segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Repórter é agredida por conselheiro tutelar

Line Cássia prestando depoimento na Delegacia de Polícia Civil

O fato lamentável, que deixa profissionais de imprensa e populares do município de Parauapebas e região indignados, aconteceu durante o 8º Congresso Municipal dos Estudantes de Parauapebas (Comepa), realizado na última sexta-feira (9), no auditório do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup).
A jornalista e editora do jornal O Regional, Line Cássia, que estava cobrindo o congresso estudantil, durante uma briga entre integrantes da diretoria da União Municipal dos Estudantes de Parauapebas (Umespa) e alunos, fazia fotos quando surpreendentemente teve a máquina fotográfica arrancada das mãos, depois devolvida com a chegada da Polícia Militar, e ainda o pen-drive danificado pelo conselheiro tutelar Feliciano Veras, irmão de Felipe Ribeiro Veras, atual presidente da Umespa.
Segundo consta no Boletim de Ocorrência nº 00071/2007.006071-2, a repórter informa que por volta de 11 horas do dia 9/11/2007 fora ameaçada por Flávio Ribeiro Veras, presidente da União Geral dos Estudantes do Sul e Sudeste do Pará (Ugessp), na tentativa de impedir o trabalho da mesma.
Ainda segundo o BO, cerca de uma hora mais tarde o conselheiro tutelar Feliciano Veras, também na tentativa de impedir que a repórter fizesse fotos da confusão, tomou a câmera digital e quebrou o pen-drive que estava sendo usado para gravar as falas no evento.
Em declarações prestadas à reportagem, Line Cássia afirmou ser lamentável que coisas como essas aconteçam no município, “pois nós da imprensa temos um papel importante, que é levar à população as informações verdadeiras, doa a quem doer, mas como os errados sempre questionam, os integrantes da família Veras, que estão envolvidos nesse processo, apelaram e o conselheiro tutelar Feliciano Veras, que não tinha nada a ver com o assunto, tentou me intimidar juntamente com o irmão Flávio Veras”, lamenta a editora.
A diretoria da Associação de Imprensa e Comunicação de Parauapebas (Aicop) deverá entrar na justiça com pedido de processo contra os agressores e pedirá proteção policial para jornalista.
Outra agressão
Fazendo também a cobertura do Congresso Municipal dos Estudantes de Parauapebas, o repórter Bariloche Silva, de O Regional, foi agredido fisicamente e intimidado por Valber Rodrigues Queiroz, membro da diretoria da Umespa.
No momento em que foi agredido, Bariloche se dirigia até uma sala onde a ata da Umespa estava sendo verificada por 10 delegados do evento para ver se a mesma estava falsificada ou não.
A agressão e ameaça foram registradas na Delegacia de Polícia Civil e os procedimentos judiciais ficaram de ser tomados pela Aicop.

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NOTA DE REPÚDIO
A direção da Associação de Imprensa e Comunicação de Parauapebas (Aicop) vem a público manifestar desagravo e irrestrita solidariedade aos repórteres Bariloche Silva e Line Cássia, ambos do jornal “O Regional”, que foram vítimas da truculência de alguns dirigentes da União Municipal dos Estudantes de Parauapebas (Umespa), em pleno exercício de suas atividades profissionais, na cobertura de um congresso da entidade, no último dia 9, nas dependências do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup).
O congresso foi encerrado de forma abrupta e lamentável, com tumulto generalizado e a intervenção da Polícia Militar, que foi acionada pela coordenação do Centro Universitário.
Autora de reportagem publicada na edição de 26 a 28 de maio de 2007 do jornal “O Regional”, com o título “Denúncia: Atual diretoria da Umespa forja ata e renova o próprio mandato”, Line Cássia estava presente ao congresso, na qualidade de profissional de imprensa, o que despertou a insatisfação dos representantes da classe estudantil.
Travestidos de líderes estudantis, mas com postura de integrantes de gangue, membros indistintos da diretoria da Umespa incitaram, ameaçaram e, por fim, protagonizaram o tumulto, ocasião em que agrediram covardemente os dois repórteres, no afã de confiscar-lhe os equipamentos de trabalho e impedir a divulgação do conflito.
Como saldo de tamanha selvageria, Line Cássia teve o pen-drive danificado, a máquina fotográfica arrancada das mãos (e posteriormente devolvida, quando da chegada da polícia) e algumas escoriações, fruto da agressão feita pelo elemento Feliciano Veras, membro do Conselho Tutelar de Parauapebas, e intimidada por Fábio Veras, enquanto que Bariloche Silva foi esbofeteado por Valber Rodrigues Queiroz, membro da Umespa.
Diante do tumulto, a coordenação do Ceup trancou as portas da instituição, impedindo que os agressores se evadissem do local, até a chegada da PM, que os conduziu até a delegacia, onde foram lavrados os respectivos boletins de ocorrência pelos repórteres e pela própria coordenadora do Ceup.
A Aicop repudia com veemência o incidente, ao mesmo tempo em que solicita as providências cabíveis por parte das autoridades competentes, inclusive com proteção aos repórteres agredidos e ameaçados, a despeito das providências judiciais que esta entidade tomará.

Waldir Pereira Silva
Presidente da Aicop

6 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia Waldir! Certo você contou uma das versões do acontecido; o lado dos jornalistas. Quanto à versão da UMESPA, UGESSP e do Conselho Tutelar, da Polícia Militar e dos estudantes? Você pode, por favor, dar voz às essas outras instituições? Isso é jornalismo. Ouvir a outra parte certo?!?! Será possível ter a declaração dos "OUTROS" envolvidos que não foram ouvidos? Obrigado.

Waldyr Silva disse...

Caro Anônimo:
O blog se coloca à disposição de quaquer membro da Umespa, Ugessp, Conselho Tutelar e Polícia Militar, para esclarecer os fatos, desde que se identifique.
Abraços:
Waldyr Silva

Anônimo disse...

Por mais que achemos errado, o anônimo deve ser levado em consideração. Afinal, quando votamos não é secreto??? O anônimo equivale aqui a isso, ao voto secreto. Permitido a todos. Isso é democracia também! O senhor não concorda! Vamos analisar juntos então! Se até mesmo o Google deu a permissão, porque o senhor não pode responder ao anônimo da mesma forma. Até porque fui bem respeitoso e não percebi ofensa na minha indagação. Ah, entendi! Me perdoe então, é uma opção do senhor não responder a anônimo! Bom nesse caso, retiro o meu questionamento. Obrigado.

Unknown disse...

A alguns dias tive o prazer de ter o meu depoimento sobre a nova diretoria da Associaçao dos Jornalista publicado neste blog. Neste depoimento eu ressaltava o crescimento do fator "fazer uma comunicação impacial e que venha mostrar o que há de bonito nessa cidade que eu sinto tanta saudade" e hoje lametavelmente tomo conhecimento de profissionais sendo agredidos ao tentar cumprir o papel principal da imprensa no mundo que é relatar fatos para que a população seja mais consciente de suas mazelas e assim lutar por melhores condições de vida. Quero dizer através deste meio de comunicação tão respeitado que esses profissionais não te intimidem por ações como esta.

Blog Talita Baena disse...

Não, espera aí! Tem justificativa plausível para agressão?!

Outra coisa, se você tem algo de agressivo para falar sobre alguém ou alguma coisa: ASSUMA-SE! ISSO É LOUVÁVEL!

No jornalismo é assim, existem critérios para o off, critérios de notícias ... e não foi o google que criou tais critérios.
É bom lembrar. Difamação é crime, se o anônimo se esconde ... quem será punido?

A questão da difamação anônima na blog-esfera rende tese, até de doutorado.

Anônimo disse...

DRª.Lucia Andrade ...Boa noite!Bom se esse fato realmente aconteceu,o que o conselho de direito COMDCAP fiscal do conselho tutelar e a justiça fez em relação a essa denuncia?