As campanhas de prevenção à Aids e demais doenças sexualmente transmissíveis terão um reforço significativo em 2007. Os ministérios da Educação e da Saúde serão aliados em um projeto pedagógico que levará preservativos ao ambiente escolar.
Os preservativos, antes distribuídos em postos de saúde, estarão acessíveis aos adolescentes nas próprias escolas. Tudo começará com um concurso nacional voltado para os centros federais de educação tecnológica, os Cefets, que serão responsáveis pela elaboração de um projeto pedagógico e de uma máquina, semelhante às de refrigerantes, da qual os alunos retirarão os preservativos. O projeto vencedor receberá o Prêmio de Inovação Tecnológica em Prevenção de DST, HIV e Aids.
De acordo com a coordenadora-geral de articulação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, Rosiléa Wille, "a intenção é associar a tecnologia do aparelho a uma tecnologia social capaz de desenvolver uma cultura de saúde e prevenção para esses jovens".
Para Rosiléa, a questão não é somente de oferecer os preservativos, mas de elaborar uma ação educativa capaz de esclarecer os alunos sobre a necessidade do uso do preservativo. "Não é o projeto de uma máquina, mas o desenvolvimento de uma consciência e de uma responsabilidade sobre a sexualidade. E a conseqüência imediata da ação, que faz parte do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, é a ampliação do debate sobre educação sexual nas escolas", explicou.
Cada Cefet pode inscrever várias equipes, compostas por pelo menos um professor e cinco alunos. O processo de elaboração e análise dos projetos será desenvolvido este ano. O vencedor ganhará um prêmio em dinheiro no valor de R$ 50 mil. Estima-se que o protótipo desenvolvido a partir do concurso esteja em toda a rede de ensino já em 2008.
Acesso
A iniciativa, acrescentou a coordenadora do MEC, vai permitir a popularização do acesso aos preservativos, além da familiarização dos adolescentes com o método preventivo. "A facilidade de acesso ao preservativo deve também aumentar a adesão dos adolescentes ao método. Hoje, grande parte dos jovens tem vergonha de ir ao posto de saúde ou à farmácia para comprar a camisinha", observou Rosiléa Wille.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
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