A produção em larga escala de biocombustíveis, feitos por meio de soja, milho e alguns tipos de palmeiras, pode agravar a destruição de florestas tropicais. Além do receio de que a Amazônia seja tomada por plantações de milho e soja, países como a Malásia e Indonésia também começam a fazer projeções negativas sobre os biocombustíveis. Conservacionistas da Indonésia alertam para uma perda de 98% de suas florestas em quinze anos. A razão seria o plantio de uma palmeira utilizada na produção de biocombustível. O processo de destruição de importantes ecossistemas já pode ser notado no Borneo. Ambientalistas da região denunciam que uma área de 250 hectares (o equivalente a 250 campos de futebol) já foi destruída nos últimos anos pelo governo local para o plantio da palmeira. Caso as plantações continuem nesse ritmo estima-se que a Indonésia perca 2,8 hectares por ano de floresta. A organização não governamental Borneo Orang-utan Survival Foundation afirma que espécies ameaçadas como o tigre, o elefante e o orangotango serão os primeiros a sofrerem o impacto com a destruição das matas.
No Brasil, uma moratória conquistada por ambientalistas proíbe o plantio de soja em novas áreas desflorestadas da Amazônia. Mas pesquisadores da região já temem que culturas como a cana de açúcar e a soja gerem novos desmatamentos nas próximas décadas.
Os combustíveis verdes, ou biocombustíveis, são a nova vedete das discussões sobre o aquecimento global. E a esperança de alguns países para reduzir suas emissões de gases que esquentam o planeta. Mas será que vale a pena derrubar florestas para esse fim? (Juliana Arini)
segunda-feira, 16 de abril de 2007
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