terça-feira, 15 de março de 2011

Maternidade registrou 52 casos de mortes de bebês em Parauapebas

Fotos: Waldyr Silva
Cruzes e cartazes na frente da maternidade

Secretário Alex Ohana
Embora a administração anterior viesse sustentando que o índice de morte prematura de bebês na maternidade municipal ao longo dos últimos anos era zero, ao assumir o cargo há 15 dias o novo secretário municipal de Saúde, Alex Pamplona Ohana, tomou conhecimento que no ano passado a Maternidade Margarida Alves registrou 52 mortes de bebês.

Inaugurada em maio de 2006 num prédio anexo às instalações do Hospital Municipal de Parauapebas, no Bairro Primavera, a maternidade apresenta uma média de 3.500 partos por ano, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com nenhuma morte registrada.

PROTESTO
Nas primeiras horas da manhã do último sábado (12), algumas mães de família fizeram sorrateiramente um protesto na frente da maternidade, fincando algumas cruzes na grama e colocando faixa e cartazes contra as mortes que vêm ocorrendo na maternidade. Após o protesto relâmpago, as famílias deixaram o local antes que a imprensa chegasse.

Na manhã desta segunda-feira (14), a reportagem da Sucursal do CORREIO DO TOCANTINS em Parauapebas esteve no gabinete para conhecer o novo secretário municipal de Saúde e questionar sobre a mortandade na Maternidade Margarida Alves.

Na Semsa, Alex Ohana não quis gravar entrevista, sob a alegação de que ainda não tinha sido apresentado oficialmente pelo prefeito à imprensa local, fato que ocorreria ainda nesta semana, quando então teria autoridade para explicar a real situação em que encontrara a pasta da saúde.

Com a insistência da reportagem, o novo secretário se disse surpreso com as 52 mortes de crianças recém-nascidas e natimortas registradas no ano passado na maternidade municipal. Alex Ohana informou que já está tomando providências para abrir processo administrativo com o objetivo de apurar as causas de tantas mortes e punir os eventuais culpados.

Na avaliação do secretário, se os profissionais de saúde e as próprias mães tivessem observado os cuidados básicos de atendimentos e de pré-natal mais de 50% dos casos de mortes teriam sido evitados.

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