Fotos: Ronaldo Modesto e Waldyr SilvaFrancisca da Silva Mesquita
Paulo Gutemberg Torquato Holanda
PM Boxe
Posto de saúde
Enfermeira Vanessa Caetani
Moradores da vila Palmares Sul, localizada a 10 quilômetros do centro de Parauapebas, reclamam que a comunidade daquele bairro não conta com serviços de qualidade nos setores de saúde e de segurança pública.
Além dos problemas apontados pela comunidade nas áreas de segurança e saúde, os moradores de Palmares Sul elencam também precariedade nos serviços públicos de transporte coletivo, água tratada, sistema de telefonia móvel e fixa, coleta de lixo, iluminação pública, entre outras.
A dona de casa Francisca da Silva Mesquita, residente na esquina das ruas Rio de Janeiro e Chico Mendes, denuncia que o posto de saúde do bairro, que funciona em precárias instalações de uma residência, não atende às demandas dos moradores da vila, pois sempre faltam médicos e até medicamentos.
A moradora acrescenta que, além das precariedades nas instalações do posto de saúde, “os servidores são mal educados e atendem aos usuários com muita ignorância, achando que são donos da repartição pública”.
Com relação à segurança pública, Francisca Mesquita lembra que em julho de 2010 a prefeitura entregou um PM Boxe à Polícia Militar, “mas até hoje, um ano e meio depois, as instalações destinadas à polícia nunca funcionaram”, lamenta a moradora, acrescentando que o PM Boxe hoje está servindo de depósito de carteira escolar.
Francisca Mesquita reconhece que a prefeitura asfaltou algumas ruas do bairro, mas ela atribui este feito às constantes pressões da comunidade, que reivindicou os serviços, chegando a interditar a pista principal que dá acesso à vila para chamar a atenção das autoridades.
Sobre transporte coletivo, a dona de casa diz que os usuários penam muito para apanhar van e chegar até o centro de Parauapebas, ou vice-versa, porque os coletivos são poucos e só andam superlotados. “A tarifa custa dois reais até o centro da cidade, mas se a pessoa quiser ir até a rodoviária, no Bairro Beira Rio, o preço dobra pra 4 reais”, reclama.
Paulo Gutemberg Torquato Holanda, conhecido por “Paulo Picunha”, ratifica os problemas enfrentados pelos moradores de Palmares Sul no que diz respeito aos serviços de saúde, segurança pública e transporte coletivo.
Ele acrescenta a falta de qualidade no ensino público, cuja bandeira a comunidade da localidade estaria envidando esforços junto às autoridades competentes da área, no intuito de se construir uma escola estadual com ensino médio, além de um centro profissionalizante para a comunidade jovem.
Outro problema apontado por “Paulo Picunha” é a falta de sinal de celular móvel e de internet para a comunidade do bairro. Ele diz que o sinal de televisão só chega à vila por meio de antena parabólica.
Procurada pela reportagem, a enfermeira Vanessa Caetani, gerente do posto de saúde de Palmares Sul, assegura que a unidade de saúde disponibiliza diariamente à comunidade médicos e enfermeiros para atender aos programas básicos de saúde, além de remédios.
Sobre a denúncia de que servidores estariam atendendo às famílias com ignorância, Vanessa Caetani disse desconhecer tal atitude dos atendentes, afirmando que a orientação é que a comunidade seja atendida com respeito e dignidade, “pois somos servidores do povo”.
A gerente admite ser possível que algumas pessoas possam ter saído do posto insatisfeitas, em virtude do limite da demanda da unidade de saúde, que não atende a todos os procedimentos solicitados. “Mesmo assim, encaminhamos os casos que fogem de nossa competência para o hospital municipal ou outras unidades de maior complexidade”, explica.
Sobre o assunto de segurança na vila, o subcomandante da Polícia Militar em Parauapebas, major Sérgio Pastana, explica que, por falta de apoio logístico, a PM ainda não foi instalada no PM Boxe para funcionar 24 horas, mas o policiamento ostensivo vem sendo feito diariamente à noite naquela localidade. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
sábado, 7 de janeiro de 2012
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