quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Moradores denunciam degradação ambiental de açaizal

Fotos: Ronaldo Modesto



Divina Maria Silva

Manoel Barbosa
Famílias residentes num trecho da Rua 8, Bairro Primavera, em Parauapebas, nas proximidades de uma área de conservação ambiental formada por varjão e centenas de pés de açaí, entraram em contato com o Jornal CORREIO DO TOCANTINS para denunciar que a referida área vem sendo ameaçada de degradação ambiental, com a colocação de lixo e entulho numa área do terreno.
Segundo os moradores, o crime ambiental já foi denunciado à Prefeitura de Parauapebas, mas até a presente data nenhum fiscal responsável pelo setor teria averiguado a situação da área, que continua sendo degradada.

Na manhã desta quarta-feira (11), a reportagem do CT esteve no local e ouviu alguns dos moradores reclamantes. Manoel Barbosa, residente na Rua 8 nº 129, na divisa dos bairros Primavera e Chácara do Cacau, disse ser um dos moradores mais ameaçados pela possível degradação do varjão, porque a residência dele se localiza a jusante do curso de água que sai da grota onde se situa o açaizal.

Ele lamenta que os depredadores do local sejam os próprios moradores da vizinhança, que, segundo Manoel Barbosa, não têm a consciência do mal que estão fazendo à natureza e às famílias, que começam a ter problemas quando cai chuva torrencial e veem suas residências alagadas.

“Já presenciei muitas vezes gente colocando lixo, entulho e até bicho morto na beira do lago, e na hora que peço pra não fazer aquilo a pessoa fica com raiva de mim, e por isso nem reclamo mais”, explica Manoel Barbosa, adicionando que denunciou o caso à prefeitura, mas a situação continua do mesmo jeito.

O morador diz que o canal por onde escoa a água do lago só ainda não entupiu de lixo porque ele tem o cuidado de limpá-lo toda a semana, por conta própria. Do contrário, as casas vizinhas já tinham sido todas alagadas, com a vazão da água.

A dona de casa Divina Maria Silva (Rua 8 nº 136, Bairro Primavera) aumenta o coro das reclamações, afirmando que o acúmulo de lixo e animal morto na área de preservação ambiental prejudica tanto a vegetação quanto a saúde das pessoas, principalmente de crianças.

A moradora revela que em alguma das últimas grandes chuvas que caíram na cidade o lago, que é coberto de vegetação aquática, transbordou e passou por cima do asfalto da Rua 8, chegando até as residências localizadas nas partes mais baixas.

Divina Silva ratifica que também já comunicou o caso à prefeitura, para que esta enviasse fiscais ao local e proibisse a ação que ela considera como “devastadora”, mas até o momento da reportagem ela disse que não apareceu ninguém da prefeitura.

Na manhã desta quarta-feira, a reportagem procurou a titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), advogada Jeanny Luce da Silva Freitas Frateschi, para falar sobre o assunto, mas ela disse não poder atender à equipe do Jornal, disponibilizando a assessora de comunicação Sara Nascimento para fornecer as informações solicitadas.

De acordo com a assessora, somente ontem (11), de posse das informações da reportagem, a Semma tomou conhecimento da situação de possível degradação do açaizal, e que nesta quinta-feira (hoje) a repartição pública teria os dados referentes à ação a ser tomada pela prefeitura.

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