terça-feira, 6 de setembro de 2011

Instituição busca recursos para atender dependentes de drogas

Francesco Costa
Criado em setembro de 2004, com o objetivo de resgatar e incluir à sociedade pessoas com dependência química, etílica e outros tipos de drogas, o Projeto de Resgate e Inclusão Social (Pris) já atendeu mais de quinhentos usuários em Parauapebas.

A instituição é administrada pela Associação de Pastores Evangélicos de Parauapebas (Apep), que tem como atual presidente o pastor Josiel Pereira de Sá, o qual vem envidando esforços para atender à grande demanda de usuários de drogas que vivem abandonados de suas famílias e moram nas ruas da cidade.

De acordo com o presidente da Apep, com o crescimento exacerbado da cidade chegam também pessoas com pouca ou nenhuma qualificação de mão-de-obra. Por esse motivo, não são absorvidas no mercado de trabalho e ao ficarem descartadas a maioria delas termina por se enveredar ao consumo excessivo de álcool e outras drogas, principalmente o crack.

O Pris funciona numa chácara comprada e doada pela prefeitura, localizada a 20 quilômetros do centro da cidade, onde os usuários são “internados”. Atualmente, convive uma média de 22 internos e até 15 em regime de externato, na modalidade de reinserção ao mercado de trabalho ou adaptação ao seio familiar.

Além da orientação civil, social e espiritual que recebem na chácara, os usuários cuidam de hortas, criam pequenos animais e aves, praticam esporte (futebol), ouvem música, assistem a programas de televisão e desenvolvem atividades lúdicas entre si.

A entidade tem contado com uma significativa parceria com a Prefeitura de Parauapebas, por meio das secretarias municipais de Assistência Social e de Saúde, que disponibilizam recursos para viabilizar sua operacionalidade.

FÁBRICA DE TIJOLOS
Atualmente, a direção do Pris está pleiteando recursos a nível federal, iniciativas públicas e privadas, para ampliar as estruturas da instituição e abrigar uma quantidade maior de dependentes químicos.

Dentro desta perspectiva, de acordo com o pastor Josiel Pereira, há um projeto para instalação de uma fábrica de tijolos ecológicos, uma alternativa de terapia ocupacional para os internos em tratamento e de sustentabilidade, pois na industrialização do produto não haverá queima de madeiras, cuja matéria-prima será formada por entulhos e materiais descartados de construções que só serviriam para promover poluição.

Para viabilizar o projeto, o Pris precisa de recursos para adquirir as máquinas, que custam cerca de R$ 100 mil e mais R$ 50 mil para instalação. A burocracia enfrentada para alcançar esta conquista já está sendo enfrentada, com a documentação exigida sendo enviada para os órgãos competentes para análise e eventual aprovação e liberação dos recursos.

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