by J.Bosco
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Inserção do PP no rádio e na TV
O Partido Progressista (PP) entra no ar nesta quinta-feira (1º), no período das 20 às 20h10 e das 20h30 às 20h40, respectivamente, em rede nacional de rádio e de TV, com inserções do partido. No próximo dia 8 será a vez do PSB.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Sociedade quer saber destino de verba da Câmara Municipal
Fotos: Waldyr Silva
Com relação ao quadro de 529 funcionários que a CMP possuiria hoje, o presidente do Legislativo desmente esta informação, mas não soube responder a quantidade exata de servidores públicos existente naquela Casa de Leis. Segundo ele, seriam menos de 300, e a justificava para darem expediente na Câmara é de que estariam cedidos para outros órgãos.
DEBATE
Logo que ganhou as ruas, o assunto virou tema de discussão em várias rodas, com populares tanto considerando o orçamento alto para o retorno que oferece, assim como estranhando o grande número de servidores contratados e recebendo pelo Legislativo. As informações sobre como funciona o orçamento da casa deixam muita gente de boca aberta.
“Considero um valor exorbitante repassado para a Câmara que agride o sistema de administração pública. Enquanto um pequeno grupo se beneficia vergonhosamente de muito dinheiro, grande parte da população não recebe obras de infraestrutura”, comenta o motorista Eliésio Costa da Silva.
Ex-prefeito de Parauapebas, Chico das Cortinas é outro que lança olhar crítico, mesmo já tendo estado no comando do Poder Executivo: “Com esta quantidade de dinheiro repassada pela prefeitura aos vereadores, fica provado que há superfaturamento do Poder Legislativo. Então, é preciso que haja uma redistribuição dessas verbas a instituições carentes do município”.
A questão do custo-benefício também é abordada na opinião do professor de caratê Josberto Girão: “Acho muito dinheiro administrado pela Câmara Municipal e pouco benefício revertido para o bem da população, que foi quem elegeu os vereadores. Afinal, onde está sendo aplicado este dinheiro? A sociedade espera por esta resposta”.
Empresário e ex-presidente da Associação Comercial, José Rinaldo Alves de Carvalho avalia que está mais atraente ser vereador que congressista. “Se assim proceder, é melhor ser vereador em Parauapebas que deputado federal em Brasília, para se reunir uma única vez por semana e administrar toda essa dinheirama repassada pela prefeitura municipal”.
A doméstica Maria Gorete da Silva não deixou de ironizar a situação: “Acho que os vereadores estão certos em gastar tanto dinheiro, porque enquanto existir gente besta pra votar neles eles vão estar com este poder, e não tem nenhuma autoridade superior que mexa com eles”.
O jornalista Marcel Nogueira, que há anos cobre o cotidiano do Legislativo e sabe bem como funcionam as coisas, diz que a CMP terá agora de mostrar mais transparência com os gastos para retomar a confiança da população. “Mesmo considerando que dos R$ 19 milhões destinados este ano para a Câmara R$ 3 milhões são para a construção da nova sede do Legislativo, ainda é questionável como e com que a mesa diretora vai gastar todo este dinheiro”.
Entre as 20 pessoas ouvidas pelo CORREIO DO TOCANTINS, nem todas tinham opinião formada sobre o assunto, mas as dúvidas ficaram no ar, deixando muita gente confusa, como a ambulante Valmira dos Santos Sousa, que questiona: “Diante da matéria, fico numa dúvida: o dinheiro que sobra dos gastos das despesas da Câmara é devolvido para a prefeitura ou é dividido entre os vereadores? Gostaria de ter essa resposta”.
O orçamento da Casa de Leis, teoricamente, é destinado a cobrir as despesas com custeio da Casa, pagamento de funcionários e vereadores, o chamado duodécimo. A prestação de contas é auditada e julgada pelo Tribunal de Contas dos Municípios.
Eliésio Costa
Marcel Nogueira
Chico das Cortinas
José Rinaldo
Ainda repercute na cidade a notícia veiculada inicialmente pela IN-Revista e depois pelo jornal CORREIO DO TOCANTINS dando conta que a Câmara Municipal de Parauapebas tem este ano um orçamento na ordem de R$ 19 milhões e 529 servidores contratados sem concurso público, o que daria uma média de 48 funcionários para cada um dos onze vereadores.
O presidente do Poder Legislativo, vereador Euzébio Rodrigues (PT), confirma o orçamento de R$ 19 milhões, mas, segundo ele, R$ 3 milhões entraram como emenda para construção do prédio próprio da Câmara Municipal, restando, então, R$ 16 milhões, que ainda assim é um volume de recurso dos mais pomposos para a realidade regional.Com relação ao quadro de 529 funcionários que a CMP possuiria hoje, o presidente do Legislativo desmente esta informação, mas não soube responder a quantidade exata de servidores públicos existente naquela Casa de Leis. Segundo ele, seriam menos de 300, e a justificava para darem expediente na Câmara é de que estariam cedidos para outros órgãos.
DEBATE
Logo que ganhou as ruas, o assunto virou tema de discussão em várias rodas, com populares tanto considerando o orçamento alto para o retorno que oferece, assim como estranhando o grande número de servidores contratados e recebendo pelo Legislativo. As informações sobre como funciona o orçamento da casa deixam muita gente de boca aberta.
“Considero um valor exorbitante repassado para a Câmara que agride o sistema de administração pública. Enquanto um pequeno grupo se beneficia vergonhosamente de muito dinheiro, grande parte da população não recebe obras de infraestrutura”, comenta o motorista Eliésio Costa da Silva.
Ex-prefeito de Parauapebas, Chico das Cortinas é outro que lança olhar crítico, mesmo já tendo estado no comando do Poder Executivo: “Com esta quantidade de dinheiro repassada pela prefeitura aos vereadores, fica provado que há superfaturamento do Poder Legislativo. Então, é preciso que haja uma redistribuição dessas verbas a instituições carentes do município”.
A questão do custo-benefício também é abordada na opinião do professor de caratê Josberto Girão: “Acho muito dinheiro administrado pela Câmara Municipal e pouco benefício revertido para o bem da população, que foi quem elegeu os vereadores. Afinal, onde está sendo aplicado este dinheiro? A sociedade espera por esta resposta”.
Empresário e ex-presidente da Associação Comercial, José Rinaldo Alves de Carvalho avalia que está mais atraente ser vereador que congressista. “Se assim proceder, é melhor ser vereador em Parauapebas que deputado federal em Brasília, para se reunir uma única vez por semana e administrar toda essa dinheirama repassada pela prefeitura municipal”.
A doméstica Maria Gorete da Silva não deixou de ironizar a situação: “Acho que os vereadores estão certos em gastar tanto dinheiro, porque enquanto existir gente besta pra votar neles eles vão estar com este poder, e não tem nenhuma autoridade superior que mexa com eles”.
O jornalista Marcel Nogueira, que há anos cobre o cotidiano do Legislativo e sabe bem como funcionam as coisas, diz que a CMP terá agora de mostrar mais transparência com os gastos para retomar a confiança da população. “Mesmo considerando que dos R$ 19 milhões destinados este ano para a Câmara R$ 3 milhões são para a construção da nova sede do Legislativo, ainda é questionável como e com que a mesa diretora vai gastar todo este dinheiro”.
Entre as 20 pessoas ouvidas pelo CORREIO DO TOCANTINS, nem todas tinham opinião formada sobre o assunto, mas as dúvidas ficaram no ar, deixando muita gente confusa, como a ambulante Valmira dos Santos Sousa, que questiona: “Diante da matéria, fico numa dúvida: o dinheiro que sobra dos gastos das despesas da Câmara é devolvido para a prefeitura ou é dividido entre os vereadores? Gostaria de ter essa resposta”.
O orçamento da Casa de Leis, teoricamente, é destinado a cobrir as despesas com custeio da Casa, pagamento de funcionários e vereadores, o chamado duodécimo. A prestação de contas é auditada e julgada pelo Tribunal de Contas dos Municípios.
Juiz criminal se diz preocupado com superlotação de presos
Fotos: Ronaldo Modesto
Como a delegacia de Parauapebas não conta com prisão feminina, Líbio Moura garante que todas as mulheres detidas no município por algum crime são imediatamente recambiadas para o presídio em Marabá.
De acordo com o juiz, a 3ª Vara Criminal da Comarca conta hoje com cerca de 130 processos de réus que se encontram presos na cadeia pública de Parauapebas e no Crama de Marabá, entre estes 90 detentos provisórios que aguardam sentenças da Justiça nos dois municípios.
FUGAS
Embora descarte a possibilidade de proferir sentenças de criminosos com base na capacidade de presos em casa penal, o juiz de Direito Líbio Araujo Moura, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas, se diz preocupado com o excesso de detentos no xadrez do município.
Em declarações prestadas à reportagem do CORREIO DO TOCANTINS nesta segunda-feira (29), o magistrado informou que a 3ª Vara Criminal tem se esforçado bastante para evitar a superlotação de presos na cadeia pública de Parauapebas, autorizando quase que semanalmente a transferência de presos custodiados para o Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), localizado no município de Marabá, e até para Belém.Como a delegacia de Parauapebas não conta com prisão feminina, Líbio Moura garante que todas as mulheres detidas no município por algum crime são imediatamente recambiadas para o presídio em Marabá.
De acordo com o juiz, a 3ª Vara Criminal da Comarca conta hoje com cerca de 130 processos de réus que se encontram presos na cadeia pública de Parauapebas e no Crama de Marabá, entre estes 90 detentos provisórios que aguardam sentenças da Justiça nos dois municípios.
FUGAS
A cadeia pública de Parauapebas funciona num antigo prédio sem estrutura onde por muitos anos funcionou a delegacia municipal. Por causa da precariedade de suas instalações e a falta de vigilância especializada, o local já foi palco de muitas fugas de presos em massa.
Nos últimos três meses, o xadrez, localizado no Bairro Rio Verde, vem sendo vigiado 24 horas por agentes penitenciários da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), situação que tem evitado as constantes fugas de presos. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)Polícia Militar homenageia guarnição que mais se destacou
Fotos: Waldyr Silva
De acordo com o comandante Roberto Coracy, o programa tem a finalidade de reconhecer e premiar os policiais destaques de cada mês e de cada ano, com certificado “Qualidade em serviços”, e homenagear os aniversariantes de cada mês.
Os critérios para escolha dos policiais ou guarnições que se destacarem no decorrer de cada mês serão de responsabilidade de uma comissão composta pelo comandante e subcomandante da unidade militar; comandante da Zepol e/ou um tenente; um sargento, dois cabos e um soldado. A comissão fará a seleção dos policiais que atenderem ocorrências de destaque e/ou maior número de atendimentos, em votação direta e secreta.
Segundo ainda o ten-cel. Roberto Coracy, o policial militar “Destaque operacional do ano” será escolhido pelos PMs agraciados com o “Certificado policial militar destaque operacional”, nos meses de janeiro a dezembro, e será homenageado com certificado específico durante confraternização natalina da corporação.
Por sua vez, os aniversariantes do mês serão homenageados com cartão de felicitação e parabéns, e uma folga dos serviços, de preferência no dia que o policial faz aniversário, enquanto que os praças que se destacarem no mês terão folga de até oito dias.
No primeiro evento do programa, ocorrido na última sexta-feira (26) no quartel, uma guarnição composta pelo sargento Rafael, cabo Cabral e soldados Kacilio, Matos e Pimentel, integrantes do Grupo Tático, foi homenageada com “Certificado do Mérito Policial Militar” e cesta básica.
Por outro lado, os aniversariantes do mês homenageados com cartão e parabéns foram os capitães Robert e Gledson; aspirante Amanda; sargentos Baia, Izaias, Luiz Carlos e Manoel; cabos Afonso, Gidel, Ítalo e Mário; e os soldados Artur, Gilberto, Robert, Rosivaldo, Sidney e Waltercy.
O evento foi antecedido por uma missa celebrada pelo padre Eugênio e contou com a participação de representantes da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip) e da mineradora Vale.
Ten-cel. Roberto Coracy
Guarnição que mais se destacou em agosto
Aniversariantes do mês
Público presente
Objetivando incentivar o aperfeiçoamento individual e coletivo do efetivo do 23º Batalhão de Polícia Militar em Parauapebas, para melhoria dos serviços prestados à sociedade local e regional, o comandante do quartel, ten-cel. Roberto Coracy Santos da Silva, instalou na última sexta-feira (26) um programa de valorização do servidor militar denominado “Projeto motivação, qualidade em serviço”.
Os critérios para escolha dos policiais ou guarnições que se destacarem no decorrer de cada mês serão de responsabilidade de uma comissão composta pelo comandante e subcomandante da unidade militar; comandante da Zepol e/ou um tenente; um sargento, dois cabos e um soldado. A comissão fará a seleção dos policiais que atenderem ocorrências de destaque e/ou maior número de atendimentos, em votação direta e secreta.
Segundo ainda o ten-cel. Roberto Coracy, o policial militar “Destaque operacional do ano” será escolhido pelos PMs agraciados com o “Certificado policial militar destaque operacional”, nos meses de janeiro a dezembro, e será homenageado com certificado específico durante confraternização natalina da corporação.
Por sua vez, os aniversariantes do mês serão homenageados com cartão de felicitação e parabéns, e uma folga dos serviços, de preferência no dia que o policial faz aniversário, enquanto que os praças que se destacarem no mês terão folga de até oito dias.
No primeiro evento do programa, ocorrido na última sexta-feira (26) no quartel, uma guarnição composta pelo sargento Rafael, cabo Cabral e soldados Kacilio, Matos e Pimentel, integrantes do Grupo Tático, foi homenageada com “Certificado do Mérito Policial Militar” e cesta básica.
Por outro lado, os aniversariantes do mês homenageados com cartão e parabéns foram os capitães Robert e Gledson; aspirante Amanda; sargentos Baia, Izaias, Luiz Carlos e Manoel; cabos Afonso, Gidel, Ítalo e Mário; e os soldados Artur, Gilberto, Robert, Rosivaldo, Sidney e Waltercy.
O evento foi antecedido por uma missa celebrada pelo padre Eugênio e contou com a participação de representantes da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip) e da mineradora Vale.
Produção de artesanatos na cadeia
Fotos: Ronaldo Modesto
Indagado onde e como são comercializados os produtos de artesanatos, Joabe Lima informou que as peças são vendidas para as pessoas que visitam os presos no xadrez, “mas nossos familiares também levam algumas peças e vendem lá fora”, complementa.
Um grupo de presos da cadeia pública de Parauapebas, localizada no Bairro Rio Verde, encontrou uma saída inteligente para buscar legalmente recursos financeiros e custear suas despesas de limpeza e higiene pessoal: a produção de peças de artesanatos.
De acordo com o detento Joabe de Alcobaça Lima, residente na Rua Tókio nº 178, Bairro Novo Horizonte, Parauapebas, que foi preso dia 14 de junho último acusado de tráfico de droga, os artefatos são produzidos com papel chamex, madeira, palito de picolé, cola e outros tipos de materiais.Indagado onde e como são comercializados os produtos de artesanatos, Joabe Lima informou que as peças são vendidas para as pessoas que visitam os presos no xadrez, “mas nossos familiares também levam algumas peças e vendem lá fora”, complementa.
Com relação ao destino da renda dos produtos, cujo preço de cada unidade varia de 10 a 50 reais, ele disse que é dividida entre os detentos, que com o dinheiro compram material de limpeza e higiene pessoal, como creme dental, sabonete e xampu, além de cigarro, biscoito e refrigerante. “A gente ajuda também os companheiros de cela que não têm parentes aqui na cidade”.
As peças produzidas pelos presos são capa de caneta, pavão, cisne, casinhas, porta-joias, lixeiros, capa de bíblia e outros objetos. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)Jader Barbalho em Canaã dos Carajás e Parauapebas
Ocorre no próximo sábado (3), às 16 horas, na Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira (Rua Asdrúbal Bentes), em Canaã dos Carajás, a filiação de Jeová Andrade (ex-PR) ao PMDB, pré-candidato a prefeito daquele município. O PMDB em Canaã dos Carajás e presidido pelo engenheiro Roberto Andrade.
O evento será marcado pelas presenças do ex-senador Jader Barbalho, prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho; deputado estadual Parsifal Pontes, entre outras lideranças políticas do estado e da região.
Após a solenidade, a caravana vem a Parauapebas, onde à noite participará da abertura oficial da Feira de Agronegócios de Parauapebas (FAP).
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Romaria da Terra e das Águas do Maranhão, dias 10 e 11/09
Com o tema “Terra, água, direitos – resistir, defender e construir”, acontecerá nos dias 10 e 11 de setembro, em Açailândia (MA), a XI Romaria da Terra e das Águas do Maranhão.
Trata-se de um evento em solidariedade às vítimas da poluição da cadeia de mineração e siderurgia. O encerramento da romaria será no coração do povoado de Piquiá de Baixo, onde o impacto é maior.Haverá ao longo da noite apresentação de muitos conflitos e resistências nas várias regiões do Estado do Maranhão. (Fonte: https://sites.google.com/site/11romariaterraeaguas/)
domingo, 28 de agosto de 2011
Dia dos Bancários e o Dieese
Há 60 anos, no dia 28 de agosto de 1951, a categoria bancária iniciava uma das mais longas e vitoriosas greves dos seus 84 anos de história: após 69 dias de paralisação, os banqueiros acabaram concedendo 31% de aumento.
Os trabalhadores de São Paulo foram os únicos em todo o Brasil a manterem suas reivindicações e não aceitaram a proposta de apenas 20% oferecida inicialmente pelos bancos. Decidiram parar e acabaram dando início ao movimento que marcaria o Dia do Bancário.
“Eu trabalhava no câmbio do Banco Mercantil e todos nós paramos. Foram 69 dias de greve sem receber, não foi fácil. Mas era bonito. Os grevistas andavam na rua com uma bandeira do Brasil arrecadando dinheiro para ser contabilizado pelo sindicato e distribuído por igual aos bancários casados”, lembrou na época o bancário aposentado Hélio Sávio Aquino.
O preço pago foi alto, com forte repressão do governo estadual, do Ministério do Trabalho e até da igreja. Com o fim vitorioso da greve, os banqueiros acabaram demitindo algumas lideranças e transferindo outras para cidades do interior do estado.
Apesar da dificuldade de rearticulação dos trabalhadores nos anos seguintes, a greve resultou não só num aumento salarial maior para São Paulo, mas também levou suas lideranças a outros municípios, propiciando a formação de vários sindicatos bancários pelo estado, além de questionar a lei de greve do então Governo Dutra.
Dieese
Os trabalhadores de São Paulo foram os únicos em todo o Brasil a manterem suas reivindicações e não aceitaram a proposta de apenas 20% oferecida inicialmente pelos bancos. Decidiram parar e acabaram dando início ao movimento que marcaria o Dia do Bancário.
“Eu trabalhava no câmbio do Banco Mercantil e todos nós paramos. Foram 69 dias de greve sem receber, não foi fácil. Mas era bonito. Os grevistas andavam na rua com uma bandeira do Brasil arrecadando dinheiro para ser contabilizado pelo sindicato e distribuído por igual aos bancários casados”, lembrou na época o bancário aposentado Hélio Sávio Aquino.
O preço pago foi alto, com forte repressão do governo estadual, do Ministério do Trabalho e até da igreja. Com o fim vitorioso da greve, os banqueiros acabaram demitindo algumas lideranças e transferindo outras para cidades do interior do estado.
Apesar da dificuldade de rearticulação dos trabalhadores nos anos seguintes, a greve resultou não só num aumento salarial maior para São Paulo, mas também levou suas lideranças a outros municípios, propiciando a formação de vários sindicatos bancários pelo estado, além de questionar a lei de greve do então Governo Dutra.
Dieese
Os 20% oferecidos pelos bancos tinham como base os índices oficiais do custo de vida, cuja legitimidade foi duramente questionada pelos trabalhadores naquele ano. A greve acabou sendo o estopim da criação, em 1955, do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, uma fonte própria e confiável para o cálculo da inflação. Os cálculos da inflação naquele ano, ao serem colocados em xeque, foram refeitos, pulando inexplicavelmente de 15,4% para 30,7%. (Danilo Pretti Di Giorgi)
sábado, 27 de agosto de 2011
Presidente de associação denuncia descaso de gestores municipais
Fotos: Waldyr Silva
Antonio “Scuby”
Maria Eulina
Rua José Piveta
Rua Rui Barbosa
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Guanabara e Caetanópolis, Antonio Pereira de Souza, popularmente conhecido por “Scuby”, entrou em contato com a reportagem para denunciar que a Prefeitura de Parauapebas não vem respondendo aos apelos da entidade em favor da comunidade do complexo de bairros, deixando de responder a vários ofícios que solicitam benfeitorias para os moradores.
Em sua residência, localizada na Rua Rui Barbosa, Bairro Guanabara, Antonio “Scuby” exibiu na última terça-feira (23) cópias de documentos encaminhados à prefeitura, secretarias e departamentos afins, a maioria deles tendo como resposta a falta de dinheiro para execução das obras, enquanto que outros ofícios sequer foram respondidos.
De acordo com o presidente da associação, a entidade abrange os bairros Guanabara, Caetanópolis, Bela Vista I e II, São Lucas I e II, Jardim América e Morada Nova.
Moradores dos bairros reclamam também que há muito tempo estão abandonados pelo poder público. A comunidade exige iluminação, escola, segurança pública, asfalto, meio-fio, tratamento de esgoto, água tratada, entre outros serviços de infraestrutura.
Acompanhada do presidente da associação, a reportagem ouviu o apelo de alguns moradores que se dizem insatisfeitos com a falta de atenção da prefeitura municipal para aqueles logradouros.
Pedro Amorim Filho (Rua Rui Barbosa nº 217, Bairro Nova Vida) reclama que na frente da casa dele passa um esgoto a céu aberto, provavelmente de sanitário, que diariamente exala odor insuportável, sem que o poder público tome alguma providência para solucionar o problema.
Quem também aumenta o coro das lamentações é a dona de casa Maria de Araújo Souza (Rua Luiz Gonzaga, quase esquina com Rui Barbosa). Segundo ela, um grupo de pessoas já esteve várias vezes na associação de moradores do bairro reforçando o pedido de serviços para o bairro junto à Secretaria Municipal de Obras, mas os apelos nunca foram atendidos. “Na época de campanha política, eles aparecem por aqui e fazem uma operação tapa-buraco, mas depois somem”, diz ela.
A dona de casa Maria Eulina da Silva Souza (Rua Rui Barbosa, esquina da Rua Luiz Gonzaga) reclama de um esgoto a céu aberto que passa na frente da casa dela exalando diariamente um odor insuportável. Nesta semana, ela tentou colocar manilhas de cimento na vala para acabar com o mau cheiro, mas a obra não deu certo.
“Gastei R$ 560,00 na compra dos oito tubos de cimento para tentar amenizar o fedor, mas não deu certo”, lamenta a moradora, revelando que vem sofrendo com a situação há cerca de cinco anos.
Para Raimundo Nonato Alves de Souza (Rua Rui Barbosa nº 258, Bairro Guanabara), o asfalto colocado na frente da casa dele aparenta ser de boa qualidade, mas a falta de construção de meio-fio para drenagem das águas pluviais vem deteriorando a camada asfáltica.
“Fico perguntando por que a prefeitura contrata uma empresa para fazer certa obra com o dinheiro do povo, recebe a obra inacabada e fica por isso mesmo. Isso é falta de vergonha na cara dos responsáveis pelos serviços ou falta de dinheiro?”, indaga o morador, complementando que a população, revoltada, espera por resposta.
Na Secretaria Municipal de Obras, a reportagem foi informada que algumas ruas do complexo de bairros já começaram a receber asfalto e serviço de meio-fio e drenagem, e que os demais logradouros serão atendidos até o final deste verão.
Antonio “Scuby”
Maria Eulina
Rua José Piveta
Rua Rui Barbosa
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Guanabara e Caetanópolis, Antonio Pereira de Souza, popularmente conhecido por “Scuby”, entrou em contato com a reportagem para denunciar que a Prefeitura de Parauapebas não vem respondendo aos apelos da entidade em favor da comunidade do complexo de bairros, deixando de responder a vários ofícios que solicitam benfeitorias para os moradores.
Em sua residência, localizada na Rua Rui Barbosa, Bairro Guanabara, Antonio “Scuby” exibiu na última terça-feira (23) cópias de documentos encaminhados à prefeitura, secretarias e departamentos afins, a maioria deles tendo como resposta a falta de dinheiro para execução das obras, enquanto que outros ofícios sequer foram respondidos.
De acordo com o presidente da associação, a entidade abrange os bairros Guanabara, Caetanópolis, Bela Vista I e II, São Lucas I e II, Jardim América e Morada Nova.
Moradores dos bairros reclamam também que há muito tempo estão abandonados pelo poder público. A comunidade exige iluminação, escola, segurança pública, asfalto, meio-fio, tratamento de esgoto, água tratada, entre outros serviços de infraestrutura.
Acompanhada do presidente da associação, a reportagem ouviu o apelo de alguns moradores que se dizem insatisfeitos com a falta de atenção da prefeitura municipal para aqueles logradouros.
Pedro Amorim Filho (Rua Rui Barbosa nº 217, Bairro Nova Vida) reclama que na frente da casa dele passa um esgoto a céu aberto, provavelmente de sanitário, que diariamente exala odor insuportável, sem que o poder público tome alguma providência para solucionar o problema.
Quem também aumenta o coro das lamentações é a dona de casa Maria de Araújo Souza (Rua Luiz Gonzaga, quase esquina com Rui Barbosa). Segundo ela, um grupo de pessoas já esteve várias vezes na associação de moradores do bairro reforçando o pedido de serviços para o bairro junto à Secretaria Municipal de Obras, mas os apelos nunca foram atendidos. “Na época de campanha política, eles aparecem por aqui e fazem uma operação tapa-buraco, mas depois somem”, diz ela.
A dona de casa Maria Eulina da Silva Souza (Rua Rui Barbosa, esquina da Rua Luiz Gonzaga) reclama de um esgoto a céu aberto que passa na frente da casa dela exalando diariamente um odor insuportável. Nesta semana, ela tentou colocar manilhas de cimento na vala para acabar com o mau cheiro, mas a obra não deu certo.
“Gastei R$ 560,00 na compra dos oito tubos de cimento para tentar amenizar o fedor, mas não deu certo”, lamenta a moradora, revelando que vem sofrendo com a situação há cerca de cinco anos.
Para Raimundo Nonato Alves de Souza (Rua Rui Barbosa nº 258, Bairro Guanabara), o asfalto colocado na frente da casa dele aparenta ser de boa qualidade, mas a falta de construção de meio-fio para drenagem das águas pluviais vem deteriorando a camada asfáltica.
“Fico perguntando por que a prefeitura contrata uma empresa para fazer certa obra com o dinheiro do povo, recebe a obra inacabada e fica por isso mesmo. Isso é falta de vergonha na cara dos responsáveis pelos serviços ou falta de dinheiro?”, indaga o morador, complementando que a população, revoltada, espera por resposta.
Na Secretaria Municipal de Obras, a reportagem foi informada que algumas ruas do complexo de bairros já começaram a receber asfalto e serviço de meio-fio e drenagem, e que os demais logradouros serão atendidos até o final deste verão.
Mototaxistas ajudam adolescente comprar lentes de contato
Foto: Waldyr Silva
Depois de ouvir os apelos da dona de casa Marileide Barros Pimentel, 38 anos, residente na Rua Ângela Diniz nº 94, Bairro da Paz, Parauapebas, num programa local de televisão, solicitando ajuda da comunidade para comprar lentes de contato para a filha dela, um grupo de mototaxistas resolveu cair em campo e colaborar com a ação.
O dinheiro coletado foi entregue na manhã da última terça-feira (23), no ponto de mototáxi do terminal rodoviário da cidade, a Marileide Pimentel, que estava acompanhada da filha Tailine Pimentel Ribeiro, 14 anos de idade, estudante, beneficiária da ação beneficente.
À imprensa, que cobria a entrega do donativo à família, Sidney Fernandes, representantes dos mototaxistas do terminal rodoviário, fez questão de dizer que a iniciativa da categoria não tinha o sentido de querer aparecer na mídia.
“A categoria, não só daqui da rodoviária, mas de outros pontos também, e até usuário, se sensibilizou com o apelo de dona Marileide e fizemos a mobilização entre nós e neste momento estamos repassando a importância de R$ 694,00 para a família”, frisou Sidney Fernandes, adicionando que a união faz parte do sangue do mototaxista.
Por sua vez, Marileide Pimentel agradeceu o empenho dos mototaxistas e disse que agora ela ia poder comprar as lentes de contato que o oftalmologista prescreveu para a filha dela, “pois eu não tinha condições de comprar”.
A dona de casa informou que, além do problema na vista, a filha dela precisa fazer também uma cirurgia nos olhos, mas só quando a moça completar 18 anos de idade. Segundo informou, a filha dela usa óculos corretivos há três anos, com 3,75 graus no olho direito e 10,50 graus no esquerdo.
“Agradeço a todos esses mototaxistas que se sensibilizaram com minha situação e arranjaram dinheiro pra minha mãe comprar as lentes de contato que o oculista passou pra eu usar”, agradeceu a estudante.
Depois de ouvir os apelos da dona de casa Marileide Barros Pimentel, 38 anos, residente na Rua Ângela Diniz nº 94, Bairro da Paz, Parauapebas, num programa local de televisão, solicitando ajuda da comunidade para comprar lentes de contato para a filha dela, um grupo de mototaxistas resolveu cair em campo e colaborar com a ação.
O dinheiro coletado foi entregue na manhã da última terça-feira (23), no ponto de mototáxi do terminal rodoviário da cidade, a Marileide Pimentel, que estava acompanhada da filha Tailine Pimentel Ribeiro, 14 anos de idade, estudante, beneficiária da ação beneficente.
À imprensa, que cobria a entrega do donativo à família, Sidney Fernandes, representantes dos mototaxistas do terminal rodoviário, fez questão de dizer que a iniciativa da categoria não tinha o sentido de querer aparecer na mídia.
“A categoria, não só daqui da rodoviária, mas de outros pontos também, e até usuário, se sensibilizou com o apelo de dona Marileide e fizemos a mobilização entre nós e neste momento estamos repassando a importância de R$ 694,00 para a família”, frisou Sidney Fernandes, adicionando que a união faz parte do sangue do mototaxista.
Por sua vez, Marileide Pimentel agradeceu o empenho dos mototaxistas e disse que agora ela ia poder comprar as lentes de contato que o oftalmologista prescreveu para a filha dela, “pois eu não tinha condições de comprar”.
A dona de casa informou que, além do problema na vista, a filha dela precisa fazer também uma cirurgia nos olhos, mas só quando a moça completar 18 anos de idade. Segundo informou, a filha dela usa óculos corretivos há três anos, com 3,75 graus no olho direito e 10,50 graus no esquerdo.
“Agradeço a todos esses mototaxistas que se sensibilizaram com minha situação e arranjaram dinheiro pra minha mãe comprar as lentes de contato que o oculista passou pra eu usar”, agradeceu a estudante.
Apae comemora 15 anos em Parauapebas
Fotos: Deicharles Damascena
Fundada em 17 de agosto de 1996, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) comemora quinze anos de existência em Parauapebas. As comemorações aconteceram na terça e quarta-feira desta semana (dias 23 e 24), com várias programações alusivas à data.
Na terça-feira, a entidade recebeu homenagem dos vereadores na Câmara Municipal, com a presença de usuários e profissionais da entidade, enquanto que no dia 24 foi oferecido um coquetel comemorativo na sede da instituição, com apresentações culturais e depoimentos de usuários.
Os dois eventos contaram com as presenças do secretário municipal de Assistência Social, Judson Gomes; do ex-prefeito Chico das Cortinas; da presidente da Apae, Vanilda de Queiroz; vereadores e colaboradores, além de pais e alunos das crianças com deficiência.
Um grande momento da comemoração foi quando se exibiu um vídeo do cantor gospel Irmão Lázaro, onde tinha uma pessoa com deficiência cantando junto com o artista. Outro momento que chamou atenção foi a apresentação de Edvaldo Lima e Antonio José, ambos deficientes visuais parauapebenses, que soltaram a voz cantando e tocando violão ao vivo.
Márcia Guedes, que iniciou o andamento de fundação da entidade, se emocionou, lembrando o quanto foi difícil todo processo para tornar a Apae uma instituição de relevância dentro do município, no atendimento às crianças e adolescentes com deficiência.
Fizeram parte da criação da entidade o ex-prefeito Chico das Cortinas, que doou o terreno na época; a assistente social Cleuma Magalhães, Lucineide Santana, Juliana dos Santos, Nilda Francisca, entre outros colaboradores.
Fundada por um grupo de educadores e pais de alunos da escola Chico Mendes, a instituição nasceu com objetivo de garantir atendimento às crianças e adolescentes com deficiência.
O grande sonho da entidade hoje é a construção do Centro de Reabilitação, que custa cerca de um milhão de reais. Para isso, a instituição precisa muito da colaboração de empresários para contribuir e ajudar ainda mais as pessoas com deficiência no município. A Apae fica localizada na Rua L nº 187, Bairro União. Site www.apaeparauapebas.org, email apaeparauapebas@hotmail.com e fones (94) 3346–1717 / 3346-0303. (Waldyr Silva, com informações de Deicharles Damascena)
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Moradores da invasão Alto Bonito apelam por moradia digna
Fotos: Rui Guilherme
Na reunião do final de semana, os moradores da invasão convidaram o vereador Antonio Massud Pereira (PTB) para interceder em favor deles. Na oportunidade, o morador Antonio Morais explicou ao vereador que as famílias já tiveram uma reunião com o prefeito Darci Lermen, a quem teriam entregado um documento expondo a situação precária em que vivem na invasão.
Segundo o morador, o gestor municipal prometeu a construção de um prédio com 1.008 apartamentos para abrigar igual número de famílias que moram na invasão Alto Bonito.
“Nossa grande dificuldade é no período de inverno, porque, como todos sabem, nessa época a área fica praticamente inabitável, com os moradores dentro da lama. O prefeito veio com a proposta de construir um prédio, mas não apresentou nada de concreto”, reclama Antonio Morais.
Ele lamenta também que na reunião que eles tiveram com Darci Lermen este prometera voltar a conversar com o pessoal dentro de 15 dias depois, mas, segundo, ele, até o final de semana não havia sido chamado para a audiência.
“Não estamos aqui para atacar prefeito, mas buscando nossos direitos a uma moradia digna, exigindo que ele assuma o compromisso que fez com a gente. Se for pra remover nosso povo, que dê um lugar concreto pra gente ficar, porque estamos vendo a história das famílias que estão alojadas no barracão da Usimig, que foram jogadas pra dentro de um galpão e estão esquecidas lá até hoje”, apela o morador.
DOCUMENTO
Saindo-se em defesa daquelas famílias, o vereador Antonio Massud sugeriu que quando os moradores se reunissem com o prefeito que pedissem a ele algum documento comprovando que a prefeitura já teria a área para construir o prédio para abrigar as famílias da invasão.
“O prefeito precisa provar com documento que tem esse dinheiro depositado em banco para construir o prédio, mas eu garanto que não tem”, alfinetou o vereador, contemporizando que se o prefeito provar que a verba está depositada em conta ele retira tudo que falou.
Antonio Massud informou ainda aos moradores que a prefeitura faz quase R$ 50 milhões de arrecadação por mês, e está pedindo mais 30% de suplementação na Câmara. “Se você fizer uma conta, o prefeito recebe em média quase R$ 500 milhões por ano e não faz nada, pois não tem água e nem asfalto; não tem nada”, protesta.
SEMOB
Procurada pela reportagem, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Obras (Semob) informou que a invasão do Alto Bonito será contemplada com as obras de revitalização que tiveram início mês passado no Complexo Altamira, com a retirada dos moradores para um prédio que será construído para abrigar cerca de mil famílias.
Antonio Morais
Dizendo-se cansados de esperar pelas promessas da Prefeitura de Parauapebas, moradores da invasão denominada Alto Bonito, localizada nas proximidades das Casas Populares, procuraram a imprensa no último domingo (21) para falar das dificuldades enfrentadas no logradouro por causa da falta de infraestrutura, principalmente de saneamento básico.
A invasão se localiza no pé de um morro e numa área de varjão alagadiço, onde a maioria das casas é construída em madeira sobre palafitas, com acesso precário e arriscado por meio de pontes improvisadas.Na reunião do final de semana, os moradores da invasão convidaram o vereador Antonio Massud Pereira (PTB) para interceder em favor deles. Na oportunidade, o morador Antonio Morais explicou ao vereador que as famílias já tiveram uma reunião com o prefeito Darci Lermen, a quem teriam entregado um documento expondo a situação precária em que vivem na invasão.
Segundo o morador, o gestor municipal prometeu a construção de um prédio com 1.008 apartamentos para abrigar igual número de famílias que moram na invasão Alto Bonito.
“Nossa grande dificuldade é no período de inverno, porque, como todos sabem, nessa época a área fica praticamente inabitável, com os moradores dentro da lama. O prefeito veio com a proposta de construir um prédio, mas não apresentou nada de concreto”, reclama Antonio Morais.
Ele lamenta também que na reunião que eles tiveram com Darci Lermen este prometera voltar a conversar com o pessoal dentro de 15 dias depois, mas, segundo, ele, até o final de semana não havia sido chamado para a audiência.
“Não estamos aqui para atacar prefeito, mas buscando nossos direitos a uma moradia digna, exigindo que ele assuma o compromisso que fez com a gente. Se for pra remover nosso povo, que dê um lugar concreto pra gente ficar, porque estamos vendo a história das famílias que estão alojadas no barracão da Usimig, que foram jogadas pra dentro de um galpão e estão esquecidas lá até hoje”, apela o morador.
DOCUMENTO
Saindo-se em defesa daquelas famílias, o vereador Antonio Massud sugeriu que quando os moradores se reunissem com o prefeito que pedissem a ele algum documento comprovando que a prefeitura já teria a área para construir o prédio para abrigar as famílias da invasão.
“O prefeito precisa provar com documento que tem esse dinheiro depositado em banco para construir o prédio, mas eu garanto que não tem”, alfinetou o vereador, contemporizando que se o prefeito provar que a verba está depositada em conta ele retira tudo que falou.
Antonio Massud informou ainda aos moradores que a prefeitura faz quase R$ 50 milhões de arrecadação por mês, e está pedindo mais 30% de suplementação na Câmara. “Se você fizer uma conta, o prefeito recebe em média quase R$ 500 milhões por ano e não faz nada, pois não tem água e nem asfalto; não tem nada”, protesta.
SEMOB
Procurada pela reportagem, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Obras (Semob) informou que a invasão do Alto Bonito será contemplada com as obras de revitalização que tiveram início mês passado no Complexo Altamira, com a retirada dos moradores para um prédio que será construído para abrigar cerca de mil famílias.
Unifesspa
Parlamentar sugere movimento popular para sensibilizar Câmara dos Deputados
Deputado Wandenkolk Gonçalves
Estudante Elton Batista
De passagem pela cidade na última terça-feira (23) para dar posse ao empresário José Rinaldo Alves de Carvalho como o novo presidente da comissão provisória do PSDB em Parauapebas, o deputado federal Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA) foi convidado pela presidência da Câmara de Vereadores para falar sobre a possibilidade de o município de Parauapebas ainda ser contemplado com o núcleo da futura Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), que foi perdido para o município de Santana do Araguaia.À reportagem do CORREIO DO TOCANTINS, o parlamentar disse considerar a perda do pólo da futura universidade como “uma coisa absurda, pois, numa reunião que tive semana passada com o ministro da Educação, Fernando Haddad, nem ele mesmo soube explicar”.
Na avaliação de Wandenkolk Gonçalves, ele acredita que possa ter havido um “lapso da assessoria do ministro”, porque, segundo ele, estava tudo certo para o município de Parauapebas ser contemplado com um campus da Unifesspa, cuja sede já estava certa que ficaria em Marabá.
O deputado supôs que a decisão na exclusão do município em questão pode ter sido a falta de compromisso de Brasília com o povo da região, por desconhecer o potencial e o que representa Parauapebas no contexto de desenvolvimento não só do Pará, mas do Brasil como um todo.
ABAIXO-ASSINADO
A título de sugestão, o deputado federal orientou que os vereadores e empresários da cidade iniciassem um movimento de coleta de assinatura junto à comunidade parauapebense e encaminhassem o abaixo-assinado à Câmara dos Deputados para que o documento seja transformado numa emenda de iniciativa popular, no sentido de que os parlamentares possam rever a penalização sofrida por Parauapebas.
“É possível que o ministro Fernando Haddad se sensibilize, depois de toda essa pressão, e encaminhe o projeto à Câmara dos Deputados já modificado, colocando Parauapebas como o município a ser contemplado com o campus da nova universidade da região”, prevê Wandenkolk Gonçalves.
ÁGUA FRIA
Para o estudante Elton Batista, membro da União Brasileira dos Estudantes Secundarista (Ubes), a decisão do governo federal em excluir Parauapebas desse processo “foi um banho de água fria”, pois, segundo ele, a classe estudantil da região vem sofrendo ao longo dos últimos anos com a falta de instituições universitárias para atender a demanda.
“Os estudantes de Parauapebas exigem que o campus da Unifesspa seja efetivamente instalado em nossa cidade, pois não é justo que saiamos daqui para fazer faculdade em outras regiões”, protesta Elton Batista.
Em contato à tarde desta quarta-feira (24) com o diretor legislativo da Câmara de Vereadores de Parauapebas, José Omar Arrais, ele informou que a ida dos vereadores Faisal Salmen, Francisângela Resende e Euzébio Rodrigues a Brasília, onde se reuniram com técnicos do Ministério da Educação, não teve avanços para mudar a situação.
Rede Celpa tem até novembro para melhorar serviços em Parauapebas
A pedido do Procon, a Procuradoria Geral do Município de Parauapebas entrou na Justiça com uma ação civil pública, sugerindo à Rede Celpa a adequar a operação de seus serviços na cidade até novembro deste ano.
Com a decisão, a população de Parauapebas será beneficiada com a diminuição de falta de energia.
Em audiência judicial realizada, a empresa se responsabilizou em ajustar a operação de seus serviços até o prazo proposto, para que a quantidade de interrupções e o tempo em que o consumidor fica sem energia sejam reduzidos.
Além de realizar atividades de manutenção que solucionem os problemas de falta de energia no município, a Rede Celpa se responsabilizou também em enviar mensalmente à procuradoria relatórios dessas atividades, apresentando os índices de continuidade referente aos serviços prestados.
A concessionária de energia elétrica também se responsabilizou em divulgar, em todos os meios de comunicação possíveis, os desligamentos programados do fornecimento de energia elétrica no município.
Na audiência também ficou determinado que a prefeitura enviasse à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a solicitação de encaminhamento dos índices de continuidades dos serviços prestados pela Rede Celpa na cidade.
Na avaliação do chefe da Procuradoria Judicial, advogado Jair Alves Rocha, a medida é uma vitória da população de Parauapebas, que há muito sofre com as constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica.
RELATÓRIO
De acordo com o Relatório de Transgressões de Indicadores, emitido pela Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará (Arcon), no ano passado Parauapebas contava com 38.572 consumidores.O relatório aponta também altos desvios dos dois índices padrões: Duração Equivalente de Interrupção (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC).
O primeiro índice, o DEC, teve como meta o consumidor ficar 40 horas por ano sem energia. No entanto, em Parauapebas no ano passado esse tempo foi 130,01 horas, o que equivale a um desvio de 225,02% acima do especificado pelo índice. Já o FEC teve como meta 32 interrupções anuais, porém na cidade o relatório aponta um número de 47,03 interrupções. (Waldyr Silva, com informações da Ascom PMP)
STF: plebiscito ouvirá todo estado
O relator do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro José Antonio Dias Toffoli, deu parecer a favor de que toda a população do Pará seja consultada no plebiscito sobre a divisão do estado.
“Não há como simplesmente excluir da consulta plebiscitária os interesses da população remanescente que também será afetada”, justificou Toffoli em seu voto, que foi seguido por todos os demais ministros, redundando em placar unânime de 9 x 0.
O STF decidiu indiretamente se apenas a população da área que será desmembrada deveria ser ouvida ou se todo o estado tem de ser consultado. “Então, quer dizer que a retirada da parte de um todo não interessa diretamente à parte remanescente?”, questionou Toffoli.
“O desmembramento de um estado da federação afeta uma multiplicidade de interesses que não podem ser exclusivamente atribuídos à população da área que vai desmembrar-se”, completou o ministro relator do processo.
O plebiscito está marcado para 11 de dezembro e vai decidir sobre a separação do território paraense em três estados: Carajás, Tapajós e Pará.
“Não há como simplesmente excluir da consulta plebiscitária os interesses da população remanescente que também será afetada”, justificou Toffoli em seu voto, que foi seguido por todos os demais ministros, redundando em placar unânime de 9 x 0.
O STF decidiu indiretamente se apenas a população da área que será desmembrada deveria ser ouvida ou se todo o estado tem de ser consultado. “Então, quer dizer que a retirada da parte de um todo não interessa diretamente à parte remanescente?”, questionou Toffoli.
“O desmembramento de um estado da federação afeta uma multiplicidade de interesses que não podem ser exclusivamente atribuídos à população da área que vai desmembrar-se”, completou o ministro relator do processo.
O plebiscito está marcado para 11 de dezembro e vai decidir sobre a separação do território paraense em três estados: Carajás, Tapajós e Pará.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
PRTB no rádio e na TV
O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) entra no ar nesta quinta-feira (25), no período das 20 às 20h05 e das 20h30 às 20h35, respectivamente, em rede nacional de rádio e de TV, com inserções do partido. No próximo dia 1º de setembro será a vez do PP.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Câmara de Parauapebas é mais cara do país, diz IN-Revista
Fotos: Waldyr Silva
Baseada em orçamento anual de R$ 19 milhões, com um quadro de 11 vereadores, a IN-Revista (edição do mês de julho) denuncia que a Câmara Municipal de Parauapebas tem os vereadores mais caros do Brasil.
A revista levanta que a Câmara Municipal de Parauapebas possui mais servidores do que os ministérios de Esportes, que conta com 348 funcionários, e do Turismo, que tem em seus quadros 450 servidores públicos.
De acordo com levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o custo mensal de cada parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília, chega a R$ 114 mil, inclusos aí o salário, despesas com viagens e outros auxílios. Em Parauapebas, conforme denuncia a IN-Revista, cada vereador custa aos cofres da Câmara Municipal mais de R$ 116 mil por mês.
REPERCUSSÃO
Tão logo a revista circulou, a repercussão foi grande entre os moradores da cidade, uma vez que a relação custo benefício é bastante questionada pela população. Entre muitas pessoas, os vereadores não são vistos como exemplo de trabalho e combate às verdadeiras mazelas sociais.
“É um absurdo o que acontece aqui. Você não vê um questionamento, uma crítica à prefeitura. Parece que está todo mundo no mesmo grupo. Tem bairro aqui em que você não consegue nem andar, que nunca viu presença de autoridade”, queixa-se o pedreiro Antônio Araújo Neto, após ler a reportagem sobre a Câmara.
Outra pessoa que se mostrou indignada foi a balconista Silvia Ribeiro Lima: “Realmente revoltante. Eu com o meu salário mínimo e esse povo torrando o nosso dinheiro. Fico muito triste com esse tipo de coisa, por isso já nem ando naquela Câmara”.
NEGATIVA
Procurado para se reportar sobre as denúncias, o presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, vereador Euzébio Rodrigues dos Santos (PT), negou à reportagem do CORREIO DO TOCANTINS que o Poder Legislativo local seja o mais caro do Brasil.
Dizendo que até a última sexta-feira (19) ainda não havia tomado conhecimento do teor da matéria veiculada na revista, Euzébio Rodrigues desmente que a Câmara de Vereadores tenha hoje em seus quadros a quantidade de 529 servidores contratados.
Perguntado sobre o número exato de funcionários que a Câmara possui hoje, o presidente do Legislativo respondeu que não tinha essa informação “na cabeça”, mas acreditava que a quantidade de servidores públicos poderia chegar a trezentos.
Questionado sobre a visível falta desses funcionários em seus postos de serviços, nos gabinetes dos vereadores, Euzébio Rodrigues respondeu que “muitos servidores” da Câmara Municipal estão cedidos para órgãos do estado, como Fórum de Justiça, Delegacia de Polícia, Detran e outras repartições públicas.
Com relação à informação de que este ano a Câmara conta com orçamento de R$ 19 milhões, o presidente da Câmara de Vereadores confirma estes valores, com uma ressalva: “Na verdade, o duodécimo da Câmara este ano é de R$ 16 milhões, mais R$ 3 milhões que entraram como emenda exclusiva para construção do prédio próprio do Poder Legislativo, chegando aos R$ 19 milhões”, explica o vereador.
Euzébio Rodrigues garante que todas as despesas ordenadas pela presidência da Casa de Leis são postadas, para qualquer pessoa verificar na internet, no Portal da Transparência, segundo ele, lincado no site da Prefeitura de Parauapebas (www.parauapebas.pa.gov.br), com cópia enviada para o Tribunal de Contas dos Municípios.
Segundo a revista, o Poder Legislativo parauapebense possui em seus quadros 529 servidores contratados sem concurso público, o que dá uma média de 48 funcionários para cada vereador, número considerado muito grande se comparado com outros parlamentos.
A revista levanta que a Câmara Municipal de Parauapebas possui mais servidores do que os ministérios de Esportes, que conta com 348 funcionários, e do Turismo, que tem em seus quadros 450 servidores públicos.
De acordo com levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o custo mensal de cada parlamentar na Câmara dos Deputados, em Brasília, chega a R$ 114 mil, inclusos aí o salário, despesas com viagens e outros auxílios. Em Parauapebas, conforme denuncia a IN-Revista, cada vereador custa aos cofres da Câmara Municipal mais de R$ 116 mil por mês.
REPERCUSSÃO
Tão logo a revista circulou, a repercussão foi grande entre os moradores da cidade, uma vez que a relação custo benefício é bastante questionada pela população. Entre muitas pessoas, os vereadores não são vistos como exemplo de trabalho e combate às verdadeiras mazelas sociais.
“É um absurdo o que acontece aqui. Você não vê um questionamento, uma crítica à prefeitura. Parece que está todo mundo no mesmo grupo. Tem bairro aqui em que você não consegue nem andar, que nunca viu presença de autoridade”, queixa-se o pedreiro Antônio Araújo Neto, após ler a reportagem sobre a Câmara.
Outra pessoa que se mostrou indignada foi a balconista Silvia Ribeiro Lima: “Realmente revoltante. Eu com o meu salário mínimo e esse povo torrando o nosso dinheiro. Fico muito triste com esse tipo de coisa, por isso já nem ando naquela Câmara”.
NEGATIVA
Procurado para se reportar sobre as denúncias, o presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, vereador Euzébio Rodrigues dos Santos (PT), negou à reportagem do CORREIO DO TOCANTINS que o Poder Legislativo local seja o mais caro do Brasil.
Dizendo que até a última sexta-feira (19) ainda não havia tomado conhecimento do teor da matéria veiculada na revista, Euzébio Rodrigues desmente que a Câmara de Vereadores tenha hoje em seus quadros a quantidade de 529 servidores contratados.
Perguntado sobre o número exato de funcionários que a Câmara possui hoje, o presidente do Legislativo respondeu que não tinha essa informação “na cabeça”, mas acreditava que a quantidade de servidores públicos poderia chegar a trezentos.
Questionado sobre a visível falta desses funcionários em seus postos de serviços, nos gabinetes dos vereadores, Euzébio Rodrigues respondeu que “muitos servidores” da Câmara Municipal estão cedidos para órgãos do estado, como Fórum de Justiça, Delegacia de Polícia, Detran e outras repartições públicas.
Com relação à informação de que este ano a Câmara conta com orçamento de R$ 19 milhões, o presidente da Câmara de Vereadores confirma estes valores, com uma ressalva: “Na verdade, o duodécimo da Câmara este ano é de R$ 16 milhões, mais R$ 3 milhões que entraram como emenda exclusiva para construção do prédio próprio do Poder Legislativo, chegando aos R$ 19 milhões”, explica o vereador.
Euzébio Rodrigues garante que todas as despesas ordenadas pela presidência da Casa de Leis são postadas, para qualquer pessoa verificar na internet, no Portal da Transparência, segundo ele, lincado no site da Prefeitura de Parauapebas (www.parauapebas.pa.gov.br), com cópia enviada para o Tribunal de Contas dos Municípios.
Políticos tentam em Brasília trazer Unifesspa para Parauapebas
Centro Universitário de Parauapebas
A perda do campus da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) para o município de Marabá continua causando mal estar no meio da classe política de Parauapebas, uma vez que o município acabou ficando de fora do projeto final, que beneficiou Marabá (sede), Xinguara, Rondon do Pará, São Félix do Xingu e Santana do Araguaia.Pouco tempo antes de a presidente Dilma Rousseff anunciar na semana passada a criação da universidade na região, Parauapebas constava no projeto original como eventual contemplado, cujo tema foi debatido exaustivamente com técnicos do Ministério da Educação, que elogiaram o projeto.
O prefeito de Parauapebas, Darci José Lermen (PT), que nesta terça-feira (23) deve se reunir com técnicos do Ministério da Educação e os deputados federais Cláudio Puty (PT-PA) e Giovanni Queiroz (PDT-PA), para rever a situação e apresentar um memorial com considerações genéricas e específicas que justificam a medida, disse ter ficado surpreso com a decisão da presidente da República.
Mesmo assim, Darci Lermen se diz otimista com a reunião desta terça-feira (23) em Brasília, uma vez que o projeto ainda não foi enviado para ser apreciado na Câmara dos Deputados.
Em conversa por telefone nesta segunda-feira (22) com a jornalista Rosiere Morais, assessora de comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semed), ela informou à reportagem do CT que o titular da Semed, professor Raimundo Oliveira Neto, havia viajado ontem para Brasília, para participar da audiência no Ministério da Educação.
Ouvido pela reportagem ontem também via telefone, o vereador José Adelson Silva (PDT), que esteve semana passada em Brasília acompanhado de outros vereadores para participar do lançamento de criação da Unifesspa, ratificou que o deputado Giovanni Queiroz estaria envidando esforços para que, pelo menos, um pólo da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará fosse instalado em Parauapebas.
O vereador José Adelson justifica que o município de Parauapebas perdeu a sede da Unifesspa para Marabá porque já contava com um pólo da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) na cidade.
Quem também se mostrou surpreso com a decisão do Ministério da Educação foi o adjunto da Secretaria de Planejamento de Parauapebas, Leônidas Mendes Filho, que no final de março deste ano esteve em audiência com o ministro Fernando Haddad e o secretário de ensino superior Luis Cláudio Costa, a quem fez a entrega do projeto de instalação da Unifesspa.
“Houve um erro no cerimonial do evento de lançamento ocorrido em Brasília, pois foi lido o projeto do então deputado Haroldo Bezerra, onde Parauapebas não figurava como um dos municípios a ser contemplados com campus da Unifesspa”, explica o secretário adjunto.
ESTRUTURA
O projeto inicial enviado pela UFPA a Brasília, em janeiro de 2011, previa que a nova universidade teria 59 cursos de graduação com oferta de 2.170 vagas. Apontava também a necessidade de manter 755 professores e 436 técnico-administrativos para que a Unifesspa começasse a funcionar. O projeto da nova universidade foi encaminhado pela reitoria da UFPA e classificado pelo MEC como de alta relevância social e de excelente qualificação técnica.
As principais áreas de abrangência da nova universidade seriam engenharia, ciências sociais, ciências humanas, educação, linguísticas, saúde, biológicas, socioeconômicas, jurídicas e exatas.
Música e encontro de culturas agitam final de semana no CDC
Fotos: Ascom PMP
Seguindo a programação de reinauguração do novo espaço, o Centro de Desenvolvimento Cultural de Parauapebas (CDC) ofereceu no decorrer da semana passada uma série de shows e apresentações culturais, resultando num grande sucesso.
Os grupos parafolclóricos “Carimbó Pai d’Égua” e “Yawara” deram uma mostra, já na quarta-feira (17), do que viria pela frente. A quinta-feira (17) foi completamente inundada pelo som da “Gaita Ponto de Renato Borghetti”, que mostrou ao público toda a vitalidade do folclore gaúcho.
O dia mais esperado foi a sexta-feira (19), quando ocorreu o encontro entre Nilson Chaves e Papete, emocionando o público que viu parte da formação cultural de Parauapebas revelada pela música.
Nilson Chaves e Papete são dois grandes ícones da música paraense e maranhense, que dividiram o palco e multiplicaram os aplausos de quem assistiu ao show. No repertório, não poderiam faltar os clássicos “Belém, Pará, Brasil”, “Sabor açaí” e “Boi da Lua”, entre várias outras canções, como “Vem pro Peba”, composta por Nilson Chaves em homenagem à cidade.
O sábado (20) também foi marcado pelo encontro de Pará e Maranhão, com apresentações dos grupos “Sancari”, de Belém; “Boi de Nina Rodrigues”, de São Luís; e “Kuarup”, de Parauapebas.
A programação de reinauguração do CDC segue até o final do mês. Durante toda esta semana haverá uma exposição sobre a Era dos Festivais, além da exibição de filmes e da Palhinha Cultural. O encerramento ocorre no próximo dia 29, com o grupo de Stand Up Comedy – “Em pé na rede”. (Waldyr Silva, com informações da Ascom PMP)
Os grupos parafolclóricos “Carimbó Pai d’Égua” e “Yawara” deram uma mostra, já na quarta-feira (17), do que viria pela frente. A quinta-feira (17) foi completamente inundada pelo som da “Gaita Ponto de Renato Borghetti”, que mostrou ao público toda a vitalidade do folclore gaúcho.
O dia mais esperado foi a sexta-feira (19), quando ocorreu o encontro entre Nilson Chaves e Papete, emocionando o público que viu parte da formação cultural de Parauapebas revelada pela música.
Nilson Chaves e Papete são dois grandes ícones da música paraense e maranhense, que dividiram o palco e multiplicaram os aplausos de quem assistiu ao show. No repertório, não poderiam faltar os clássicos “Belém, Pará, Brasil”, “Sabor açaí” e “Boi da Lua”, entre várias outras canções, como “Vem pro Peba”, composta por Nilson Chaves em homenagem à cidade.
O sábado (20) também foi marcado pelo encontro de Pará e Maranhão, com apresentações dos grupos “Sancari”, de Belém; “Boi de Nina Rodrigues”, de São Luís; e “Kuarup”, de Parauapebas.
A programação de reinauguração do CDC segue até o final do mês. Durante toda esta semana haverá uma exposição sobre a Era dos Festivais, além da exibição de filmes e da Palhinha Cultural. O encerramento ocorre no próximo dia 29, com o grupo de Stand Up Comedy – “Em pé na rede”. (Waldyr Silva, com informações da Ascom PMP)
domingo, 21 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
Situação precária de energia vai perdurar até final de 2012
Consumidores de energia elétrica das regiões sul e sudeste do Pará vão continuar penando até setembro ou dezembro do ano vem com a péssima qualidade dos serviços ofertados pela Rede Celpa, que não tem conseguido acompanhar o crescimento exacerbado da região.
Em declarações prestadas à reportagem da Sucursal do CORREIO DO TOCANTINS em Parauapebas na última quinta-feira (18), Pedro Machado informou que o contrato entre sua empresa Atlântico e a Aneel foi assinado em 22 de dezembro do ano passado.
De lá para cá, conforme explicou o diretor, a empresa vem regularizando o início das obras na região, buscando junto aos órgãos competentes as competentes licenças ambientais para construção dos linhões e das respectivas subestações de energia elétrica.
A primeira subestação vai ser construída em Parauapebas a partir do início do mês de setembro nas proximidades da atual subestação de Palmares Sul, a 11 quilômetros do centro da cidade, cujo canteiro de obra começa a ser montado no final deste mês.
A previsão do engenheiro é que quando os serviços de ampliação da oferta de energia elétrica forem concluídos, no final do ano vem, os consumidores terão um aumento do produto quatro vezes mais do que o que é disponibilizado atualmente na região.
Perguntado de onde serão interligados os linhões para ampliar a oferta de energia elétrica na região, Pedro Machado respondeu que a conexão para as subestações será puxada da rede que leva energia de Tucuruí para o projeto Sossego, em Canaã dos Carajás, cujo linhão é vinculado ao sistema integrado de energia de todo Brasil.
Câmara depende da Justiça para convocar aprovados em concurso
Prometida para ser iniciada a chamada a partir de agosto deste ano, a presidência da Câmara Municipal de Parauapebas depende da Justiça para fazer a convocação dos primeiros candidatos classificados em concurso público realizado no início deste ano para contratação de 49 servidores municipais.
A pendência na Justiça se refere a uma ação do Ministério Público em que a promotora Bruna Rebeca Paiva Moraes questiona os motivos que levaram a presidência do Poder Legislativo a reduzir de 96 para 53 cargos comissionados sem resolução aprovada em plenário.
Dentro desta ação, a promotora pública quer saber também por que a Câmara Municipal mantém em seus quadros 442 cargos de provimento sem as devidas atribuições.
Procurado na última quinta-feira (18) pela reportagem para se reportar sobre o assunto, o presidente da Câmara Municipal, vereador Euzébio Rodrigues (PT), confirmou as pendências ajuizadas na Justiça, na expectativa de que esta situação seja resolvida até no máximo no mês de setembro, quando então ele iniciaria o processo de convocação dos primeiros candidatos aprovados no concurso público.
Na avaliação do presidente da Câmara de Vereadores, até o final do primeiro semestre do ano que vem ele precisa convocar a todos os aprovados do concurso público, para que os mesmos passem por treinamento específico de suas respectivas funções e passem a prestar serviço de qualidade no novo prédio do Poder Legislativo, que está sendo construído no Bairro Beira Rio II e deve ser inaugurado no início do segundo semestre de 2012.
Com relação à redução dos cargos efetivos de 96 para 53, Euzébio Rodrigues justifica que a iniciativa foi “uma adequação da administração pública, por entender que a Casa de Leis, nas condições anteriores, não iria conseguir absorver a todos os cargos existentes”.
Respondendo a questionamento sobre a denúncia do MP referente à existência de 442 cargos de provimento sem as devidas atribuições, Euzébio Rodrigues discorda desta situação, afirmando que todos os assessores contratados para auxiliar os trabalhos dos 11 vereadores têm atribuições, “dos vigias aos diretores legislativo e parlamentar”, garante.
A pendência na Justiça se refere a uma ação do Ministério Público em que a promotora Bruna Rebeca Paiva Moraes questiona os motivos que levaram a presidência do Poder Legislativo a reduzir de 96 para 53 cargos comissionados sem resolução aprovada em plenário.
Dentro desta ação, a promotora pública quer saber também por que a Câmara Municipal mantém em seus quadros 442 cargos de provimento sem as devidas atribuições.
Procurado na última quinta-feira (18) pela reportagem para se reportar sobre o assunto, o presidente da Câmara Municipal, vereador Euzébio Rodrigues (PT), confirmou as pendências ajuizadas na Justiça, na expectativa de que esta situação seja resolvida até no máximo no mês de setembro, quando então ele iniciaria o processo de convocação dos primeiros candidatos aprovados no concurso público.
Na avaliação do presidente da Câmara de Vereadores, até o final do primeiro semestre do ano que vem ele precisa convocar a todos os aprovados do concurso público, para que os mesmos passem por treinamento específico de suas respectivas funções e passem a prestar serviço de qualidade no novo prédio do Poder Legislativo, que está sendo construído no Bairro Beira Rio II e deve ser inaugurado no início do segundo semestre de 2012.
Com relação à redução dos cargos efetivos de 96 para 53, Euzébio Rodrigues justifica que a iniciativa foi “uma adequação da administração pública, por entender que a Casa de Leis, nas condições anteriores, não iria conseguir absorver a todos os cargos existentes”.
Respondendo a questionamento sobre a denúncia do MP referente à existência de 442 cargos de provimento sem as devidas atribuições, Euzébio Rodrigues discorda desta situação, afirmando que todos os assessores contratados para auxiliar os trabalhos dos 11 vereadores têm atribuições, “dos vigias aos diretores legislativo e parlamentar”, garante.
Conselho Tutelar realiza simpósio em defesa de menores
Foto: Waldyr Silva
O foco principal do simpósio foi a palestra do promotor público estadual Maurício Guerreiro, que veio de Belém a convite da direção do Conselho Tutelar exclusivamente para participar do evento.
Na sua explanação, o promotor de Justiça fez um histórico comparativo da antiga relação de proteção aos menores com o atual sistema de defesa às crianças e adolescentes adotada pela Constituição Federal de 1988, com destaque para o Estatuto da Criança e Adolescente e importante papel dos Conselhos Tutelares de todo o Brasil.
“Antes da Constituição Federal de 1988, o menor de idade era visto como um não-ser, uma criatura com o mínimo de proteção, muitas vezes sendo menos protegido que um animal irracional”, descreve Maurício Guerreiro.
O promotor público lamentou que ainda hoje algumas famílias de poucas instruções e conhecimentos básicos da valorização dos filhos ainda adotem a velha frase “quem dá o pão dá também o cinturão”, numa demonstração da falta de carinho e respeito com o menor de idade.
Finalizando sua apresentação, o promotor Maurício Guerreiro elogiou as ações desenvolvidas pelos membros do Conselho Tutelar em Parauapebas e sugeriu a formação de um grupo de trabalho reunindo toda a rede de órgãos e entidades que trabalham em defesa da criança e do adolescente, com o intuito de solucionar os problemas em conjunto.
Promotor Maurício Guerreiro
O Conselho Tutelar de Parauapebas realizou na manhã desta sexta-feira (19), no auditório do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), o I Simpósio de Fortalecimento da Rede de Atendimento da Criança e do Adolescente.
O evento contou com apoio das polícias Militar e Civil, respectivamente representadas pelo sargento Soares e delegado Antonio Miranda; Secretaria Municipal de Assistência Social, representada pelo titular da pasta, Judson de Sousa Gomes; e outras entidades.O foco principal do simpósio foi a palestra do promotor público estadual Maurício Guerreiro, que veio de Belém a convite da direção do Conselho Tutelar exclusivamente para participar do evento.
Na sua explanação, o promotor de Justiça fez um histórico comparativo da antiga relação de proteção aos menores com o atual sistema de defesa às crianças e adolescentes adotada pela Constituição Federal de 1988, com destaque para o Estatuto da Criança e Adolescente e importante papel dos Conselhos Tutelares de todo o Brasil.
“Antes da Constituição Federal de 1988, o menor de idade era visto como um não-ser, uma criatura com o mínimo de proteção, muitas vezes sendo menos protegido que um animal irracional”, descreve Maurício Guerreiro.
O promotor público lamentou que ainda hoje algumas famílias de poucas instruções e conhecimentos básicos da valorização dos filhos ainda adotem a velha frase “quem dá o pão dá também o cinturão”, numa demonstração da falta de carinho e respeito com o menor de idade.
Finalizando sua apresentação, o promotor Maurício Guerreiro elogiou as ações desenvolvidas pelos membros do Conselho Tutelar em Parauapebas e sugeriu a formação de um grupo de trabalho reunindo toda a rede de órgãos e entidades que trabalham em defesa da criança e do adolescente, com o intuito de solucionar os problemas em conjunto.
Coisa...
A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma ideia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco “Segura a Coisa” tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já". E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o “Segura a Coisinha”.
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica “O Coisa”, em 1943. “A Coisa” é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu “A força das coisas”, e Michel Foucault, “As palavras e as coisas”.
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca". Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! “A Coisa” virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: “Disparada”, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e “A Banda”, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"). Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
“Cheio das coisas”, “As mesmas coisas”, “Coisa bonita”, “Coisas do coração”, “Coisas que não se esquece”, “Diga-me coisas bonitas” e “Tem coisas que a gente não tira do coração”. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). “Todas as coisas e eu” é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer coisa doida dentro mexe". Essa coisa doida é uma citação da música “Qualquer coisa”, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem".
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas quando assume o poder a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai". Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à-toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema “Eu, etiqueta”, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente". E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas para ser usadas, por que, então, amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas??? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em “Canteiros”, baseado no poema “Marcha”, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa.
ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA? QUE COISA, HEIN?! (Crônica recebida de Leonardo Silva)
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco “Segura a Coisa” tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já". E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o “Segura a Coisinha”.
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica “O Coisa”, em 1943. “A Coisa” é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu “A força das coisas”, e Michel Foucault, “As palavras e as coisas”.
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca". Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! “A Coisa” virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: “Disparada”, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e “A Banda”, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"). Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
“Cheio das coisas”, “As mesmas coisas”, “Coisa bonita”, “Coisas do coração”, “Coisas que não se esquece”, “Diga-me coisas bonitas” e “Tem coisas que a gente não tira do coração”. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). “Todas as coisas e eu” é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer coisa doida dentro mexe". Essa coisa doida é uma citação da música “Qualquer coisa”, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem".
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas quando assume o poder a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai". Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à-toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema “Eu, etiqueta”, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente". E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas para ser usadas, por que, então, amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas??? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em “Canteiros”, baseado no poema “Marcha”, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa.
ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA? QUE COISA, HEIN?! (Crônica recebida de Leonardo Silva)
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Xadrez de Parauapebas superlotado
Fotos: Ronaldo Modesto
Desde junho deste ano, a custódia dos detentos vem sendo feita 24 horas por oito agentes prisionais da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) que se revezam entre si, com apoio de um policial civil e um vigilante cedido pela prefeitura.
Nesta quarta-feira (17), por volta das 16 horas, policiais civis e do Grupo Tático da Polícia Militar, sob a coordenação do delegado Antonio Mirada, procederam a uma revista nas cinco celas existentes no xadrez em busca de possíveis armas, serra, estoquete, aparelhos celular e outros utensílios ou ferramentas que possam provocar meios para fuga dos presos, mas nada de anormal foi encontrado.
A média de preso na cadeia é 80 detentos, portanto, dez a mais de seu limite. Este número chegou a 93 porque no último final de semana foram presos uns dez elementos acusados no envolvimento de droga e assalto a ônibus na região, mas alguns deles já vão ser transferidos para o Centro de Recuperação Mariano Antunes, em Marabá.
Em declarações prestadas à reportagem, o delegado Antonio Miranda Neto explica que as revistas são promovidas com certa frequência naquela cadeia pública. “Nossa esperança é que seja construído o mais rápido possível um presídio para abrigar os detentos de Parauapebas, mas a informação que temos é que essa medida só será tomada pelas autoridades no ano que vem”, informa a autoridade policial. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Comunidade questiona aquisição de terreno para construção de creche
Fotos: Waldyr Silva
Procurado pela reportagem na manhã da última terça-feira (16), José Beto Santos Brito, o popular “Da Roça”, presidente da Associação de Moradores de Palmares Sul, confirmou a existência do impasse entre o vereador e a comunidade com relação à aquisição do terreno.
De acordo com o presidente da associação, a comunidade da vila exige que a creche seja construída no terreno localizado na Avenida Boa Vista, uma área localizada no centro da localidade, de fácil acesso para as crianças.
“Como há esse impasse entre moradores e vereador ‘Miquinha’, a escolha da área para construção da creche só vai ser decidida após a conclusão da coleta de assinaturas de um abaixo-assinado junto às mães de filhos que vão ser beneficiados pela instituição”, explica José “Da Roça”.
Ouvido pelo jornal, o vereador Israel “Miquinha” negou que estivesse intermediando a compra da área do amigo dele para construção da creche. Ele discorda também do valor mencionado dos terrenos, afirmando que o preço de um lote da área localizada no final da Rua Rio de Janeiro custa R$ 15 mil, enquanto que um lote da área localizada na Avenida Boa Vista tem o valor de R$ 35 mil.
Vereador “Miquinha” diz que a escolha da área para construção da creche deverá ser decidida pela própria comunidade da vila e a prefeitura, que é quem vai pagar pela compra do imóvel.
Esta área custaria R$ 400 e...
...esta o valor de R$ 300,00
A comunidade da Vila Palmares Sul, localizada a 10 quilômetros do centro de Parauapebas, por meio da associação de moradores daquela vila, está questionando a maneira pela qual a prefeitura estaria negociando a aquisição de uma área para construção de uma creche no referido povoado.
Segundo apurou a reportagem, existem duas áreas na localidade que a Prefeitura de Parauapebas estaria tentando negociar com os proprietários para aquisição e construção da creche, uma no valor de R$ 300 mil e a outra ao preço de R$ 400 mil, ambas com espaço de três mil metros quadrados.
O vereador Israel Pereira Barros, conhecido por “Miquinha”, residente na Vila Palmares Sul, estaria negociando para que a prefeitura comprasse a área de R$ 400 mil, pertencente a um servidor municipal amigo dele, localizada no final da Rua Rio de Janeiro, às margens de um igarapé, longe do centro da localidade.Procurado pela reportagem na manhã da última terça-feira (16), José Beto Santos Brito, o popular “Da Roça”, presidente da Associação de Moradores de Palmares Sul, confirmou a existência do impasse entre o vereador e a comunidade com relação à aquisição do terreno.
De acordo com o presidente da associação, a comunidade da vila exige que a creche seja construída no terreno localizado na Avenida Boa Vista, uma área localizada no centro da localidade, de fácil acesso para as crianças.
“Como há esse impasse entre moradores e vereador ‘Miquinha’, a escolha da área para construção da creche só vai ser decidida após a conclusão da coleta de assinaturas de um abaixo-assinado junto às mães de filhos que vão ser beneficiados pela instituição”, explica José “Da Roça”.
Ouvido pelo jornal, o vereador Israel “Miquinha” negou que estivesse intermediando a compra da área do amigo dele para construção da creche. Ele discorda também do valor mencionado dos terrenos, afirmando que o preço de um lote da área localizada no final da Rua Rio de Janeiro custa R$ 15 mil, enquanto que um lote da área localizada na Avenida Boa Vista tem o valor de R$ 35 mil.
Vereador “Miquinha” diz que a escolha da área para construção da creche deverá ser decidida pela própria comunidade da vila e a prefeitura, que é quem vai pagar pela compra do imóvel.
Vitor Jaime é o novo técnico do PFC
O Parauapebas Futebol Clube (PFC) acertou na noite da última terça-feira (16) a contratação do técnico Vitor Jaime Souza Silva (foto).
Atualmente, ele está comandando a equipe do Ypiranga do Amapá (AP), no campeonato estadual. Vitor irá dirigir a equipe o PFC na primeira fase da primeira divisão do Campeonato Paraense de 2011.
O novo comandante viajou na última terça-feira (16) pela manhã com destino a Marabá, onde acertou o contrato com o preparador físico Primo, que já passou pelo Águia de Marabá. De Marabá, Vitor seguiu para Belém na mesma terça-feira e em seguida retorna para Macapá (AP).
À reportagem, o treinador declarou antes de viajar que já havia indicado alguns nomes de jogadores para a diretoria do clube fazer contato, como Paulo de Tarso, Mael, Ciro e Leandrinho.
Vitor também comentou que deve trazer alguns jogadores que estão trabalhando com ele no Ypiranga, mas um dos seus objetivos é olhar com carinho a prata da casa, como fez pela sua passagem pelo Águia de Marabá, quando lançou, por exemplo, o atacante Aleison para o futebol nacional.
Atualmente, ele está comandando a equipe do Ypiranga do Amapá (AP), no campeonato estadual. Vitor irá dirigir a equipe o PFC na primeira fase da primeira divisão do Campeonato Paraense de 2011.
O novo comandante viajou na última terça-feira (16) pela manhã com destino a Marabá, onde acertou o contrato com o preparador físico Primo, que já passou pelo Águia de Marabá. De Marabá, Vitor seguiu para Belém na mesma terça-feira e em seguida retorna para Macapá (AP).
À reportagem, o treinador declarou antes de viajar que já havia indicado alguns nomes de jogadores para a diretoria do clube fazer contato, como Paulo de Tarso, Mael, Ciro e Leandrinho.
Vitor também comentou que deve trazer alguns jogadores que estão trabalhando com ele no Ypiranga, mas um dos seus objetivos é olhar com carinho a prata da casa, como fez pela sua passagem pelo Águia de Marabá, quando lançou, por exemplo, o atacante Aleison para o futebol nacional.
Vitor Jaime é natural do Amapá e jogou seis anos como profissional como volante. Como técnico, está desde 2007 no mercado de trabalho e dirigiu as equipes do Bragantino, Águia de Marabá, Ananindeua e Cametá, no Pará; e Trem e Ypiranga do Amapá (AP). O técnico conquistou o vice-campeonato paraense com o Águia de Marabá em 2008. (Waldyr Silva, com informações de Carlos Campos)
Associação de Moradores de Palmares Sul quer água tratada
Fotos: Waldyr Silva
Segundo José “Da Roça”, parte dos cerca de 5 mil moradores do povoado conta com um precário sistema de água que distribui o produto às residências duas vezes por dia, mas a quantidade de água não atende à demanda, que precisa de um serviço mais constante, sem interrupção.
A água tratada é fornecida gratuitamente para os consumidores diariamente no horário das 6 às 7h30 e das 16 às 17h30.
O servidor público municipal Raimundo da Conceição, vigia do setor onde ficam os equipamentos do antigo sistema de distribuição de água para a comunidade, frisa que, por falta de água regular nas torneiras dos consumidores, vem constantemente sendo cobrado pelos moradores, inclusive com ameaça de morte.
AMPLIAÇÃO
José "Da Roça"
A direção da Associação de Moradores de Palmares Sul, à frente o presidente José Beto Santos Brito, popularmente conhecido por “Da Roça”, está sendo pressionado pela comunidade da vila por falta de água na localidade.Segundo José “Da Roça”, parte dos cerca de 5 mil moradores do povoado conta com um precário sistema de água que distribui o produto às residências duas vezes por dia, mas a quantidade de água não atende à demanda, que precisa de um serviço mais constante, sem interrupção.
A água tratada é fornecida gratuitamente para os consumidores diariamente no horário das 6 às 7h30 e das 16 às 17h30.
O servidor público municipal Raimundo da Conceição, vigia do setor onde ficam os equipamentos do antigo sistema de distribuição de água para a comunidade, frisa que, por falta de água regular nas torneiras dos consumidores, vem constantemente sendo cobrado pelos moradores, inclusive com ameaça de morte.
AMPLIAÇÃO
Por causa dessa pressão popular, em julho do ano passado a Prefeitura de Parauapebas firmou um convênio com o Incra no valor de R$ 1.485.112,04 para a construção de um sistema de balsa de captação, rede adutora e conjunto de tratamento de água potável na Vila Palmares Sul, com previsão para ser concluída em outubro daquele ano.
De acordo com o presidente da associação, a obra não foi concluída no tempo previsto e continua parada, sem previsão para ser reiniciada, causando grandes transtornos para a população da vila, que continua padecendo com a falta de água tratada nas residências.
José “Da Roça” explica que a paralisação da obra do novo sistema de água se deu por duas razões: a primeira, é que no projeto inicial a água seria captada de um igarapé que passa no núcleo urbano da localidade, mas depois foi decidido que o produto seria captado do rio Parauapebas; a segunda, é que a mudança do local para captação de água aumentaria os custos da obra, situação que vinha sendo negociada entre Incra e prefeitura.
Ouvido pela reportagem sobre a situação do atraso da obra, o vereador Israel “Miquinha” garantiu que a situação deve ser solucionada dentro de no máximo duas semanas, quando as obras de ampliação do sistema de captação, tratamento e distribuição de água serão retomadas, com previsão para serem concluídas dentro de 30 dias.
De acordo com o presidente da associação, a obra não foi concluída no tempo previsto e continua parada, sem previsão para ser reiniciada, causando grandes transtornos para a população da vila, que continua padecendo com a falta de água tratada nas residências.
José “Da Roça” explica que a paralisação da obra do novo sistema de água se deu por duas razões: a primeira, é que no projeto inicial a água seria captada de um igarapé que passa no núcleo urbano da localidade, mas depois foi decidido que o produto seria captado do rio Parauapebas; a segunda, é que a mudança do local para captação de água aumentaria os custos da obra, situação que vinha sendo negociada entre Incra e prefeitura.
Ouvido pela reportagem sobre a situação do atraso da obra, o vereador Israel “Miquinha” garantiu que a situação deve ser solucionada dentro de no máximo duas semanas, quando as obras de ampliação do sistema de captação, tratamento e distribuição de água serão retomadas, com previsão para serem concluídas dentro de 30 dias.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Audiência pública da Rede Celpa na Câmara Municipal nesta quinta
Marcada para as 16 horas desta quinta-feira (18), na Câmara Municipal de Parauapebas, audiência pública com o tema “Qualidade da prestação de serviços da Rede Celpa no município de Parauapebas”.
Na oportunidade, diretores da Rede Celpa vão ser questionados pelos vereadores e comunidade quanto às deficiências dos serviços prestados no município pela concessionária de energia elétrica no estado.
Na oportunidade, diretores da Rede Celpa vão ser questionados pelos vereadores e comunidade quanto às deficiências dos serviços prestados no município pela concessionária de energia elétrica no estado.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Prêmio Jornalista Abdias do Nascimento recebe inscrições até 19 de agosto
Segue até o dia 19 de agosto o prazo para as inscrições no prêmio Jornalista Abdias do Nascimento. O concurso tem como temas: saúde da população negra, intolerância religiosa, juventude negra, ações afirmativas, empreendedorismo, desigualdades, direitos humanos, relações raciais, políticas públicas, populações e comunidades tradicionais e discriminação racial. R$ 35 mil serão distribuídos entre os vencedores.
Os jornalistas interessados têm até sete categorias para se inscrever: mídia impressa, televisão, rádio, mídia alternativa ou comunitária; fotografia, internet e categoria especial de gênero, com destaque para as reportagens com foco nas demandas femininas.
As reportagens inscritas devem ter sido veiculadas ou publicadas entre 1 de janeiro de 2009 e 30 de abril de 2011. As inscrições podem ser feitas pela internet: http://www.premioabdiasnascimento.org.br/
Os jornalistas interessados têm até sete categorias para se inscrever: mídia impressa, televisão, rádio, mídia alternativa ou comunitária; fotografia, internet e categoria especial de gênero, com destaque para as reportagens com foco nas demandas femininas.
As reportagens inscritas devem ter sido veiculadas ou publicadas entre 1 de janeiro de 2009 e 30 de abril de 2011. As inscrições podem ser feitas pela internet: http://www.premioabdiasnascimento.org.br/
Estudantes criam sacola ecológica com sacos de cimento descartados
Fotos: Waldyr Silva
Um grupo de estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), sob orientação do professor Adailson Teixeira, acaba de lançar em Parauapebas um projeto de produção de sacolas ecológicas com aproveitamento de sacos de cimento vazios colhidos em construções de obras.
De acordo com o orientador da turma, professor Adailson Teixeira, a ideia de se criar as sacolas com aproveitamento de sacos vazios de cimento que seriam jogados fora surgiu a partir da participação dos alunos dele num concurso de meio ambiente promovido recentemente pela Prefeitura de Parauapebas.
No concurso, com o tema “reciclagem de resíduos”, a turma de alunos foi classificada em primeiro lugar com a apresentação do projeto de produção de sacolas ecologicamente corretas a partir de sacas de cimento descartadas.
A partir daí, professor e alunos saíram à procura de patrocinadores para aquisição de máquinas e equipamentos para produção da denominada “sacola amazon ecopaper” e comercialização do artefato na cidade e região.
Com os primeiros patrocínios selados, a aquisição das primeiras máquinas e a criação da Cooperativa Amazon Ecopaper (Rua Olga Prestes nº 134, Bairro da Paz), o grupo fechou semana passada um contrato com a direção do Unique Shopping Parauapebas para produção das primeiras 50 mil sacolas para serem utilizadas naquele centro de lojas.
“Hoje contamos com apenas nove pessoas filiadas à cooperativa, para produção das sacolas, mas outras onze estão com documentação preparadas para se integrar à entidade nos próximos dias”, explica Adailson Teixeira.
O professor admite que já comece a se preocupar com a falta de maquinário e de pessoal qualificado para a produção em grande escala das sacolas ecológicas, em virtude dos primeiros pedidos que já começam a surgir na recém-fundada cooperativa.
Os primeiros lotes de sacolas, com capacidade para suportar até 10 quilos cada uma, estão sendo decoradas com imagens da onça pintada e posteriormente com outros que bichos que estejam ameaçados de extinção, como tucano, arara, gavião e tartaruga marinha.
PLANTE ESTA IDEIA
Na manhã do último sábado (13), alguns dos idealizadores do projeto de produção de sacolas ecológicas foram aprovados, também, no concurso cultural “Vamos plantar essa ideia”, promovido pela Associação do Unique Shopping Parauapebas, e homenageados com o plantio de árvores de oiti no estacionamento do shopping e a colocação de placa com o nome do plantador da muda.
Os homenageados com os nomes nas placas ao lado da muda de oiti plantada são Jhônatas de Souza dos Santos, Pablo Henrique Lourenço Rodrigues, Hugo Salis, Dhatilane Merlyn Alves Mergulhão, Ítalo de Souza, Geydson Garreto Brandão e Rafael Batista Mergulhão Filho.
De acordo com o orientador da turma, professor Adailson Teixeira, a ideia de se criar as sacolas com aproveitamento de sacos vazios de cimento que seriam jogados fora surgiu a partir da participação dos alunos dele num concurso de meio ambiente promovido recentemente pela Prefeitura de Parauapebas.
No concurso, com o tema “reciclagem de resíduos”, a turma de alunos foi classificada em primeiro lugar com a apresentação do projeto de produção de sacolas ecologicamente corretas a partir de sacas de cimento descartadas.
A partir daí, professor e alunos saíram à procura de patrocinadores para aquisição de máquinas e equipamentos para produção da denominada “sacola amazon ecopaper” e comercialização do artefato na cidade e região.
Com os primeiros patrocínios selados, a aquisição das primeiras máquinas e a criação da Cooperativa Amazon Ecopaper (Rua Olga Prestes nº 134, Bairro da Paz), o grupo fechou semana passada um contrato com a direção do Unique Shopping Parauapebas para produção das primeiras 50 mil sacolas para serem utilizadas naquele centro de lojas.
“Hoje contamos com apenas nove pessoas filiadas à cooperativa, para produção das sacolas, mas outras onze estão com documentação preparadas para se integrar à entidade nos próximos dias”, explica Adailson Teixeira.
O professor admite que já comece a se preocupar com a falta de maquinário e de pessoal qualificado para a produção em grande escala das sacolas ecológicas, em virtude dos primeiros pedidos que já começam a surgir na recém-fundada cooperativa.
Os primeiros lotes de sacolas, com capacidade para suportar até 10 quilos cada uma, estão sendo decoradas com imagens da onça pintada e posteriormente com outros que bichos que estejam ameaçados de extinção, como tucano, arara, gavião e tartaruga marinha.
PLANTE ESTA IDEIA
Na manhã do último sábado (13), alguns dos idealizadores do projeto de produção de sacolas ecológicas foram aprovados, também, no concurso cultural “Vamos plantar essa ideia”, promovido pela Associação do Unique Shopping Parauapebas, e homenageados com o plantio de árvores de oiti no estacionamento do shopping e a colocação de placa com o nome do plantador da muda.
Os homenageados com os nomes nas placas ao lado da muda de oiti plantada são Jhônatas de Souza dos Santos, Pablo Henrique Lourenço Rodrigues, Hugo Salis, Dhatilane Merlyn Alves Mergulhão, Ítalo de Souza, Geydson Garreto Brandão e Rafael Batista Mergulhão Filho.
Artesão quer implantar núcleo de artefatos com caroços de açaí
Foto: Gina Mikawa e Valter Barreto
Após concluir na última quarta-feira (11) em Parauapebas o curso de “Capacitação em confecção de artefatos com caroços de açaí”, ministrado para mulheres que se encontram fora do mercado de trabalho no município, o artesão Valter Desiderio Barreto, autor da iniciativa inédita, busca parceria para implantar no município um núcleo de produção em escala comercial de artefatos com caroços de açaí.
Segundo declarou o artesão à reportagem do CORREIO, o curso de três semanas contemplou somente as mulheres nesta primeira fase, porque o mesmo fora patrocinado pela Secretaria Municipal da Mulher, na pessoa de Joelma Leite, titular daquela pasta.
De acordo com Valter Barreto, a segunda etapa acontecerá com a implantação do primeiro núcleo de confecção de artefatos com caroços de açaí em escala comercial, tendo como estratégia de comercialização atender a clientela fora de Parauapebas.
Na avaliação do idealizador do projeto, a maioria dos clientes dos artefatos produzidos com caroço de açaí, como tapetes, jarros, cadeiras, mesas, armários e outros utensílios, se encontra fora do município de Parauapebas, e até mesmo fora do estado, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte.
A justificativa de Valter Barreto e da esposa dele, a artista plástica Gina Mikawa, é que ambos já começam a receber pedidos de clientes de grande parte do Brasil e até do exterior por meio do blog do casal, www.blogdovalterdesiderio.blogspot.com.
“Após a implantação do núcleo em Parauapebas, haverá periodicamente cursos destinados a contemplar homens e mulheres acima de 18 anos que se encontrem fora do mercado de trabalho, para capacitá-los na confecção dos produtos supracitados, abrindo porta de trabalho e renda para seu sustento e de sua família”, explica o artesão.
Para que o núcleo seja implantado na cidade, ele diz precisar de pequena estrutura para começar a produzir os artefatos e atender a demanda dos clientes de diversas praças do Brasil.
“A abrangência desse empreendimento é de tão grande proporção que seu custo benefício será bastante compensador a quem contribuir para a implantação do mesmo”, destaca Valter Barreto, adicionando que os parceiros devem entrar no projeto com espaço físico adequado para a instalação do núcleo; um veículo tipo caminhonete para recolher os caroços de açaí nas ruas e transportar os produtos depois de pronto; dois tanques relativamente grandes para lavagem dos caroços de açaí; e uma quantia em dinheiro para aquisição dos produtos a serem agregados aos grãos de açaí e pagamento de mão de obra no início de instalação do empreendimento.
Interessados na parceria podem entrar em contato com Valter Barreto pelo celular (91) 8175-1369 ou pelo e-mail valterbt@gmail.com.
Segundo declarou o artesão à reportagem do CORREIO, o curso de três semanas contemplou somente as mulheres nesta primeira fase, porque o mesmo fora patrocinado pela Secretaria Municipal da Mulher, na pessoa de Joelma Leite, titular daquela pasta.
De acordo com Valter Barreto, a segunda etapa acontecerá com a implantação do primeiro núcleo de confecção de artefatos com caroços de açaí em escala comercial, tendo como estratégia de comercialização atender a clientela fora de Parauapebas.
Na avaliação do idealizador do projeto, a maioria dos clientes dos artefatos produzidos com caroço de açaí, como tapetes, jarros, cadeiras, mesas, armários e outros utensílios, se encontra fora do município de Parauapebas, e até mesmo fora do estado, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte.
A justificativa de Valter Barreto e da esposa dele, a artista plástica Gina Mikawa, é que ambos já começam a receber pedidos de clientes de grande parte do Brasil e até do exterior por meio do blog do casal, www.blogdovalterdesiderio.blogspot.com.
“Após a implantação do núcleo em Parauapebas, haverá periodicamente cursos destinados a contemplar homens e mulheres acima de 18 anos que se encontrem fora do mercado de trabalho, para capacitá-los na confecção dos produtos supracitados, abrindo porta de trabalho e renda para seu sustento e de sua família”, explica o artesão.
Para que o núcleo seja implantado na cidade, ele diz precisar de pequena estrutura para começar a produzir os artefatos e atender a demanda dos clientes de diversas praças do Brasil.
“A abrangência desse empreendimento é de tão grande proporção que seu custo benefício será bastante compensador a quem contribuir para a implantação do mesmo”, destaca Valter Barreto, adicionando que os parceiros devem entrar no projeto com espaço físico adequado para a instalação do núcleo; um veículo tipo caminhonete para recolher os caroços de açaí nas ruas e transportar os produtos depois de pronto; dois tanques relativamente grandes para lavagem dos caroços de açaí; e uma quantia em dinheiro para aquisição dos produtos a serem agregados aos grãos de açaí e pagamento de mão de obra no início de instalação do empreendimento.
Interessados na parceria podem entrar em contato com Valter Barreto pelo celular (91) 8175-1369 ou pelo e-mail valterbt@gmail.com.
Comdcap doa carro zero km para associação de artes marciais
Valendo-se de recursos oriundos do Fundo Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Fumdcap), o Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes de Parauapebas (Comdcap) doou no último final de semana para a Associação Girão de Artes Marciais (Agam) um carro Gol quatro portas zero km, um note book e vários materiais de segurança e esportivos para os alunos da instituição.
De acordo com o professor Josberto Girão, diretor da Agam, os materiais tão necessários para a segurança dos atletas nos treinos da academia são capacetes, protetores de tórax, luvas, quimonos, batedores, aparadores de chute e saco de pancadas.
Além dos materiais de segurança, a associação adquiriu também equipamentos de recreação esportiva, como bolas de futsal, vôlei, basquete e de futebol de campo; tabuleiros de xadrez, damas e jogos educativos.
Os materiais serão usados nos projetos da Agam desenvolvidos nas vilas Sanção e Paulo Fonteles, zona rural do município, e no projeto Formando Campeões Nacionais, ministrados pela Associação Girão de Artes Marciais. (Waldyr Silva, com informações de Josberto Girão)
De acordo com o professor Josberto Girão, diretor da Agam, os materiais tão necessários para a segurança dos atletas nos treinos da academia são capacetes, protetores de tórax, luvas, quimonos, batedores, aparadores de chute e saco de pancadas.
Além dos materiais de segurança, a associação adquiriu também equipamentos de recreação esportiva, como bolas de futsal, vôlei, basquete e de futebol de campo; tabuleiros de xadrez, damas e jogos educativos.
Os materiais serão usados nos projetos da Agam desenvolvidos nas vilas Sanção e Paulo Fonteles, zona rural do município, e no projeto Formando Campeões Nacionais, ministrados pela Associação Girão de Artes Marciais. (Waldyr Silva, com informações de Josberto Girão)
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Adesão do Pará: 15 ou 16 de agosto
Comemora-se hoje, 15 de agosto, a Adesão do Pará à Independência do Brasil. Mas é preciso corrigir um equívoco histórico. A data exata da Adesão é 16 de agosto.
Na imagem ao lado, vê-se a ata da reunião da Junta Governativa Provincial que reconhece a autoridade do Império Brasileiro. Esta ata esteve perdida por décadas e recentemente reencontrada. Entretanto, por respeito à tradição, o 15 de agosto foi mantido. De toda sorte, sendo 15 ou 16 de agosto, nada é capaz de alterar o real significado do evento.
Por conta disso, o 7 de setembro de 1822, ao invés de causar euforia, trouxe uma tensão crescente entre portugueses, chamados de reinóis, e brasileiros, que, unidos no interesse por livrar-se dos portugueses, tinham visões diversas sobre o futuro da província.
Os comerciantes queriam tão-somente ligar-se ao Império Brasileiro; os liberais, influenciados pelas ideias libertárias do Cônego Batista Campos, queriam a implantação de um governo que se aproximasse da democracia direta.
A luta entre reinóis e brasileiros alastrou-se pela Província. Cametá, Santarém, Macapá, Mazagão, Monte Alegre, Vigia e Muaná foram palcos de lutas entre as forças de Batista Campos e de José Maria de Moura, general português, comandante d'armas da Província. Nesses confrontos ficou claro que se Batista Campos não tinha forças para invadir a capital, Moura também não tinha poder bélico suficiente para destruir o exército rebelde.
O impasse estava estabelecido. Para rompê-lo, uma trégua foi estabelecida e ambos os lados resolvem decidir suas diferenças no voto. O resultado da eleição da Primeira Câmara Constitucional, em 23 de fevereiro de 1823, não agradou aos portugueses. Temendo a influência de Batista Campos, Maria de Moura resolveu destituir o parlamento.
Em 1° de março, tropas sob o comando do coronel Pereira Vilaça prenderam os membros da Câmara e os espalharam pelas cadeias do interior.
Por outro lado, Batista Campos articulou apoios vindos de outros estados. Em 14 de abril, João Batista Balby, libertário italiano, à frente de militares brasileiros, invadiu o quartel do Corpo de Artilharia, no convento de Santo Antônio, e tomou a fortaleza.
Na batalha que seguiu, a tropa de Balby foi derrotada e apenas dom Romualdo de Seixas impediu a execução sumária dos rebeldes. Não conseguiu, contudo, impedir a deportação, em 23 de julho de 1823, de 267 militares paraenses para Portugal. Apenas 13 chegaram ao porto de Lisboa a bordo do navio "Andorinha do Tejo".
Os portugueses sabiam que corriam risco na capital. O medo tomou conta de Belém. Os fortes do Castelo e de São Pedro Nolasco foram reforçados e guarnecidos. As baterias de Val-de-Caes receberam mais canhões.
Uma longa guerra parecia iminente. Mas, em 11 de agosto, um navio de guerra lança ferros na baía do Guajará. Nela estava John Pascoe Greenfell, capitão inglês a serviço do Império Brasileiro. Ele entrega à junta governativa presidida por dom Romualdo de Sousa Coelho um ofício no qual o almirante Alexandre Thomas Cockrene intima os portugueses à rendição, sob pena de total aniquilamento por parta da frota imperial.
Impressionados pela fama dos militares ingleses, os membros da junta governativa se rendem e assinam a adesão em 16 de agosto. Mais tarde, a verdade é revelada: a tal "frota imperial" consistia em apenas um navio de guerra.
Para não perder a vantagem, Greenfell estabelece uma junta governativa provisória, formada basicamente por portugueses, e alicia os comerciantes e latifundiários brasileiros, prometendo-lhes vantagens, títulos de nobreza e terras.
A revolta popular explode novamente. Batista Campos percebe que a independência é um mero engodo e que trocam-se apenas os indivíduos, mas a dominação continua a mesma.
Os pequenos conflitos ganham corpo e na noite de 16 de outubro de 1823 o 2° Regimento de Artilharia de Belém rebela-se e ameaça tomar a capital. Na madrugada de 17 de outubro, Greenfell reage com extrema crueldade, cercando a tropa insurreta e esmagando a revolta. Cinco rebeldes são executados sumariamente. Batista Campos é amarrado à boca de um canhão e por muito pouco não é assassinado.
Menos sorte tiveram os outros 252 presos naquela noite. Mantidos na cadeia até o dia 21 de outubro, foram levados ao brigue "Palhaço" e metidos no porão do navio com as escotilhas fechadas.
O calor insuportável de outubro em Belém e a ausência de ar e água levaram os homens ao desespero. Para conter o violento protesto, Grenfell determinou que as escotilhas fossem abertas e tiros foram disparados contra os prisioneiros. Em seguida, cal virgem foi jogada sobre eles.
Às 7 horas da manhã do dia 22 de outubro de 1823, foram abertas novamente as escotilhas. Apenas quatro homens ainda respiravam. Três morreriam poucos dias depois e um escapou com graves sequelas. Greenfell pôde, enfim, afirmar que havia "pacificado" o Pará. Mas, a que preço?
As elites portuguesas e brasileiras mantiveram seus privilégios e aumentaram seu poder e influência. A exploração sobre índios, negros e caboclos também aumentou. Estavam estabelecidas as bases para a maior e talvez mais ignorada revolta popular do Brasil. A Cabanagem, iniciada em 6 de janeiro de 1835, durou dez anos e devastou a província. Mas, isso já é outra história... (Fonte: Blog Contraponto)
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