quinta-feira, 14 de junho de 2007

Onça Puma transporta peças gigantes de São Paulo ao Pará



Uma grande operação de transporte atravessará o Brasil a partir do próximo domingo (17). A viagem, que começará em Sertãozinho, interior de São Paulo (SP) e terminará em Ourilândia do Norte, sul do Pará, será realizada pela Mineração Onça Puma (MOP), uma empresa da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), em conjunto com a transportadora Transpesminas, para levar 26 virolas - peças usadas para construção de alto-fornos - até o projeto Onça Puma.
As virolas pesam entre 44 e 78 toneladas e têm em média 6,30 metros de diâmetro e 13 metros de comprimento.
A MOP precisará transportar, a princípio, 26 virolas até dezembro de 2007. Para tanto, serão usadas carretas especiais, chamadas lagartixas, com quatro eixos e 160 rodas.
As carretas serão acompanhadas por dois carros batedores que abrirão caminho ao longo de 3.140 quilômetros em cinco estados: São Paulo (260 km), Minas Gerais (953 km), Goiás (626 km), Tocantins (889 km) e Pará (412 km). As peças serão transportadas em comboios de duas ou três carretas lagartixas.
Para atravessar estes mais de 3 mil quilômetros, a Onça Puma solicitou autorizações ao Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), à Polícia Rodoviária Federal e Estadual, a companhias telefônicas e de energia, de cada um dos cinco estados por onde passarão os comboios. Será preciso levantar fios de energia e de telefone, desligar subestações, abrir estradas alternativas, fazer manutenção em pontes.
Cada viagem entre Sertãozinho e Ourilândia do Norte deverá durar em torno de 45 dias; se fosse o transporte convencional de carga em uma carreta, a mesma viagem duraria em média quatro dias.
As virolas depois de montadas formarão um alto-forno com 135 metros de altura, um dos maiores do mundo, que será usado no beneficiamento do níquel extraído durante o processo produtivo da Mineração Onça Puma. O maior alto-forno do mundo está localizado em Norilsk, na Rússia.
Histórico
O projeto visa o aproveitamento dos depósitos de níquel laterítico das serras do Onça e do Puma, que se estendem pelos municípios de Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu e Parauapebas.
O complexo Onça Puma passou por uma primeira fase de pesquisa geológica na década de 70, conduzida pela Minerasul, subsidiária da Canadense Inco, e em 2001 a Canico Resource Corp. assumiu as áreas minerais naquela região. Em dezembro de 2005, foi adquirido pela Companhia Vale do Rio Doce.
A engenharia básica está em fase de conclusão e os serviços de detalhamento da engenharia e gerenciamento das obras já iniciaram. As atividades de terraplenagem já estão em andamento, assim como a pavimentação das estradas até o projeto e a compra dos principais equipamentos mecânicos. O empreendimento tem previsão de início do comissionamento à quente em novembro de 2008 (1ª linha) e fevereiro de 2009 (2ª linha).

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