sábado, 8 de janeiro de 2011

Empresa Colossus se reporta sobre acidente em Serra Pelada

Fotos: Waldyr Silva

Túnel onde ocorreu o acidente


Modelo de máquina que sofreu avaria

Depois de muita especulação pela imprensa e boca do povo em torno do assunto, sem que a empresa se pronunciasse oficialmente com detalhes sobre o ocorrido, a reportagem da Sucursal do CORREIO DO TOCANTINS em Parauapebas conversou com integrantes da Assessoria de Comunicação da Colossus Geologia e Participações Ltda., para saber, na verdade, como de fato ocorreu o acidente que atingiu trabalhadores no interior de uma galeria subterrânea que está sendo construída do antigo garimpo de Serra Pelada, no município de Curionópolis.

Informações desencontradas davam conta que o acidente, que teria ocorrido no último sábado (01), haveria vitimado mortalmente vários operários e danificado máquinas no interior da galeria subterrânea, com a queda de uma barreira do teto do túnel.

Outra informação dizia que apenas três homens, sem vítima fatal, teriam sido atingidos pelo desmoronamento, que desabara sobre três máquinas que operavam na abertura do canal debaixo do chão.

Diante deste desencontro de informações, e sempre com a responsabilidade de informar a verdade a nossos leitores, o jornal foi atrás da explicação oficial sobre o acidente em Serra Pelada.

De acordo com o que respondeu a empresa Colossus, o acidente ocorreu às 5 horas da manhã do último domingo (2), atingindo os funcionários Genilson Viana e Erisvaldo Dias. O primeiro, foi atingido em uma das pernas, recebeu alta nesta sexta-feira (7) e se encontra na casa dele aguardando alta médica para retornar ao trabalho.

Quanto a Erisvaldo Dias, que saiu do acidente com leves escoriações em partes do corpo, começaria a trabalhar neste sábado (8), após ter passado sete dias em observação médica.

Imediatamente ao acidente, a Colossus garantiu que os operadores atingidos foram atendidos pela equipe de saúde e de segurança do trabalho da companhia e encaminhados ao hospital na cidade de Parauapebas.

Com relação ao retorno das escavações na galeria subterrânea que vai explorar ouro em Serra Pelada, a assessoria da empresa informou que os serviços serão reiniciados no final da próxima semana, após o término dos treinamentos intensivos em segurança aos operários que trabalham na escavação do túnel e reparo das máquinas atingidas pelo desmoronamento.

Perguntada a respeito de eventuais mudanças nos critérios de segurança dos trabalhadores que prestam serviços debaixo do chão, a empresa explicou que as medidas adotadas estão de acordo com a legislação brasileira e que “intensificaremos na forma de treinamentos, treinamentos e mais treinamentos”.

OBRAS
O túnel que está sendo construído, em sentido circulatório, terá 3.930 metros de extensão, 5 metros de largura, 5,5 metros de altura e profundidade 400 metros. O teto da galeria está sendo sustentado por estrutura em aço e concreto, na entrada do túnel, e por rochas naturais subterrâneas. Foram pedaços dessas rochas que desabaram e atingiram os dois trabalhadores no final de semana.

Segundo a empresa, trabalham na instalação do projeto em Serra Pelada 523 empregados, 73% dos quais referente a mão-de-obra contratada de trabalhadores que moram em municípios da região.

A produção de ouro está prevista para ser iniciada no final deste ano, com vida útil da mina de 10 anos e produção média de mil toneladas de ouro por ano.

INVESTIMENTOS
Para perfurar o túnel, a mineradora disse ter investido 3,6 milhões de dólares em duas grandes máquinas, conhecidas como “tatuzão”, que estão fazendo a perfuração de aproximadamente 20 metros por dia da galeria.

Há 3 anos, a Colossus vem investindo em Serra Pelada cerca de R$ 30 milhões somente em pesquisas, fato que vem justificar a afirmação de que o projeto é viável economicamente. A empresa pretende investir US$ 120 milhões até o final de 2011, quando tem início a exploração do ouro.

Segundo estimativa da mineradora, a cada tonelada de material mineral serão apuradas 7 gramas de ouro. Além de ouro, o material explorado tem pequenas quantidades de minério de paládio e de platina, cujo destino a empresa ainda não decidiu o que fazer. (Waldyr Silva, Correio do Tocantins)

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