Ivanete Silva
Ivanete com seus funcionários
Cirilo Páscoa
Sob a justificativa de que estaria disciplinando o serviço público de transporte de passageiros na cidade, o coordenador do Conselho das Cooperativas de Transporte Urbano de Parauapebas, Cirilo Ferreira da Páscoa Filho, baixou comunicado datado de 12 de janeiro último proibindo motoristas e cobradores de trabalhar usando brinco no serviço de transporte de passageiros em van.
Temendo perder o emprego, alguns motoristas e cobradores de vans foram obrigados a retirar o adereço, enquanto outros insistiram em usar o adorno na orelha, e por isso foram proibidos de trabalhar.
Por causa desta situação, o permissionário Júlio Cesar Torres de Oliveira, residente na Rua Nara Leão nº 3, Bairro Chácara das Estrelas, Parauapebas, dono de uma van (placa JVZ-6956-Parauapebas) autorizada para explorar o serviço de transporte de passageiros, entrou no último dia 27 com uma ação no Ministério Público denunciando que o motorista dele, Neryton Pedrosa de Araújo, e os cobradores da van estão impedidos de trabalhar, enquanto eles continuarem usando brincos.
Na denúncia de Júlio Cesar, apresentada à Promotoria de Justiça pelo advogado Dácio Antonio Gonçalves Cunha, ele diz que os funcionários dele e a van estão sem trabalhar desde o dia 25, e por isso amargam grandes prejuízos, além da humilhação e constrangimento que os condutores do transporte teriam passado.
O advogado Dácio Antonio declara na representação que manteve contato via telefone com Cirilo Páscoa, na tentava de amenizar o problema, “mas o mesmo mostrou-se irredutível e informou que pessoas com brinco, piercing e tatuagem não podem ser motorista ou cobrador, e que aquilo era norma interna da empresa (Conselho) e que ninguém tinha nada a ver com aquilo”.
Acompanhado da esposa de Júlio Cesar, Ivanete de Oliveira Silva, responsável pela administração da van, o advogado diz que procurou o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) para denunciar o caso, quando foi informado pelo coordenador do órgão, Francisco Falcão, que “brinco, piercing e tatuagem não podiam impedir o veículo de circular”.
Procurado pela reportagem, o motorista Neryton Pedrosa confirmou que foi constrangido pelos fiscais do Conselho das Cooperativas de Transporte Urbano de Parauapebas, que o impediram de trabalhar. Ele sustenta que todas as outras exigências adotadas, como andar calçado de sapato, com uniforme do Conselho, barba bem feita e tratar o usuário com educação e presteza, ele cumpre, “mas o que vai interferir na qualidade do transporte público, se eu usar um brinco?”, indaga o motorista, afirmando que vai continuar portando o adereço na orelha.
Mostrando-se indignada com o que ela considera como discriminação, Ivanete de Oliveira, que usa um piercing na narina esquerda, diz que não vai obrigar os funcionários dela a tirar os brincos, “porque a época da ditadura já passou”.
“Estou aqui no escritório do advogado e espero por justiça, porque preciso trabalhar e pagar meus funcionários, que estão parados e tendo prejuízo por isso”, enfatizou Ivanete de Oliveira.
Localizado pelo jornal na última segunda-feira (31), Cirilo Páscoa confirmou ter baixado o comunicado proibindo que motoristas e cobradores trabalhem usando brincos no transporte de passageiros. Segundo o coordenador, a medida é uma determinação de todos os integrantes da repartição que administra os serviços das vans, e não dele, Cirilo.
“A proibição tem a intenção de melhorar a qualidade de apresentação do motorista e cobrador de van no seu local de trabalho. Se está certa ou errada, nossa intenção foi querer melhorar o serviço”, justifica Cirilo Páscoa, revelando que o Conselho das Cooperativas de Transporte Urbano administra 226 vans que exploram o transporte de passageiros na cidade.
Considerando que o problema do uso de brinco é irrelevante, Cirilo disse temer que problemas como esses existentes no transporte coletivo de passageiros alertem promotores públicos do município a determinar que haja licitação para contratação de empresas especializadas na exploração do transporte público de passageiros e as quatro cooperativas de vans, que não têm licitação, percam o espaço. (Waldyr Silva, Correio do Tocantins)
Temendo perder o emprego, alguns motoristas e cobradores de vans foram obrigados a retirar o adereço, enquanto outros insistiram em usar o adorno na orelha, e por isso foram proibidos de trabalhar.
Por causa desta situação, o permissionário Júlio Cesar Torres de Oliveira, residente na Rua Nara Leão nº 3, Bairro Chácara das Estrelas, Parauapebas, dono de uma van (placa JVZ-6956-Parauapebas) autorizada para explorar o serviço de transporte de passageiros, entrou no último dia 27 com uma ação no Ministério Público denunciando que o motorista dele, Neryton Pedrosa de Araújo, e os cobradores da van estão impedidos de trabalhar, enquanto eles continuarem usando brincos.
Na denúncia de Júlio Cesar, apresentada à Promotoria de Justiça pelo advogado Dácio Antonio Gonçalves Cunha, ele diz que os funcionários dele e a van estão sem trabalhar desde o dia 25, e por isso amargam grandes prejuízos, além da humilhação e constrangimento que os condutores do transporte teriam passado.
O advogado Dácio Antonio declara na representação que manteve contato via telefone com Cirilo Páscoa, na tentava de amenizar o problema, “mas o mesmo mostrou-se irredutível e informou que pessoas com brinco, piercing e tatuagem não podem ser motorista ou cobrador, e que aquilo era norma interna da empresa (Conselho) e que ninguém tinha nada a ver com aquilo”.
Acompanhado da esposa de Júlio Cesar, Ivanete de Oliveira Silva, responsável pela administração da van, o advogado diz que procurou o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) para denunciar o caso, quando foi informado pelo coordenador do órgão, Francisco Falcão, que “brinco, piercing e tatuagem não podiam impedir o veículo de circular”.
Procurado pela reportagem, o motorista Neryton Pedrosa confirmou que foi constrangido pelos fiscais do Conselho das Cooperativas de Transporte Urbano de Parauapebas, que o impediram de trabalhar. Ele sustenta que todas as outras exigências adotadas, como andar calçado de sapato, com uniforme do Conselho, barba bem feita e tratar o usuário com educação e presteza, ele cumpre, “mas o que vai interferir na qualidade do transporte público, se eu usar um brinco?”, indaga o motorista, afirmando que vai continuar portando o adereço na orelha.
Mostrando-se indignada com o que ela considera como discriminação, Ivanete de Oliveira, que usa um piercing na narina esquerda, diz que não vai obrigar os funcionários dela a tirar os brincos, “porque a época da ditadura já passou”.
“Estou aqui no escritório do advogado e espero por justiça, porque preciso trabalhar e pagar meus funcionários, que estão parados e tendo prejuízo por isso”, enfatizou Ivanete de Oliveira.
Localizado pelo jornal na última segunda-feira (31), Cirilo Páscoa confirmou ter baixado o comunicado proibindo que motoristas e cobradores trabalhem usando brincos no transporte de passageiros. Segundo o coordenador, a medida é uma determinação de todos os integrantes da repartição que administra os serviços das vans, e não dele, Cirilo.
“A proibição tem a intenção de melhorar a qualidade de apresentação do motorista e cobrador de van no seu local de trabalho. Se está certa ou errada, nossa intenção foi querer melhorar o serviço”, justifica Cirilo Páscoa, revelando que o Conselho das Cooperativas de Transporte Urbano administra 226 vans que exploram o transporte de passageiros na cidade.
Considerando que o problema do uso de brinco é irrelevante, Cirilo disse temer que problemas como esses existentes no transporte coletivo de passageiros alertem promotores públicos do município a determinar que haja licitação para contratação de empresas especializadas na exploração do transporte público de passageiros e as quatro cooperativas de vans, que não têm licitação, percam o espaço. (Waldyr Silva, Correio do Tocantins)
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