quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Pesquisa aponta Bachelet e Lula como modelos de liderança na América Latina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerado o segundo "melhor modelo de liderança" na América Latina, de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Zogby International para a revista "Newsweek", com ajuda da Universidade de Miami.
Lula recebeu 26% dos votos entre 603 importantes políticos, empresários, funcionários de governo, intelectuais e jornalistas da região latino-americana.
Uma surpreendente maioria de 53% das elites da América Latina acha que a região "está no bom caminho" e que a presidente chilena, Michelle Bachelet, é "o melhor modelo de liderança".
Repetindo seu antecessor, Ricardo Lagos, em idêntica pesquisa feita em 2003, Bachelet conseguiu 28% dos votos. Em 2003, Lula também havia recebido 26%. O colombiano Álvaro Uribe conseguiu 13%, ficando em terceiro, à frente do venezuelano Hugo Chávez.
A pesquisa revela ainda que essas elites pesquisadas estão confiantes como nunca. Chegam a 43%, segundo o Instituto Zogby, os que acham "boa" ou "excelente" a situação de seu país - em 2003 não passavam de 7%.
Indiferentes aos críticos que acusam um constante distanciamento entre a região e as economias asiáticas, 81% dos consultados acreditam que "a situação econômica vai melhorar" nos próximos dois anos.
Otimismo
O Brasil se destaca, entre os sete países pesquisados (os outros são Argentina, Peru, Chile, Colômbia, Venezuela e México), pelo otimismo: 89% esperam anos melhores pela frente (e boa parte é a favor da Alca - Área de Livre Comércio das Américas).
A previsão do Banco Mundial para 2007 é de crescimento médio de 4,2% na região, mas na Argentina, no Chile, no Peru e na Venezuela a expectativa é crescer mais. Os argentinos são os mais confiantes no futuro imediato (67%) e os mexicanos os mais pessimistas (83%).
Para explicar tanto bom humor, a "Newsweek" lembra que nos últimos 3 anos o preço das commodities, de modo geral, esteve alto, ajudando nas exportações, a inflação foi contida e o excesso de dólares no mercado alimentou as bolsas de valores.

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