Brasil tem déficit de 235 mil professores no ensino básico
Relatório da Câmara da Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação), fundamentado em pesquisa do Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC), estima a necessidade de aproximadamente 235 mil professores nesse nível de ensino em todo o país.
O maior déficit, de acordo com o estudo, está nas áreas de física, química, biologia e matemática.
O trabalho estima que são necessários 55 mil professores de física, mas aponta que as licenciaturas da área só formaram 7.216 entre 1990 e 2001.
Os autores do relatório propõem como medidas emergenciais o aproveitamento de alunos de licenciatura como professores, a criação de uma espécie de Prouni para o ensino médio, no caso de as escolas públicas não conseguirem atender à demanda, incentivos para aposentados retornarem à carreira e a contratação de estrangeiros.
O estudo aponta que o problema da falta de professores deve aumentar com o crescimento esperado do número de matrículas.
Entre as causas apontadas pelo CNE para a crise dos professores está o baixo financiamento da educação.
A pesquisa mostra que o Brasil investe só US$ 1.008 por aluno nessa etapa de ensino, enquanto a média é de US$ 9.835 na Alemanha, de US$ 2.387 no Chile e de US$ 2.378 na Argentina.
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