foram expulsas de suas residências nos bairros Riacho Doce e Liberdade II pelas águas da enchente do rio Parauapebas há cerca de 20 dias e agora, quando o nível da água começa a se estabilizar, elas dizem que não querem mais retornar para suas casas, onde são atingidas todo ano pela enchente.

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