Waldyr Silva
Lívia Veloso Alves
Secretários municipais e outros profissionais do setor dos 20 municípios das regiões sul e sudeste do Pará que fazem parte da 11ª Regional de Saúde, que tem sede em Marabá, participam, nos dias 14 e 15 de outubro, no auditório da Prefeitura de Parauapebas, do I Fórum Regional de Saúde Mental do Sul e Sudeste do Pará. O evento apresenta o tema “Fortalecendo redes locais de cuidado em saúde mental”.
De acordo com o psicólogo Wagner Dias Caldeira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública no Estado do Pará (Sintesp), o evento pretende discutir temáticas relativas à saúde mental e sobre dependência química.
Além das presenças dos municípios da região, são esperados também em Parauapebas representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde Pública, da 11ª Regional de Saúde e de outras autoridades ligadas à saúde.
DEMANDA
Conforme revelou a terapêutica ocupacional Lívia Veloso Alves, coordenadora municipal de saúde mental, à reportagem nesta quarta-feira (6), atualmente as unidades públicas de saúde de Parauapebas, coordenadas pelo Centro de Atendimento Psicossocial (Caps), contam com uma demanda de 522 pacientes cadastrados com algum transtorno mental que recebem tratamento psicológico e de saúde.
Lívia Alves explica que dentre esses pacientes constam também pessoas com deficiência química (álcool e drogas). “Esses pacientes, que são atendidos pelos médicos José Valter, Ana Paula e Eline, não ficam internados em hospital. Eles recebem tratamento nas unidades de saúde e depois voltam para o seio da família”, esclarece a terapêutica ocupacional.
Segundo ainda Lívia Alves, além de buscar alternativas para melhorar o atendimento de pessoas com problemas mentais, o fórum objetiva também mostrar à sociedade as políticas públicas voltadas à saúde mental e diminuir algum preconceito que ainda exista contra pessoa com distúrbio mental.
PROGRAMAÇÃO
Dia 14, de 8 às 12 horas, a programação do fórum consta de credenciamento dos participantes, solenidade de abertura e palestra sobre “Saúde mental como política intersetorial”, a ser ministrada por representante do Ministério da Saúde e debate sobre o tema.
Após intervalo para almoço, o evento retorna às 13h30 com a conferência “Saúde mental na atenção básica”, a ser proferida por Rodolfo Valentim (coordenador estadual de saúde mental), Daniele Vasco Santos (técnica de coordenação estadual de saúde mental) e Lívia Alves (coordenadora municipal de saúde mental).
Depois de debate e intervalo para coffee break, o fórum retorna com mesa redonda “A política de humanização e a valorização do trabalho e do trabalhador”, a ser defendida por Luís Guilherme Nascimento (coordenador estadual de política nacional de humanização-PNH), Teresinha Moreira (coordenadora de PNH na região Norte) e Liliane Moda (técnica do Cerest-Pará), sob a coordenação de Socorro Helena Lima (coordenadora do Caps de Goianésia-PA).
Às 16 horas, haverá a primeira parte dos debates em atividades de grupos sobre os temas “Depoimentos de usuários e familiares”, “Terapia comunitária”, “Cuidando do cuidador”, “Saúde mental e controle social” e “Mulheres de barro”.
A partir das 18h30, os participantes do fórum serão convidados a assistir a filmes curtas-metragens e à noite para apreciar apresentação de artistas locais na Palhinha Cultural do anfiteatro da PA-275.
Dia 15, às 9 horas, último dia do evento, o fórum recomeça com a palestra “A humanização e a política de álcool e drogas”, apresentada por Elis Uchoa (coordenadora do CCDQ) e Belisa Moutinho (terapeuta ocupacional do CCDQ), sob a coordenação de Ângela Maria Pereira Assunção (coordenadora de saúde mental de Marabá).
Às 10h45, haverá mesa redonda “Saúde mental da criança e do adolescente”, a ser defendida pelos conferencistas Paulo Peixoto (referência técnica do município de Belém) e Lucineide Santana (presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Parauapebas), tendo com coordenada Kênia Souza Ferreira (coordenadora do Caps de Rondon do Pará).
Em seguida, haverá a conclusão das palestras “Depoimento de usuários e familiares”, “Terapia comunitária”, “Cuidando do cuidador”, “Saúde mental e controle social” e “Mulheres de barro”.
Por último, às 16h50, será apresentada e discutida a palestra “Movimentos sociais e economia solidária” por Ester Maria Oliveira de Sousa (representante do Movimento de Luta Antimanicomial) e Lourdes Follmann (da Cooperativa Mista Agroindústria Nova), sob a coordenação de Carlos Alessander (representante do Movimento de Luta Antimanicomial). O fórum está previsto para encerrar às 18 horas do dia 15 de outubro. Matéria veiculada na edição desta quinta-feira (7) no Jornal Correio do Tocantins
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
O BRASIL PRECISA SABER - São Miguel,cidade paulista,com pouco mais de 30 mil habitantes,administrada por prefeito reeleito tucano,distante 180 quilômetros da Capital onde não existe Hospital e não existe Maternidade...
Não critiquem o Tiririca quando eleitores de todos os níveis votam no 'estilo tiririca' - se não temos uma saúde municipal de qualidade.
O povo é masoquista ou 'tiririca'?A sessão da Câmara demonstra o empenho ao 'estilo tiririca' dos muitos discursos enfadonhos e dos requerimentos tapa-buracos.
Existe também um tipo de administração que é ao 'estilo tiririca'.A massa sabe ou não sabe das suas necessidades e a obrigação dos eleitos que nos representam?
Mas o Serra está aí alardeando na propaganda eleitoral que irá "fazer chover" na Saúde Pública por todo o País.Você ainda acredita no Zéserra?
Postar um comentário