sábado, 8 de março de 2008

Projeto quer proibir uso de sacolas plásticas

O deputado federal Eudes Xavier (PT-CE) protocolou nesta semana projeto de lei proibindo supermercados e estabelecimentos congêneres de acondicionar produtos em sacolas plásticas. Pela proposta, os estabelecimentos ficam obrigados a disponibilizar sacolas de uso duradouro ou biodegradáveis.
Os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista costumam embalar em sacolas plásticas tudo o que passa pela caixa registradora.
Para o parlamentar, "projetos de lei que tratam da gestão de resíduos sólidos, de uma maneira mais ampla, tramitam há mais de 15 anos no Congresso Nacional, sem que nenhum tenha sido aprovado até hoje. Trata-se de uma grave omissão nossa". Para ele, a omissão não pode ser atribuída apenas "à pauta sempre sobrecarregada por medidas provisórias, mas também aos lobbies de setores da indústria e do comércio que aqui atuam".
Feitos de resina sintética originada do petróleo, os plásticos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor. Em linguagem científica, eles são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, sendo impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.

Exposição em Brasília
Será aberta nesta segunda-feira (10), no Pátio Brasil Shopping, em Brasília, a exposição Boas Práticas e Inovações em Embalagens, que marca o lançamento da campanha Consumo Consciente de Embalagens, do Ministério do Meio Ambiente. Com a iniciativa, o ministério pretende fazer com que o consumidor reflita sobre os muitos invólucros dos produtos que consome no dia-a-dia. A exposição coincide com a Semana do Consumidor e será encerrada no sábado (15).
Durante a exposição, materiais reciclados e novas tecnologias serão apresentadas ao consumidor, que será instigado a prestigiar as empresas preocupadas com o meio ambiente e a demandar do mercado que novas alternativas e soluções sejam empregadas em larga escala. Haverá também distribuição de materiais informativos sobre o tema e apresentações de iniciativas que privilegiam o uso racional de embalagens, além do lançamento de um site sobre seu consumo consciente.
"A idéia é levar o consumidor a avaliar a quantidade de embalagens que ele leva ao comprar um produto ? e, assim, a decidir se, de fato, precisa de todas elas", diz a técnica em consumo sustentável do Departamento de Economia e Meio Ambiente do MMA, Fernanda Daltro. Ela ressalta que é preciso avaliar a embalagem tendo em mente alguns critérios: se é reciclável, se pode ser reutilizada, se é feita de material reciclado e qual o consumo de energia e matéria-prima empregados para fabricá-la, por exemplo. "Para reduzir a quantidade de lixo gerado, é importante que o consumidor dê preferência a produtos com refil, com embalagens retornáveis; que use sacolas retornáveis, por exemplo; e que recuse as de plástico, quando desnecessárias", diz Fernanda. "É preciso entender que o volume de resíduos que geramos aumenta mais rapidamente que a taxa de resíduos reciclados", reitera.

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