quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Estudantes saem às ruas e pressionam vereadores por campus universitário

Fotos: Waldyr Silva
Yuri Sobieski
Rafael Ribeiro
Centenas de estudantes secundaristas saíram às ruas de Parauapebas em passeata no final da tarde da última terça-feira (30), interditaram o tráfego de veículos no centro da cidade durante 15 minutos e encerraram o manifesto na sessão ordinária da Câmara Municipal, onde pressionaram os vereadores a interceder em favor da categoria, no sentido de sensibilizar as autoridades de Brasília a fazer com que o campus da futura Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) seja efetivamente instalado em Parauapebas.
Denominado “Movimento pró-criação do Campus da Unifesspa em Parauapebas”, o grupo estudantil entregou o ofício nº 02/2011 à Mesa Diretora da Câmara, solicitando que os vereadores empenhem seus esforços e suas influências políticas junto às lideranças de seus respectivos partidos, no sentido de garantir a criação e implantação do Campus da Unifesspa em Parauapebas.

No documento, os estudantes informam que estão empenhados na campanha de coleta de 100 mil assinaturas da população, num abaixo-assinado, cujo documento será entregue à Câmara dos Deputados, em Brasília, para sensibilizar os parlamentares a apresentarem emenda sugerindo a instalação do campus no município.

Os estudantes sugerem no ofício a realização de uma audiência pública para o próximo dia 8 de setembro, no auditório do Poder Legislativo ou outro local mais amplo, com participação da sociedade organizada, para debater o assunto.

O movimento estudantil solicita ainda à Câmara a disponibilidade de ônibus para que a categoria possa se mobilizar junto às escolas, prefeitura e outros órgãos públicos; estrutura física (refeições, água, camisetas e tendas) e humana para a movimentação de coleta de assinatura; entre outros itens.
PRESSÃO
Para o estudante Yuri Sobieski, presidente do Grêmio Estudantil da Escola Eduardo Angelim, a classe estudantil secundarista não pode mais ficar de braços cruzados esperando pela vontade de políticos, que só agem em favor da sociedade depois de muita pressão. “O MEC tenta nos comprar simplesmente com um Cefet da vida, que não vai poder oferecer formação digna para os cerca de nove mil estudantes parauapebenses”, reage Yuri Sobieski.
Por seu turno, o presidente do Grêmio Estudantil da Escola Irmã Dulce, Rafael Ribeiro, diz que a escola técnica, que estaria sendo prometida para Parauapebas no lugar do Campus da Unifesspa, só servirá para preparar mão-de-obra para a mineradora Vale. “Precisamos pensar em Parauapebas daqui a 25 ou 30 anos, quando deve acabar o minério, buscando nova alternativa econômica e educacional para o município”.
O professor Leônidas Mendes Filho diz também não concordar com a troca do campus por um instituto técnico federal, por entender que os jovens da cidade, e até de municípios vizinhos, precisam realizar seus sonhos de serem médicos, advogados, engenheiros e outras profissões mais nobres, e “uma escola técnica não vai poder oferecer estas condições”.

INSTITUTO FEDERAL
De acordo com o vereador Faisal Salmen (PSDB), que esteve semana passada no Ministério da Educação, em Brasília, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, que foi proposto a Parauapebas, oferece cursos técnicos integrados ao ensino médio nas áreas de automação industrial, eletrônica, eletroeletrônica, eletrotécnica, informática, mecânica e química.

Para concluintes do ensino fundamental, ou que estejam estudando o segundo ano do ensino médio, os cursos técnicos oferecidos pelo instituto são administração, agroindústria, agronegócios, edificações, eventos, fabricação mecânica, mecatrônica, química, telecomunicações e outros.

Já para nível superior, o instituto federal disponibiliza os cursos de tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas, automação industrial, biocombustível, eletrônica industrial, gestão de produção industrial, gestão de turismo, processos gerenciais, sistemas para internet, entre outros.

Segundo o vereador, a instituição tecnológica oferece ainda cursos de licenciatura para a área de educação (biologia, física, geografia, matemática e química) e de pós-graduação voltados para o aprimoramento acadêmico e profissional.

2 comentários:

Blog do Valter disse...

Parabéns aos estudantes de Parauapebas pela inevitável manifestação pelo seus direitos de ter o seu Campus Universitários que por falta de competência dos políticos de Parauapebas, perderam para outra cidade do Pará. Não desistam de pressionarem as autoridades educacionais responsáveis pela implantação do ensino superior em nosso país. Agora só uma alerta. Não aceitem os vereadores pegarem carona na manifestação de vocês, porque com certeza, como o ano que vem é ano de eleição, eles vão procurar transaformar vocês em massa de manobras políticas para se reelegerem no próximo ano e continuarem "mamando" nas tetas gordas do Poder Legislativo Municipal de Parauapebas.

Contem comigo nessa luta de vocês.

Valter Desiderio Barreto - Escritor e Teólogo.

Anônimo disse...

Quero parabebizar os caros colegas. Sem estudo não estaremos aptos pra assumir os empregos nos projetos que virão por ai, como o Aline, Alpa e outros.
Tudo acontece a partir de uma demanda.
Tenho insistido no blog do hiroshi, de que é fundamental que nós nos preparemos pra assumir os empregos que devem ser nossos, nativos desta região.
Achei injusta a implantação de Universidade Federal do Sul do Para, em Marabá, por ja disporem de muitas faculdades. Deveria ter vindo pra Parauapebas. Alem do mais, os cursos escohidos pra ca sao perfeitos, porque vao atender nao so as mineradoras mas todo o seu suporte.
Parabens e voces estao no caminho certo.
Karla Maués - Aldeia - Santarem - Pará