O caso da jovem presa com 20 homens numa prisão no Estado do Pará, durante 24 dias, foi lembrado como um “fato deplorável” pelas deputadas e senadoras presentes na quinta-feira (28) à sessão solene do Congresso Nacional, na Câmara.
A sessão foi realizada em homenagem ao dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, comemorado em 25 de novembro.
De acordo com a deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN), o fato infelizmente não ocorre somente no Pará. Segundo ela, o último relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou a mesma situação em vários estados brasileiros, inclusive no Rio Grande do Norte.
"O que devemos fazer é cobrar condições para que a lei Maria da Penha seja implementada em sua plenitude, além de recursos para a construção de novas casas de abrigo e para a contratação de defensores públicos", sugeriu Fátima Bezerra, acrescentando que a lei deve ser divulgada com maior amplitude, para que não somente as mulheres tomem conhecimento, mas para que toda a sociedade fique ciente.
Para a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), o dia não é para se comemorar, mas para "gritar muito alto" e lembrar de casos "absurdos" como o da jovem presa no Pará.
A senadora reforçou a necessidade de se dar mais visibilidade à lei Maria da Penha, para que se consiga acabar com a violência contra a mulher.
"Precisamos mostrar, dar visibilidade ao país para o que se deve fazer a fim de chegarmos ao extermínio da violência contra a mulher, pois só tendo visibilidade a sociedade poderá superar e mudar essa situação", frisou.
O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), manifestou admiração pela iniciativa das parlamentares e lembrou que o fato ocorrido no Pará é um caso cabal da situação de violência contra a mulher que deve ser combatida.
A data, 25 de novembro, é lembrada em 135 países e faz parte da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Entre as participantes da sessão estavam a representante da Secretaria Especial para as Mulheres, Laís Cândido, e a ministra do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Teixeira Rocha.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
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