sábado, 17 de novembro de 2007

Integrantes do MST acusados de matar 100 reses na fazenda São Marcos

Fotos: Fabiana Gomes




Cerca de 250 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), fortemente armados, mataram na última sexta-feira (16), por volta das 5h30 da manhã, aproximadamente 100 bois da fazenda São Marcos, a 11 quilômetros de Parauapebas, transformando a propriedade num verdadeiro cenário de filme de horror.
Uma cabeça de boi foi fixada numa estaca de cerca como se fosse um troféu, deixando a clara demonstração de crueldade do grupo. Para completar o cenário, os sem-terra atearam fogo nas pastagens, destruíram cercas, placas da fazenda e cocheiras.
No mesmo dia, os proprietários da fazenda registraram ocorrência policial na delegacia de Parauapebas e pediram apoio da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca), sediada em Marabá, mas nenhum representante apareceu para acompanhar o caso.
Há dois meses, os produtores aguardam o cumprimento da liminar de manutenção, expedida pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJE), mas até agora a governadora Ana Júlia Carepa não autorizou a vinda de polícia especializada para desocupação da propriedade.
“Não agüentamos mais ficar à mercê desse grupo, que se acha no direito de destruir tudo que conseguimos com tanto sacrifício. Queremos apenas que a justiça se cumpra. Nossa liminar já está aqui, então cadê a justiça? Será que o Pará é mesmo terra sem-lei?”, questionou indignada Cleusa Maria Ferreira, proprietária da São Marcos, afirmando que a fazenda é produtiva, legalizada e que cumpre sua função social no âmbito rural. Prejuízos
Desde abril deste ano, o MST ocupa a fazenda São Marcos. De lá para cá, o grupo tem protagonizado episódios de pura destruição. Da primeira vez, o movimento queimou uma quantidade considerável de pastagens – o que obrigou os proprietários a vender às pressas 1.508 bois –, e destruiu diversas cercas e cocheiras. Além disso, o grupo está utilizando táticas de guerrilha no acampamento, montando trincheiras e barricadas.
De forma terrorista, os sem-terra também ameaçam constantemente invadir e tomar a sede da fazenda, inclusive eles já mantiveram proprietários e funcionários da fazenda em cárcere privado.
Neste último ataque, a vítima foi o filho Rodrigo Marques Ferreira, que por uma hora permaneceu refém do grupo, tendo sua filmadora, totalmente, destruída.
Além da pressão psicológica e ameaças de morte, os proprietários estipulam que os prejuízos não saem por menos de R$ 2 milhões.

Reforma agrária
Agnaldo Ávila de Brito, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz), lamenta a brutalidade dos últimos episódios ocorridos no município e deixa claro seu apoio ao produtor rural.
O presidente garante que o sindicato e os produtores em geral não são contra a reforma agrária, mas não concordam com o atual modelo praticado pelo governo federal.
Os produtores acreditam que a melhor forma de se resolver a questão dos conflitos fundiários é a municipalização da reforma agrária, nos mesmos moldes em que foi feito com a educação e com a saúde.
Representantes dos sindicatos rurais do sul e sudeste do Pará estarão presentes na audiência pública que acontecerá no dia 22 de novembro, às 10 horas, em Brasília, com a presença do ministro da Justiça, Tarso Genro, para tratar de várias questões ligadas aos conflitos agrários, como direitos de propriedade, invasões de terra e cumprimento de liminares. (Fonte: Fabiana Gomes, assessora de Imprensa do Siproduz)

5 comentários:

Anônimo disse...

É meu caro Waldyr... E ainda há protetores desses ... dizendo que não são todos que agem assim, que existem alguns deles que realmente são sem terra e querem produzir... e por ai vai.

Nossa querida Parauapebas está a mercê desse tipo de animal... infelizmente.

Já não bastasse a invasão da ferrovia, que o governo não fez nada (deve ter rolado um dinheirinho) para eles saírem... E ainda se dizem (MST)promotores da justiça social. Como? Agredindo quem trabalha? Daqui a pouco eles se dividem e vêem os sem-teto que já existe em SP, e ai vão invadir residências, erguer a bandeira do aluguel R$ 0,00, matar os animais de estimação....quem sabe se não vão querer também agredir os moradores... Eu até tinha um certo pesar com o MST, pensava que havia pessoas com reais interesses sociais, que queriam trabalhar, mas é só olhar para o passado... Invasão do congresso em BSB, Usina de Tucuruí, Parauapebas então nem se fala...
E tanto é verdade que não existem pessoas de bem entre eles (se existe é uma ínfima, pequena e minúscula minoria - que sá somente as criançinhas) que os líderes são sempre os: "sem respeito", os "corajosos", "os machões ou as "mulher macho sinsinhô" ... que pregam o desrespeito, a truculência, a impunidade... (cadê a multa para os integrantes do MST que invadiram a ferrovia? - nem vamos comentar...)

Esse é o MST... que está em larga expansão... (não sei daonte sai tanto sem terra...)

Anônimo disse...

E quando esses latifundiarios mantam, ou mandam matar trabalhadores rurais ou quando expoem trabalhadores a trabalhos escravos?
Esse mesmo latifundiario é acusado de assassinar e mandar matar trabalhadores rurais e sem terras, Defender assassinos de sem terras é facil, agora defender trabalhadores rurais com ou sem não aparece ninguem!!!

Anônimo disse...

Caro Anônimo, então trabalhe a vida toda, construa seu 'latifundio' de 100 cabeças de gado e abra as porteiras pros 'trabalhadores' sem terra julgarem sumariamente sua terra como improdutiva e destruir seu esforço de uma vida... Ou alguém tocar fogo no seu carro que você se esforçou tanto para conseguir, ou sua casa, ou sua carteira com o salário do mês... se não se importar com isso é só defender a bandeira dos MST, dos trombadinhas, bandidos, etc.

Não estou defendendo morte de ninguém, façamos somente cumprir a lei meu caro anônimo... e defender o trabalho como forma de dignidade e não atos como esses. Grato

Anônimo disse...

Caro Anonimo das 20:17h; Reforma agraria é guestão de politica publica e não de policia. Só que não é esse o pensamento do latifundio, que quando se sente ameaçado em vez de gado matam e mandam matar trabalhadores rurais, e ai vale? O senhor Donizete e mais um grupo de fazendeiros, formaram um grupo ou um consorcio e mataram dois trabalhadores rurais e ainda ocultaram o cadaver, e ai vale? O senhor Donizete tem é sorte de andar livre e solto, quando deveria ter sido julgado e preso. perguntar não ofende: Quem é o bandido? quem matar trabalhadores rurais ou quem mata gado?
As familias de Doutor e Fusquinha esperam por mais de dez anos uma resposta da justiça paraense. porquer se demorar mais e perfeitamente possivel colocar na cadeia quem matar vacas e bois e quem matar gente ficar por rindo da cara do povo.
Fuiiii

Anônimo disse...

MAS AGORA ELES VÃO PARAR DE MATAR GADO, VÃO ESTUDAR MEDICINA EM CUBA E VOLTAR PARA MATAR PESSOAS. O GADO ESTÁ SEGURO!!!!