Eleição terá 16 mil urnas de última geração no Estado do Pará

Belém - Nas dezoito mil urnas que serão usadas nas eleições deste ano no Pará, mais de 90% seguirão o padrão tecnológico mais moderno implantado no país. Também serão espalhados 385 pontos de transmissão de dados em todo o estado. O objetivo é minimizar os riscos e o tempo de espera da apuração.

De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, Cleyton Ataíde, para este pleito serão 16 mil urnas com o modelo 2010, que, entre outras novidades, trazem os dados armazenados em um pen drive e não mais em disquete, como antigamente, "o que era prejudicial por conta da umidade do nosso clima", afirmou.

Das versões antigas, só serão usadas urnas de 2004 e 2009. Ainda assim, estas ficarão concentradas na capital, porque se ocorrer algum tipo de problema fica mais fácil resolver. "Com isso, esperamos não repetir os mesmos problemas da última eleição", afirmou Ataíde, referindo-se às panes constatadas em algumas zonas eleitorais em 2006 e ao atraso na transmissão de dados das urnas localizadas em locais de difícil acesso. Na época, mais da metade das urnas tinham dez anos de uso.

Outra novidade é que serão instalados mais pontos de transmissão de dados via satélite. "É uma questão de logística. Existem lugares em que pela via normal são pelo menos 18 horas de trajeto. Por isso, estamos aumentando o número de pontos de transmissão por satélite e, em alguns lugares, estes pontos serão inclusive duplicados. Com isso, esperamos que o resultado final da votação seja totalmente conhecido até meia-noite", informou Cleyton Ataíde.

Segurança
O secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giusepe Dutra, que esteve em Belém na semana passada, garantiu que o sistema eleitoral do Brasil é imune a fraudes. Prova disso foram os testes de segurança na urna eletrônica e nos softwares de votação das eleições gerais de 2010.

A convite do TSE, hackers de todo o país e peritos da Polícia Federal foram convidados a promover ataques nos sistemas para verificar se eles são falhos ou suscetíveis a violações e fraudes. Dos 38 inscritos, ninguém logrou êxito.

Ele diz que desde 1996 o TSE vem fazendo sucessivos investimentos para automatizar todo o processo eleitoral, incluindo etapas como o alistamento de eleitores, registro de candidaturas, o voto e a divulgação do resultado final, "o que fez com que nosso sistema eleitoral se tornasse imune a fraudes", afirmou Giusepe.

O secretário ressalta que o Brasil é referência neste tipo de tecnologia, tanto que representantes de mais de 50 países já visitaram o TSE para conhecer o sistema, e o Brasil presta consultoria a oito países. (Fonte: Portal ORM)