Moradores dos bairros Guanabara e Nova Vida, em Parauapebas, reclamam que há muito tempo estão abandonados pelo poder público. A comunidade do complexo de bairros exige iluminação, segurança pública, ruas asfaltadas, meio-fio, tratamento de esgoto, água tratada, entre outros serviços de infraestrutura.
Na manhã do último domingo (13), a reportagem do CORREIO esteve nos dois bairros e ouviu o apelo de alguns moradores que se dizem insatisfeitos com a falta de atenção da prefeitura municipal para aqueles logradouros.
Para Raimundo Nonato Alves de Souza (Rua Rui Barbosa nº 258, Bairro Guanabara), o asfalto colocado na frente da casa dele aparenta ser de boa qualidade, mas a falta de construção de meio-fio para drenagem das águas pluviais vem deteriorando a camada asfáltica.
“Fico perguntando por que a prefeitura contrata uma empresa para fazer certa obra com o dinheiro do povo, recebe a obra inacabada e fica por isso mesmo. Isso é falta de vergonha na cara dos responsáveis pelos serviços ou falta de dinheiro?”, indaga o morador, complementando que a população, revoltada, espera por resposta.
Já o morador Pedro Amorim Filho (Rua Rui Barbosa nº 217) reclama que na frente da casa dele passa um esgoto a céu aberto, provavelmente de sanitário, que diariamente exala um odor insuportável, sem que o poder público tome alguma providência para solucionar o problema.
Quem também aumenta o coro das lamentações é a dona de casa Maria de Araújo Souza (Rua Luiz Gonzaga, esquina com Rui Barbosa, Bairro Nova Vida). Segundo ela, um grupo de pessoas já esteve várias vezes na associação de moradores do bairro reforçando o pedido de serviços para o bairro junto à Secretaria Municipal de Obras, mas os apelos nunca são atendidos. “Na época de campanha política, eles aparecem por aqui e fazem uma operação tapa-buraco, mas depois somem”, diz ela.
Maria Eloides Mendes Soares, vizinha da moradora acima, conta que há mais de duas semanas ela solicitou da prefeitura um contêiner para colocar entulhos de quintal, mas até domingo (13) o equipamento não havia chegado, e por isso a rua estava quase interditada com o material, proporcionando inclusive acidentes. Ela reclama que o asfalto colocado há apenas dois meses já não existe mais sobre a pista, pois foi levado pelas primeiras águas das chuvas.
O morador Antenor Gomes de Souza (Rua São Francisco nº 391, Nova Vida) reclama que a rua onde mora não conta com os serviços de asfalto, água tratada, meio-fio, drenagem e nem coleta de lixo, além do esgoto que corre a céu aberto, provocando doenças, principalmente em crianças.
Dona Maria Gelsa Rodrigues da Silva (Rua São Francisco nº 352) informou à reportagem que próximo de onde ela mora os moradores, não suportando tanto abandono na artéria pública, interditaram um trecho com pedaços de pau, móveis velhos e outros tipo de material, para ver se o protesto chamava a atenção das autoridades, mas a ação foi em vão.
ASSOCIAÇÃO
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Guanabara, Antonio Pereira de Souza, popularmente conhecido por “Scuby”, que acompanhou a reportagem junto à reclamação da comunidade, exibiu documentos explicando que a todos os problemas reclamados pelos moradores ele já havia solicitado às secretarias e departamentos afins, mas na maioria deles tinha como resposta a falta de dinheiro para execução das obras.
NA SEMOB
A reportagem esteve na manhã desta segunda-feira (14) na Secretaria Municipal de Obras (Semob) para ouvir o titular da pasta, José das Dores Coutinho, e foi recebida pela assessora Marcyne de Paula, que explicou que as obras de recuperação das ruas do complexo Guanabara serão iniciadas tão logo encerre o período chuvoso.
Quanto ao serviço de asfalto que não durou nem dois meses nas ruas Rui Barbosa e Daniela Perez, a assessora da Semob informou que o poder público vai acionar a empresa que executou o serviço mal feito para que a mesma refaça o asfaltamento nas referidas vias. (Waldyr Silva, Correio do Tocantins)
Um comentário:
e porque é que as pessoas constroem de qualquer maneira? Não sabem que isso traz doenças, confusão e nem sequer é civilização? Não é difícil ver isso tudo.
A cidade onde moramos deve ter alguma direcção, termos onde se possa estar bem. Parauapebas é um desastre! Não é anônimo mas anónimo!
Postar um comentário