quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Trabalhadores da construção civil se mobilizam para eleger nova diretoria do sindicato da classe

Waldyr Silva

Canindé Dantas concorre ao 4º mandato

Mais de quatro mil operários dos municípios de Parauapebas, Curionópolis e Canaã dos Carajás se movimentam para eleger uma nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Leve e Pesada e do Mobiliário de Parauapebas (Sinticlepemp).

O pleito está marcado para ocorrer no período de 26 a 29 deste mês, com uma urna fixa a ser instalada na sede do sindicato (Rua D nº 526, Bairro Cidade Nova, Parauapebas) e sete urnas itinerantes que estarão circulando nos canteiros de obras das empresas, nas minas de Carajás e Sossego.

O edital de convocação chamando a categoria para a eleição foi fixado no quadro de avisos na sede do Sinticlepemp no dia 3 de janeiro, com prazo de 10 dias para registro de chapas. Decorrido o prazo, somente uma chapa se habilitou ao pleito, encabeçada pelo atual presidente do sindicato, Francisco Canindé Dantas, que concorre ao quarto pleito consecutivo para mais quatro anos de mandato.

Ouvido pela reportagem na última terça-feira (18) para falar sobre a movimentação da categoria em torno da eleição, Canindé Dantas explicou que, pelo fato de existir apenas uma chapa para concorrer, os trabalhadores membros do sindicato demonstram, aparentemente, certa tranquilidade com relação ao pleito de quatro dias, que começa na próxima quarta-feira (26).

O sindicalista atribui esta certa confiança da categoria em torno do nome dele para um quarto mandato aos avanços conquistados nos últimos anos pela atual diretoria da entidade em prol dos trabalhadores associados, como, por exemplo, a construção de uma sede campestre localizada a 12 quilômetros do centro da cidade, na zona rural, e a vitória na justiça obrigando a Vale e contratadas a pagarem as horas in itineres, a partir do ano passado.

Segundo Canindé, as horas in itineres se referem ao período em que os trabalhadores saem de casa na madrugada e são transportados de ônibus até o local de trabalho, e vice-versa, levando horas neste itinerário, mas as empresas se negavam a pagar este tempo aos trabalhadores, sob a alegação de que neste período eles não estavam produzindo.

No acordo homologado na justiça, em 2010, as empresas são obrigadas a pagar aos trabalhadores de horas in itineres, por dia, 44 minutos do núcleo urbano de Carajás até as minas de N4, e 80 minutos do núcleo até a mina de manganês, em Parauapebas. Em Canaã dos Carajás, os trabalhadores têm direito a 154 minutos diários, tempo que permanecem no itinerário da Vila Planalto às minas do Projeto Sossego. Na proposta do sindicato patronal, os operários só teriam direito a 15 minutos de horas in itineres.

Para justificar as contribuições mensais de 2% do salário base, com limite máximo de R$ 20,00, recebidas dos trabalhadores vinculados ao Sinticlepemp, Canindé Dantas promete para o quarto mandato continuar a luta em busca de melhorias salariais para a categoria, aumentar os convênios assistenciais de saúde e jurídica, além da ampliação das instalações da sede campestre do sindicato, que hoje já conta com estrutura básica para atender aos associados e famílias destes.

A chapa encabeçada por Francisco Canindé Dantas integra ainda os operários Antonio Fagner Gama Marques (secretário-geral), Francisco Almeida (tesoureiro), Francisco da Costa (Previdência e Lazer) e José Carlos de Sousa (Base), além de membros do conselho fiscal, vogais e respectivos suplentes. (Waldyr Silva, Correio do Tocantins)

Nenhum comentário: