Dizia Abraham Lincoln que "se
quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".
Já não é de hoje que se questiona a
postura e as atitudes das pessoas diante da oportunidade de exercerem qualquer
tipo de poder. Abrahan Lincoln possivelmente nem estava sendo assim, tão
original, pois certamente, esta conclusão aconteceu muito antes dele. Mais do
que o caráter, acredita-se há muito tempo, que se pode conhecer toda a
personalidade de uma pessoa, observando a forma como ela lida com o poder que
tem condições de exercitar.
Esta filosofia divulga e legitima a
ideia de que, quando uma pessoa tem a possibilidade de se impor aos demais,
pode mostrar-se generosa ou medíocre.
Os generosos são aqueles que sabem o
quanto o poder é efêmero e transitório. Atentos à sua condição provisória,
buscam sabedoria, portam-se com humildade, são agregadores e, acima de tudo,
são justos e honestos. Classe em extinção, estas pessoas exercem o poder
conscientes, durante todo o tempo, de sua brevidade e de sua responsabilidade.
Por não serem apegadas às condições que o poder lhes traz, são, exatamente por
isso, generosas na mais pura acepção da palavra.
Já os medíocres (que infelizmente
existem com certa fartura), apegam-se ao poder como se este fosse inalienável.
E quero aqui fazer um pequeno intervalo – não estamos falando de poder
verdadeiro, de governar países, credos, facções ou equivalências.
Falo dos pequenos e quase imperceptíveis
“poderes”. Daqueles que se fazem notar num pequeno campo de atuação, mas que,
exatamente por isso, embriagam seus detentores, dando-lhes a certeza de que
alcançam muito mais longe do que conseguem na verdade. Estes medíocres
poderosos fazem questão de tripudiar dos humildes e parecerem humildes perante
os poderosos, tendo ainda a coragem de se declararem humildes, e, na maioria
das vezes, profissionais. (Blog do
Alderi)
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