O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou nesta quarta-feira (23) o uso das Forças Armadas para conter a manifestação de populares na usina hidrelétrica de Tucuruí.
Homens do Exército e da Polícia Federal devem se deslocar para o local, que foi ocupado desde a madrugada de hoje (23) por integrantes de movimentos sociais.
O Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça ainda não informaram o contingente que será utilizado e nem quando as tropas serão deslocadas para a usina.
Os manifestantes, em torno de 600, são de vários movimentos, entre eles Via Campesina, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Reivindicação
Os movimentos reivindicam a implementação de projetos de desenvolvimento para atingidos por barragens, educação de qualidade no campo, melhor atendimento de saúde pública, construção de poços artesianos, instalação de telefones públicos em zonas rurais e mudanças na política econômica do governo.
Há também reivindicações relacionadas à energia elétrica, como redução dos preços e instalação de rede elétrica para populações que vivem às margens das barragens.
Os manifestantes exigem a presença de um grupo formado por órgãos do governo federal, como Ministério de Minas e Energia e Casa Civil.
A Eletronorte afirma que, apesar de ter sido ocupada uma sala de comando da usina, as operações de fornecimento de energia não estão interrompidas e até o momento não há risco de desabastecimento.
Além de atender os estados do Pará, Maranhão e Tocantins, a hidrelétrica de Tucuruí exporta energia para os sistemas Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A usina é parte essencial do Sistema Elétrico Interligado Nacional. (Fonte: Terra)
quarta-feira, 23 de maio de 2007
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