sexta-feira, 4 de junho de 2010

Homicida presenteia preso com perfume para não apanhar

O pecuarista acusado de homicídio, Alessandro Camilo de Lima, quando pernoitou em Marabá, na segunda-feira (31), segundo fonte segura, deu uma colônia (perfume) de marca conhecida no mercado para um dos presos.
A medida, segundo essa fonte, foi para evitar que ele sofresse algum tipo de espancamento, a exemplo do que aconteceu com o pistoleiro Francisco de Assis Dias, o “Magrão”, que levou uma “coça” daquelas de presos que estão custodiados na Seccional de Parauapebas.
A preocupação das autoridades de segurança pública se redobrou naquela mesma madrugada, tendo em vista que “Macarrão” dava sinais que pretendia cometer suicídio, inclusive todas as cordas foram retiradas da cela.
Agentes da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá auxiliaram na vigilância ao preso e ficaram sem dormir a noite inteira.
Foragida – A noiva de Alessandro Camilo, comerciária Grasiela Barros Almeida, a “Grasy”, é considerada foragida da Justiça, tendo em vista que o juiz substituto da 3ª Vara Penal de Parauapebas, Rogério Tibúrcio de Moraes Cavalcanti, decretou prisão temporária contra ela.
Segundo a investigação conduzida pelo delegado André Luiz Nunes Albuquerque, Grasy é apontada como sendo uma das mentoras desse crime.
O acusado de ser pistoleiro, Florentino de Sousa Rodrigues, “Minego”, alega que ajudou o pecuarista Alessandro e “Magrão” a ocultar o corpo de Ana Karina e transportou Grasy até Curionópolis, distante cerca de 30 quilômetros de Parauapebas.
Porém, fonte segura afirma que Grasy dormiu na casa de conhecidos em Marabá na madrugada do dia 11 e quando amanheceu sumiu do município, inclusive ela tem parente em Marabá, mas mesmo assim se recusou em ir para a casa destes.
Macarrão, em entrevista à imprensa, faz questão de inocentar a noiva e imputa o crime ao pistoleiro Magrão. Porém, admite que estava sendo pressionado e planejou matar a frágil Ana Karina, que mesmo estando grávida pesava apenas 49 quilos.
O crime seria para esconder uma relação extraconjugal que já durava dois anos e o bebê que Ana Karina carregava no ventre seria filho dele.
Por conta desse crime, ele deve responder por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe e sem chances de defesa, bem como por ocultação de cadáver.
Vale lembrar, contudo, que mesmo ele tendo confessado parcialmente o crime, caso o corpo não seja encontrado deve-se travar uma batalha judicial nos tribunais, pois sem o corpo em tese não há crime.
Advogada Betânia Viveiros e...
...as pichações no prédio da Semed
Por conta dessa confissão, a advogada Maria Betânia Viveiros abandonou o caso por considerar que houve quebra de confiança por parte de Alessandro Camilo, tendo em vista que até então se julgava inocente no caso.
Pelo fato de Betânia ter defendido Alessandro, afirmando categoricamente que seu cliente não havia matado Ana Karina, o nome dela foi pichado em vários pontos da cidade de Parauapebas como “Bethânia, advogada do diabo”. (Edinaldo Sousa)

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