Francesco Costa
Que liberdade é esta? Forjada por lutas intermináveis de pretos que ficaram brancos de tanto se expor ao sol do preconceito; ou por brancos que ficaram pretos de tanto brigarem às escuras nas noites sangrentas contra patrões que continuam a se sentirem senhores de gente que eles acham que compraram com o esforço que fizeram para ludibriar a sorte; ou os concorrentes, como reza a carta magna do capitalismo; ou com as privações ou dias ininterruptos de trabalhos forçados que viveram para o que tem, hoje, juntar.
Tem gente que pensa que é senhor, porque tem mais que o normal em um país cuja população se divide entre ricos e miseráveis.
Tem gente que pensa que é livre em um país que lhe deu o simples direito de comprar, inclusive, a crediário, mas esquece que não tem liberdade de, nem sequer, saber o valor da taxa de juros que vai pagar. Se ficar lendo o contrato antes de assinar, é taxado como “cliente que exige demais e mau pagador”, ou não faz nem a ideia do juro de mora que pagará em caso de atraso.
O Procon aparece dando uma de “José do Patrocínio” (advogado negro que lutou pelo fim da escravatura), mas muitos nem sabem para que serve este órgão e alguns temem recorrer e perder os futuros créditos em outras lojas.
Tem gente que pensa que é livre pelo simples fato de poder escolher a profissão que exercerá, mas não sabe a importância que tem tal função, e se esquece que poderá por isto ser valorizado. Mesmo assim, dá graças a Deus por arrumar um emprego cujo contrato é feito nos moldes da empresa empregadora.
Os escravos, negros africanos, recebiam em troca de seus trabalhos forçados apenas o básico para sobreviver: comida e roupa. E o salário que recebe a maioria absoluta dos trabalhadores no Brasil, inclusive eu, responda aí, ó trabalhador, dá pra mais alguma coisa, além disto?
Então, me corrija, caso eu esteja errado: a escravidão neste país, com tamanho de continente, mudou apenas de modelo?
Agora, me aplaudam os que comigo concordarem: um cidadão que trabalha oito horas por dia, independente da função que exerça, não deveria enfrentar as humilhantes filas de órgãos como SUS e INSS. Não deveria ele receber o suficiente para pagar a consulta médica de seus filhos ou qualquer outra assistência vital que sua família necessite? Pra que um cidadão que dedicou a vida inteira ao trabalho precisa mendigar aposentadoria? Não seria mais justo que ele recebesse o suficiente para fazer sua própria garantia de sobrevivência em tempos em que se considerar inapto para o trabalho?
Fala-se erradamente que o dinheiro move o mundo, mas na verdade o que move o mundo não é outra coisa senão a força do trabalhador. Mas como diz o velho dito popular: “O cavalo não sabe a força que tem, pois se soubesse não puxaria a pesada e incômoda carroça”.
Talvez seja esta mesma inocência, ou ignorância, que cega o forte fraco trabalhador que se deixa iludir desde as “boas” intenções da princesa Izabel à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) de Getúlio Vargas, ou aos movimentos grevistas de Lula e outros sindicalistas.
Todos os dias “investidores” são vistos exibindo grandes lucros, enquanto a força motriz que realmente move o mundo, o trabalhador, vive às margens da miséria.
Mas, falando em escravidão, vamos lembrar dos negros, principal personagem da peça teatral, que foram alvo de escárnio e, ainda hoje, se autodiscriminam, declarando-se incapaz ao exigir cota pra isto e aquilo, ou processando os brancos por qualquer expressão dita, escrita ou encenada. Não seria melhor aplicar a famosa frase de Buda: “Ignorar o ignorante é uma forma de fazê-lo pensar?”.
Muito se fala em racismo e preconceito nas constantes e, parece que, intermináveis lutas das raças, mas é bom lembrar que é mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.
Que liberdade é esta? Forjada por lutas intermináveis de pretos que ficaram brancos de tanto se expor ao sol do preconceito; ou por brancos que ficaram pretos de tanto brigarem às escuras nas noites sangrentas contra patrões que continuam a se sentirem senhores de gente que eles acham que compraram com o esforço que fizeram para ludibriar a sorte; ou os concorrentes, como reza a carta magna do capitalismo; ou com as privações ou dias ininterruptos de trabalhos forçados que viveram para o que tem, hoje, juntar.
Tem gente que pensa que é senhor, porque tem mais que o normal em um país cuja população se divide entre ricos e miseráveis.
Tem gente que pensa que é livre em um país que lhe deu o simples direito de comprar, inclusive, a crediário, mas esquece que não tem liberdade de, nem sequer, saber o valor da taxa de juros que vai pagar. Se ficar lendo o contrato antes de assinar, é taxado como “cliente que exige demais e mau pagador”, ou não faz nem a ideia do juro de mora que pagará em caso de atraso.
O Procon aparece dando uma de “José do Patrocínio” (advogado negro que lutou pelo fim da escravatura), mas muitos nem sabem para que serve este órgão e alguns temem recorrer e perder os futuros créditos em outras lojas.
Tem gente que pensa que é livre pelo simples fato de poder escolher a profissão que exercerá, mas não sabe a importância que tem tal função, e se esquece que poderá por isto ser valorizado. Mesmo assim, dá graças a Deus por arrumar um emprego cujo contrato é feito nos moldes da empresa empregadora.
Os escravos, negros africanos, recebiam em troca de seus trabalhos forçados apenas o básico para sobreviver: comida e roupa. E o salário que recebe a maioria absoluta dos trabalhadores no Brasil, inclusive eu, responda aí, ó trabalhador, dá pra mais alguma coisa, além disto?
Então, me corrija, caso eu esteja errado: a escravidão neste país, com tamanho de continente, mudou apenas de modelo?
Agora, me aplaudam os que comigo concordarem: um cidadão que trabalha oito horas por dia, independente da função que exerça, não deveria enfrentar as humilhantes filas de órgãos como SUS e INSS. Não deveria ele receber o suficiente para pagar a consulta médica de seus filhos ou qualquer outra assistência vital que sua família necessite? Pra que um cidadão que dedicou a vida inteira ao trabalho precisa mendigar aposentadoria? Não seria mais justo que ele recebesse o suficiente para fazer sua própria garantia de sobrevivência em tempos em que se considerar inapto para o trabalho?
Fala-se erradamente que o dinheiro move o mundo, mas na verdade o que move o mundo não é outra coisa senão a força do trabalhador. Mas como diz o velho dito popular: “O cavalo não sabe a força que tem, pois se soubesse não puxaria a pesada e incômoda carroça”.
Talvez seja esta mesma inocência, ou ignorância, que cega o forte fraco trabalhador que se deixa iludir desde as “boas” intenções da princesa Izabel à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) de Getúlio Vargas, ou aos movimentos grevistas de Lula e outros sindicalistas.
Todos os dias “investidores” são vistos exibindo grandes lucros, enquanto a força motriz que realmente move o mundo, o trabalhador, vive às margens da miséria.
Mas, falando em escravidão, vamos lembrar dos negros, principal personagem da peça teatral, que foram alvo de escárnio e, ainda hoje, se autodiscriminam, declarando-se incapaz ao exigir cota pra isto e aquilo, ou processando os brancos por qualquer expressão dita, escrita ou encenada. Não seria melhor aplicar a famosa frase de Buda: “Ignorar o ignorante é uma forma de fazê-lo pensar?”.
Muito se fala em racismo e preconceito nas constantes e, parece que, intermináveis lutas das raças, mas é bom lembrar que é mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário