sábado, 13 de janeiro de 2007

Região de Carajás terá distrito florestal sustentável para atender demanda por carvão

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta sexta-feira (12) que três novos distritos florestais sustentáveis estão em planejamento para serem implantados ainda em 2007. Um deles será na região de Carajás, abrangendo os estados do Pará, Maranhão e Tocantins. Terá 28 milhões de hectares e seu foco será o reflorestamento, principalmente para atender a demanda por carvão vegetal das unidades de produção de ferro-gusa do pólo siderúrgico de Carajás.
Os outros dois serão implantados nas regiões dos rios Purus e Madeira e do bioma Caatinga. Esses distritos deverão seguir o modelo do primeiro distrito florestal, criado no ano passado, na área de influência da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém. Os distritos são uma nova modalidade de gestão territorial aplicada à gestão de florestas públicas.
A principal função dos distritos florestais é a promoção de atividades econômicas sustentáveis. Segundo o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Luis Carlos Joels, os distritos serão bem sucedidos se trouxerem geração de emprego e renda sem devastar a floresta.
“A correta gestão dos distritos é uma ótima oportunidade para o desenvolvimento regional em áreas carentes de investimento. As atividades programadas geram muitos empregos e são de longo prazo o que incentiva a permanência dos habitantes nas áreas dos distritos além de e inibir a ocupação itinerante, o que prejudica o meio ambiente e a qualidade de vida”, explica o diretor.
O distrito de Purus-Madeira, a ser criado numa área de 35 milhões de hectares, nos estados do Amazonas, Rondônia, Acre e Mato Grosso, abrangerá a área de influência dos rios Purus e Madeira e da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. Um projeto para criação de unidades de conservação, condição para a existência dos distritos florestais, está pronto aguardando autorização.
O terceiro distrito, da Caatinga, em fase preliminar de estudo, pretende definir sua área em consonância com os processos de assentamentos do Incra. Com o distrito sustentável, a população local que faz uso doméstico de lenha poderá fazê-lo de forma sustentável.
Distritos florestais sustentáveis são complexos geoeconômicos e sociais onde são implantadas políticas públicas que estimulem o desenvolvimento integrado combinado à preservação dos recursos naturais.

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