O primeiro embarque de boi vivo do Brasil para o Egito será realizado na próxima segunda-feira (31), no porto de Vila do Conde, em Barcarena, município do nordeste do Pará. Serão exportados 16 mil animais em navio da empresa australiana Wellard, que comercializa, transporta e vende animais em diversos países, especialmente bovinos e ovinos.
Os diretores Henry Steigiesser e Israel Celli, da Wellard do Brasil Agronegócios Ltda., localizada em São Paulo, foram recebidos nesta segunda-feira (24), em Belém, pelo secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes. Os empresários pediram ao Governo do Pará apoio para a continuidade do empreendimento.
A Wellard está começando a operar no Brasil e já mantém negócios no Rio Grande do Sul, Bahia e Pará. É da Região Norte que sairá o primeiro carregamento brasileiro de bois vivos para o Egito em navio de bandeira australiana, direto para o Canal de Suez, um dos principais eixos de escoamento marinho do mundo.
Conceito
A Austrália, assim como outros países, já trabalha com o conceito de bem estar animal, que garante condições de conforto aos bois, como espaço e alimentação adequados durante a viagem. Um conceito que começa a se consolidar no Brasil. Por esse aspecto, a exportação garante lucro também para outros segmentos econômicos, já que a compra de ração e remédios, como vacina e antibióticos, será feita no Estado.
"Os negócios que resultam em benefício para os produtores do Pará são bem vindos e têm todo o apoio do governo", garantiu Hildegardo Nunes. O secretário informou que o Pará já tem montado um parque industrial para beneficiamento de carne bovina, mas por falta de transporte próprio o produto local acaba saindo por São Paulo. Ele sugeriu que a empresa australiana entre nesse nicho de mercado e passe a comercializar também carne congelada, aproveitando sua frota de navios.
Henry Steigiesser considerou uma boa oportunidade de negócio, já que existe mercado para esse produto no exterior, citando como exemplo a Turquia, que tem interesse em importar carcaça congelada. O empresário sugeriu ainda a aproximação da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) com um órgão equivalente do governo da Austrália, por meio de intercâmbio técnico, e se colocou à disposição para ajudar nessa aproximação. (Leni Sampaio, Sagri)
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
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