Na canoa
Autora: Lilia S. Chaves
A palidez inunda a proa
– na canoa debruçada
o que bebo do rio
não é a lua
sorvo o reflexo
da distância.
(e tu, que sorves
no corpo da amada?)
Escoando o barco
eu meço o peito vazio
a rima soa
sugerindo
mundos
na embriaguez da noite nua.
(e tu, que surges
nos lábios de minha ânsia?)
Desmaia a tez da lua louca
– é o líquido luar
que me amanhece
desfio a alma
no destino
da canoa.
(e tu, que luas
derramaste em minha boca?)
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário