terça-feira, 23 de agosto de 2011

Políticos tentam em Brasília trazer Unifesspa para Parauapebas

Centro Universitário de Parauapebas
A perda do campus da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) para o município de Marabá continua causando mal estar no meio da classe política de Parauapebas, uma vez que o município acabou ficando de fora do projeto final, que beneficiou Marabá (sede), Xinguara, Rondon do Pará, São Félix do Xingu e Santana do Araguaia.

Pouco tempo antes de a presidente Dilma Rousseff anunciar na semana passada a criação da universidade na região, Parauapebas constava no projeto original como eventual contemplado, cujo tema foi debatido exaustivamente com técnicos do Ministério da Educação, que elogiaram o projeto.

O prefeito de Parauapebas, Darci José Lermen (PT), que nesta terça-feira (23) deve se reunir com técnicos do Ministério da Educação e os deputados federais Cláudio Puty (PT-PA) e Giovanni Queiroz (PDT-PA), para rever a situação e apresentar um memorial com considerações genéricas e específicas que justificam a medida, disse ter ficado surpreso com a decisão da presidente da República.

Mesmo assim, Darci Lermen se diz otimista com a reunião desta terça-feira (23) em Brasília, uma vez que o projeto ainda não foi enviado para ser apreciado na Câmara dos Deputados.

Em conversa por telefone nesta segunda-feira (22) com a jornalista Rosiere Morais, assessora de comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semed), ela informou à reportagem do CT que o titular da Semed, professor Raimundo Oliveira Neto, havia viajado ontem para Brasília, para participar da audiência no Ministério da Educação.

Ouvido pela reportagem ontem também via telefone, o vereador José Adelson Silva (PDT), que esteve semana passada em Brasília acompanhado de outros vereadores para participar do lançamento de criação da Unifesspa, ratificou que o deputado Giovanni Queiroz estaria envidando esforços para que, pelo menos, um pólo da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará fosse instalado em Parauapebas.

O vereador José Adelson justifica que o município de Parauapebas perdeu a sede da Unifesspa para Marabá porque já contava com um pólo da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) na cidade.

Quem também se mostrou surpreso com a decisão do Ministério da Educação foi o adjunto da Secretaria de Planejamento de Parauapebas, Leônidas Mendes Filho, que no final de março deste ano esteve em audiência com o ministro Fernando Haddad e o secretário de ensino superior Luis Cláudio Costa, a quem fez a entrega do projeto de instalação da Unifesspa.

“Houve um erro no cerimonial do evento de lançamento ocorrido em Brasília, pois foi lido o projeto do então deputado Haroldo Bezerra, onde Parauapebas não figurava como um dos municípios a ser contemplados com campus da Unifesspa”, explica o secretário adjunto.

ESTRUTURA
O projeto inicial enviado pela UFPA a Brasília, em janeiro de 2011, previa que a nova universidade teria 59 cursos de graduação com oferta de 2.170 vagas. Apontava também a necessidade de manter 755 professores e 436 técnico-administrativos para que a Unifesspa começasse a funcionar. O projeto da nova universidade foi encaminhado pela reitoria da UFPA e classificado pelo MEC como de alta relevância social e de excelente qualificação técnica.

As principais áreas de abrangência da nova universidade seriam engenharia, ciências sociais, ciências humanas, educação, linguísticas, saúde, biológicas, socioeconômicas, jurídicas e exatas.

Um comentário:

Gina Mikawa disse...

Parauapebas perdeu o Campus da Unifesspa, devido a incompetência dos nossos representantes políticos que não têm credibilidade nenhuma nem dentro e nem fora do nosso município. Sempre foi e sempre será assim, desde que Parauapebas se emancipou.
Só nos falta agora tirarem a nossa dignidade