Acontece na próxima quinta-feira (29), às 19 horas, na sala de videoconferência do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), o lançamento do livro “Carajás: A invasão desarmada”, de autoria do professor doutor Raymundo Garcia Cota.
O evento tem apoio da Prefeitura de Parauapebas e visa despertar o gosto e o hábito pela leitura dos munícipes, à medida que possibilita o conhecimento de parte da história da região de Carajás.
Esta é a quarta vez que a prefeitura proporciona o encontro da comunidade com o universo cultural, tendo em vista que já incentivou o reconhecimento de obras literárias dos escritores Paulo Renato Bandeira, com a obra “Certezas do quase ontem”; Marcos Quinan, com o livro de crônicas e contos infantis, e Efraim Moura, com a obra “Vale do Rio Doce: Nem tudo que reluz é ouro”.
O livro
Publicado originalmente pela Editora Vozes, no Rio de Janeiro, o livro “Carajás: A invasão desarmada” é produto da tese de mestrado defendida em 1984 por Raymundo Garcia Cota, professor do Centro Sócio-Econômico (CSE) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Desta vez, a editora responsável pela publicação é a NTC, do município de Cametá, terra natal do pesquisador.
A obra trata da implantação do Programa Grande Carajás e de seus impactos à região, previstos há muito por Raymundo Cota. Segundo o pesquisador, em entrevista ao jornal O Liberal, o que o motivou a realizar tal trabalho foi a preocupação com o desenvolvimento da Amazônia, num período em que o “assunto da moda era a Operação Amazônia lançada pelo general Castelo Branco” – época da criação da Sudam e do Banco da Amazônia. Novidades que entusiasmavam muitos, mas que já preocupavam o pesquisador.
Segundo o autor, a nova edição foi revisada apenas em sua forma, pois, apesar de ter sido escrita há pouco mais de duas décadas, a temática ainda é atual. Cota define as informações contidas no livro como “oficiais passadas extra-oficialmente”. Isto porque se baseiam em documentos conseguidos durante o período da ditadura militar no Brasil e que, na época, eram confidenciais.
As fontes foram documentos e conversas com funcionários de empresas, como a Companhia Vale do Rio Doce (então estatal), e de empreiteiras.
“Foi quase um trabalho jornalístico”, explicou na entrevista, acrescentando que o livro é um relato de uma época em que tudo era proibido.
Além da atualidade do tema, Raymundo Cota resolveu relançar o livro, atendendo a pedidos, já que sua primeira edição – premiada como “O Livro do Ano” pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) – esgotou em 1985. Além do mais, a temática ainda é pouco difundida na região. (Fonte: Secretaria Municipal de Educação)
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
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