Ricardo Vaz
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), estabelecido em 2010, deve oferecer internet de 1 Mbps por R$ 35
A internet no Brasil poderá mudar (muito) a partir do final deste mês. Principalmente, se as promessas do Ministério das Comunicações realmente derem certo. O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) começa a sair do papel e o primeiro município a recebê-lo será Santo Antônio do Descoberto, no Estado de Goiás, a cerca de 50 quilômetros da capital federal.
O primeiro provedor do país a aderir ao plano é o grupo Sadnet, que fechou contrato com a Telebrás. A data inicial está prevista para o próximo dia 23. Ainda não há confirmação do governo, porém haverá um evento nessa data com a presença do ministro Paulo Bernardo e do presidente da Telebrás, Caio Bonilha.
Mas nem tudo são flores em Santo Antônio do Descoberto. Para não estar "descoberto" no plano, o cidadão terá que comprar um pequeno aparelho, que é a chamada estação receptora, com custo médio de R$ 300. Além dos já citados R$ 35 mensais.
Alta velocidade?
A velocidade da conexão ainda é uma incógnita. O certo é que ela deve variar de acordo com cada cidade. Isto irá acontecer, pois o uso a redes sem fio (WiFi ou outro método) fará com que haja perda de velocidade. É o que afirma o técnico em informática Filipe Valladão. "Não dá para comparar a velocidade da rede WiFi, em igualdade de condições, com uma rede de ligação física. Sempre há alguma perda no valor nominal do plano", afirma. De qualquer forma, a Telebrás exigirá dos provedores que seja entregue, pelo menos, 20% da velocidade de 1 Mbps.
Além da Sadnet, outras empresas próximas à capital federal irão aderir ao PNBL, como, por exemplo, a Logtel, que deve atender aos municípios de Samambaia e Recanto das Emas, cidades que fazem parte do "pacote" das 100 primeiras contempladas no país. Na primeira fase, oito cidades da região central do país terão o PNBL.
A Telebrás instalou mais de 35 mil quilômetros em fibra ótica em conjunto com a Eletrobras, Furnas, Petrobras, entre outras. A ideia é de que, até o final de 2011, trezentas cidades brasileiras terão a banda larga popular. Um enorme avanço, mas, como o plano está atrasado, a ordem é correr, porque a Copa 2014 vem aí...
Atraso
O presidente da Telebrás afirmou que o corte de verbas de R$ 1 bi para R$ 350 milhões foi responsável pelo atraso. Polêmicas à parte, o importante é que o Plano Nacional de Banda Larga pode mudar a vida dos brasileiros. É o que acredita Donizetti da Costa, diretor de TI da Prefeitura de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Para ele, o avanço será visível para a população que utiliza internet discada e mesmo para quem adquiriu planos convencionais, mas não está satisfeito.
"Apesar de todo o atraso e das dificuldades que um plano desse tem e terá, para muitas pessoas será uma grande diferença ter acesso à internet rápida, por um preço acessível", afirma Donizetti da Costa. (Fonte: Agência Brasil)
domingo, 14 de agosto de 2011
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