Wagner Caetano, da Secretaria da Presidência da República
Maurílio de Abreu Monteiro, secretário de Estado
Ulisses Manasses, líder do MST no Pará
Depois de três horas de negociação com representantes dos governos federal e estadual, na tarde desta quinta-feira (8), no Centro de Formação Pastoral, em Parauapebas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) prometeram desobstruir a Estrada de Ferro Carajás (EFC) somente no próximo sábado (10).
A comissão do governo federal foi composta por Rolf Hackbart, presidente do Incra; Wagner Caetano e Antonio Roberto Lambertucci, da Secretaria Geral da Presidência da República; e Jandir Melo, representante regional do Incra.
Representando o governo do estado, participaram da negociação José Héder Benatti, diretor do Instituto de Terra do Pará (Iterpa); André Luís Assunção Farias, secretário de Estado de Integração Regional; Mário Cardoso, secretário de Estado de Educação; e Maurílio de Abreu Monteiro, secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia.
Pelo município de Parauapebas, marcaram presença na reunião o prefeito Darci José Lermen, que teve de se ausentar antes que ela terminasse para participar da inauguração de uma praça na Chácara do Sol, e o chefe de Gabinete Antonio Neto Pereira.
Do lado do MST, entre outros integrantes do movimento, participaram das discussões Ulisses Manasses, Charles Trocate, Aiala Ferreira e Eurival Martins Carvalho, o popular “Totô”.
Após os debates, os representantes dos governos prometeram atender a maioria das reivindicações dos sem-terra, com obras de infra-estrutura na zona rural nas áreas de educação, saúde e agricultura, imediatamente após a desobstrução da Estrada de Ferro Carajás.
Diante da promessa, a coordenação regional do MST assegurou que a ferrovia estará desocupada a partir do próximo sábado (10), “mas isso não significa que a discussão com a Cia. Vale do Rio Doce terminou, pois vamos insistir com ela nas outras reivindicações”, sublinhou Ulisses Manasses, líder do MST no Pará.
Indagado pelo blog sobre o ato de ocupação da ferrovia considerado pela CVRD como violento, Ulisses Manasses nega que os integrantes do MST tenham usado capuz e ferramentas agrícolas para atacar uma locomotiva da mineradora, “pois quem se apresenta encapuzado é bandido, e nós não somos bandidos”, defendeu-se.
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