Aiala Ferreira e Charles Trocate
Imprensa atenta às informações
A coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) reuniu a imprensa no final da tarde de sábado (13), em Parauapebas, para anunciar que a partir desta segunda-feira (15) a entidade vai reunir cerca de 5 mil pessoas para deslanchar uma série de atividades na região.
Segundo os coordenadores do movimento, Charles Trocate e Aiala Ferreira, que concederam coletiva à imprensa, as atividades dos trabalhadores fazem parte do Encontro das Famílias Acampadas e Assentadas da Reforma Agrária, a ser realizado na vila Palmares Norte (antiga Palmares II), a 20 quilômetros do centro de Parauapebas, no período de 15 a 19 de outubro.
As atividades do MST têm início às 6 horas desta segunda-feira (15) com uma grande marcha partindo do acampamento Dina Teixeira, localizado em área da fazenda São Marcos, na rodovia PA-275.
Os manifestantes pretendem reunir cerca de mil pessoas na caminhada, que tem previsão de chegar a Parauapebas por volta de meio-dia, num percurso aproximado de 18 quilômetros.
Na parte da tarde, os sem-terra dão continuidade à caminhada nas principais ruas da cidade, em direção à Praça de Eventos, em frente ao prédio do Poder Legislativo, onde será realizado um ato público pela reforma agrária e defesa do meio ambiente, agora com a participação de outras entidades locais e de municípios vizinhos.
Após o ato público, os manifestantes se deslocam para a vila Palmares Norte, onde se acomodarão, para no dia seguinte, terça-feira, darem início às atividades do Encontro das Famílias Acampadas e Assentadas da Reforma Agrária.
Pauta
De acordo com Aiala Ferreira e Charles Trocate, durante o evento os participantes vão discutir uma pauta composta por 9 itens, com sugestões e reivindicações direcionadas aos governos federal, estadual e municipal e para a Cia. Vale do Rio Doce (CVRD).
Na pauta, as entidades querem que o Governo do Estado mude a relação de parceria com a CVRD, que a mineradora pare de fornecer matéria-prima (ferro) para as siderúrgicas produzirem ferro-gusa nos distritos industriais do Pará e Maranhão; não aceitam a criação do distrito de Carajás para reflorestamento, responsabilizar a Vale e governos estadual e municipal por moradia, saúde, educação e emprego; exigir reflorestamento com árvores nativas; resolução da situação dos garimpeiros de Serra Pelada; controle dos recursos naturais pela sociedade organizada; construção de escola agrotécnica federal na região; estabelecimento de consórcio mineral de áreas de garimpo na região e reestatização da Vale do Rio Doce.
Um comentário:
No site do MST (aliás, uma dúvida: como é que uma organização que NÃO possui registros legais, ou seja, uma “pessoa jurídica”, consegue registrar um domínio “.org.br” ?!), prossegue a enxurrada de mentiras e deturpações. Passam desde inócuas discussões sobre as reservas de minérios de ferro (que são concessão pública, da União, e NÃO devem ser contabilizados quando da privatização da empresa que recebeu a concessão da União) declaradas ou não à Securities and Exchange Comission (puxa, o MST se deu ao trabalho de escrever o nome da agência americana que regula empresas negociadas em bolsa, mas esqueceu de conferir os arquivos que a SEC disponibiliza sobre a CVRD ?! Que conveniente……), até valores fictícios, inventados ao bel-prazer dos criminosos do MST para tentar convencer alguns incautos a apoiar esta sandice…..
Os criminosos afirmam: “A privatização inclusive atenta contra a Constituição Federal. Reservas de urânio (matéria-prima para a energia e armas nucleares) são de propriedade exclusiva da União e não poderiam ter sido vendidas. Já a exploração mineral na faixa de fronteira não pode ser realizada sem uma aprovação do Congresso Nacional – que não ocorreu.“. Mentira sobre mentira. Erro sobre erro.
Nenhuma reserva foi vendida - nem de urânio, nem de qualquer outra coisa. Foram vendidas ações ordinárias da CVRD. Só. Sobre a “exploração mineral” que dependeria da aprovação do Congresso…….ora, a CVRD já operava na fronteira, e recebeu aprovação para tal anos antes. Não precisava recebê-la novamente. Lei.
Mais mentiras e deturpações: “A venda da Vale também compromete a soberania do Brasil ao transferir para acionistas estrangeiros 26 milhões de hectares de terra“. Já citei anteriormente: o consórcio que arrematou a CVRD tinha, sim, estrangeiros, mas os maiores acionistas eram (e continuam sendo) nacionais: Previ, CSN e Bradesco. A maior parte dos dividendos da CRVRD, portanto, FICA NO BRASIL. Até porque o próprio governo estimulou que os brasileiros investissem nas ações da CVRD…….
Esse MST, sempre mal-informado e mal-intencionado…….. Criaram a tal “Campanha Nacional pela Anulação do Leilão da Vale do Rio Doce - A VALE É NOSSA!” (cujo site pode ser conferido aqui) com base em mentiras e deturpações…. Até a Governadora Ana Júlia Carepa, do Pará, está lá no site, sorridente, declarando seu apoio à campanha. Péraí: foi esta governadora que há alguns meses contratou sua manicure ou cabeleireira como funcionária pública, remunerada pelo Estado ? Só para confirmar, para ter certeza do tipo de apoio, do caráter dos apoiadores da tal campanha……..
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