Em janeiro deste ano, a Prefeitura de Parauapebas celebrou convênio com a Universidade Federal do Pará (UFPA), cedendo as instalações do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup) para a UFPA transformá-lo num campus, com apoio da mineradora Vale.
Em primeiro momento, a UFPA anunciou que ministraria cursos nas áreas de mineração, meio ambiente e engenharia civil, para então chegar a outros cursos, de acordo com a demanda. Só que até agora a UFPA não assumiu o Ceup.
Mesmo assim, a diretora do Campus da Universidade Federal da Amazônia (Ufra) em Parauapebas, Kaliandra Souza Alves, que usa boa parte das instalações da Ceup, com a realização de três cursos superiores, diz-se preocupada de a qualquer momento ser obrigada a desocupar o Centro, uma vez que as obras do novo campus da Ufra ainda não foram concluídas.“Até o momento, não recebemos nenhum documento oficial, seja da Prefeitura de Parauapebas ou mesmo da UFPA, solicitando que a Ufra desocupe as instalações do Ceup, onde ministramos os cursos de Zootecnia, Engenharia Florestal e Agronomia, com mais de 400 estudantes”, informou nesta segunda-feira (6) a diretora à reportagem.
De acordo com Kaliandra Alves, a previsão da Ufra é deixar as instalações do Ceup no início do ano que vem, mudando-se para as novas instalações do campus que estão sendo construídas a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade, às margens da rodovia PA 275, sentido Curionópolis.
A diretora diz reconhecer que se tivesse que deixar o Ceup imediatamente, a instituição encontraria grande dificuldade para absorver os mais de 400 universitários da Ufra, uma vez que, dos seis blocos do campus que estão em construção, apenas um deles se encontra com as obras concluídas, mas não suporta todos os alunos da instituição universitária.
Por outro lado, Kaliandra Alves atenua que, se tivesse que desocupar o Ceup agora, a Ufra não sentiria tanto impacto, porque desde maio deste ano os professores da universidade estão em greve, sem data prevista para retorno das aulas.
Outra preocupação ventilada pela diretora da Ufra à reportagem é com relação à continuidade das obras do novo campus, pois, segundo ela, a construtora que estava executando as obras entrou em falência e por isso os serviços de construção estão parados, até a contratação de outra empresa.
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