Fotos: Ronaldo Modesto
Judson Gomes
Proprietários de funerárias que prestam serviços em Parauapebas denunciaram nesta sexta-feira (4) à reportagem que a funerária Safin Pax, que recentemente ganhou licitação da prefeitura para atender a famílias carentes e a indigentes, não vem cumprindo com sua responsabilidade social, empurrando o problema para as demais funerárias concorrentes.De acordo com Clóvis Sousa Gomes, gerente da funerária Araguapax, a funerária Safin Pax ganhou a concorrência da prefeitura para fazer levantamento e levar até o IML, em Marabá, cadáveres de pessoas indigentes, aquelas que não têm familiares na cidade. Mas a funerária muitas vezes está se recusando para prestar o serviço, sob a alegação de que o contrato com a prefeitura rende muito pouco em dinheiro.
O problema, segundo Clóvis Gomes, vem provocando transtornos para a delegacia de polícia e para o hospital municipal. “Há seis anos, eu vendia para a prefeitura um caixão simples pelo preço de R$ 400, e a funerária que ganhou a licitação colocou o preço de R$ 282,00, e agora está recusando a prestar o serviço”, detalha.
Jesus Luiz da Silva, proprietário da funerária Bom Jesus, confirma a denúncia de Clóvis Gomes, adicionando que, além do contrato celebrado entre a Safin Pax e a prefeitura, existe também um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) lavrado pelo Ministério Público, que regula a prestação do serviço social.
Procurada pela reportagem, Cleidimar Barros Ramalho, técnica da Safin Pax, reage às acusações, garantindo que o serviço vem sendo feito pela funerária, de acordo com o contrato. Ela sustenta que em todas as vezes que a funerária foi acionada pela Semas (Secretaria Municipal de Assistência Social), os serviços foram executados.
“Aconteceu apenas um caso isolado, porque fomos acionados muitas horas depois que o corpo se encontrava no hospital municipal. Mas só podemos atender os serviços quando somos acionados pela Semas”, sublinha Cleidimar Ramalho.
O titular da Secretaria Municipal de Assistência Social, Judson Sousa Gomes, confirma a celebração de contrato entre a prefeitura e a funerária Safin, para prestar atendimento às pessoas carentes e indigentes.
Judson Gomes explica que quando ocorre algum caso desta natureza, a Semas aciona a Safin para que esta preste o serviço. “O que vem ocorrendo é que às vezes o hospital municipal tem demorado em informar a existência de corpo pertencente a famílias carentes e sem parentes na cidade”.
Perguntado se o órgão público tem conhecimento da recusa de prestação de serviços por parte da Safin Pax, o secretário respondeu que já recebeu reclamações de funerárias concorrentes e do delegado de polícia, dando conta que a Safin teria se negado a prestar serviços de sua responsabilidade. “Investigamos a denúncia e os serviços foram prestados, embora com certo atraso”, justifica Judson Gomes, observando que se uma funerária denuncia seu concorrente, naturalmente ela quer abocanhar alguma fatia do mercado. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
Um comentário:
nos criamos uma empresa organizada e estruturada para prestar serviços com altíssimo padrão de qualidade,para atender todas as característica tanto de pessoas,como de suas religiões e credos.
devemos cumprir com nossa responsabilidade e prestar os serviços corretamente.
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