sábado, 14 de abril de 2012

Moradores do Bairro Cidade Jardim vivem pesadelo do abandono

Fotos: Rui Guilherme e Waldyr Silva
Lixo

Gilsimar Reis

Maria Vera

Vários moradores do Bairro Cidade Jardim, administrado pela empresa Buriti Empreendimentos, já começam a reclamar sobre a falta de assistência no que diz respeito à manutenção do logradouro, uma vez que esta responsabilidade ainda é do empreendimento imobiliário, pois o poder público ainda não recebeu o bairro para dotá-lo de infraestrutura necessária.

A maioria da comunidade do Cidade Jardim reclama da “péssima qualidade do asfalto” aplicado em algumas ruas e da água oferecida aos moradores, que não seria tratada, além da falta de coleta regular de lixo, desmatamento de área considerada de preservação, juros altos aplicados nas prestações de pagamento dos lotes, falta de áreas públicas, e até a existência de minadouro (olho d’água) no meio da rua, entre outras mazelas.

Segundo os moradores, a primeira etapa do então loteamento Cidade Jardim foi lançada em Parauapebas no final de 2008, com a oferta de sete mil lotes urbanos para residência e comércio. Na segunda etapa, foram oferecidos mais três mil lotes e na segunda, mais de cinco mil terrenos. O empreendimento imobiliário, que se localiza numa privilegiada área, em frente ao Unique Shopping, está prestes a lançar a quarta etapa de venda de imóveis urbanos.

Na opinião de alguns compradores de lotes, o empreendimento já começou errado, porque, ao invés de se basear numa lei federal de uso e parcelamento do solo, a Lei nº 6.766/79, foi aprovado pela Câmara Municipal, com poucos critérios...

Com relação ao pagamento das parcelas dos lotes, num prazo maior de 15 anos, os clientes reclamam que existem dois tipos de reajustes, sendo um pelo IGPM e outro com mais de 9% de juro ao ano. As parcelas variam entre R$ 180,00 e R$ 1.800,00 por mês.

RECLAMAÇÕES
O comerciante Onilson Cortez de Melo, popularmente conhecido por “Piau”, estabelecido na Avenida dos Ipês, reclama que a coleta de lixo ocorre apenas duas vezes por mês. Por esse motivo, ele mesmo recolhe todo o lixo produzido, coloca num carro e joga fora.

Outro problema denunciado por Onilson “Piau” é o que ele considera como “péssima qualidade do asfalto” aplicado na avenida onde ele mora e tem comércio. “Vocês podem obervar o que eles chamam de asfalto colocado na rua em frente ao meu comércio”, apontando para a reportagem a rua toda esburacada.

Por sua vez, a moradora Maria Vera Lúcia (Rua D20) mostrou para a equipe de reportagem um minadouro de água que passa na frente da casa dela, prejudicando o calçamento da rua, as instalações da residência e seu conforto de moradia.

O morador Gilsimar Reis de Almeida (Rua D21) é outra vítima de um minadouro de água que brotou nos fundos de seu imóvel, fato que vem deteriorando algumas estruturas da residência dele. “Já reclamei para a Buriti, mas me informaram que eles não podiam fazer nada para resolver a situação, simplesmente porque eu tinha comprado um lote barato, e por isso entrei com uma ação no Procon”, explica Gilsimar Reis.

QUESTIONÁRIO
A reportagem esteve na quinta-feira (12) no escritório da Buriti Empreendimentos, para ouvir a versão da empresa, mas a subgerente Maria Lúcia disse que não podia atender naquele momento.

No dia seguinte, sexta-feira (13), a equipe de reportagem retornou à empresa e foi recebida pela gerente comercial Carmem Lúcia Barbosa, mas esta disse que só atendia ao jornal depois que este encaminhasse um questionário sobre o assunto e enviasse para e-mail dela, para então ela analisar e decidir se responderia ou não aos questionamentos da comunidade.

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