Na coletiva que concedeu à imprensa na última segunda-feira (16), em Ourilândia do Norte, por ocasião da inauguração do projeto de ferro-níquel, o presidente da Vale, Roger Agnelli, revelou que hoje a tonelada de níquel custa no mercado internacional 26 mil dólares. Cada tonelada de material extraída das minas contém apenas 1,8% de teor de níquel. /// No decorrer da coletiva, o executivo disse acreditar que a inauguração do Projeto Onça Puma, em Ourilândia do Norte, poderia ser seu último grande ato no cargo, pois nesta sexta-feira (20) encerra seu mandato de presidente na empresa. /// Segundo Roger Agnelli, a Vale hoje toca 56 grandes projetos no mundo. Desses, apenas três ou quatro foram inaugurados. Os demais entram em funcionamento até 2013. /// Indagado qual seria seu primeiro ato neste sábado (21), quando encerra seu mandado de presidente na mineradora, Roger respondeu que iria a um salão de beleza mandar cortar o cabelo. /// “Depois, pego minha família e vou tirar umas férias de dois ou, quem sabe, três meses. Meu medo é acostumar com tanta ociosidade, sem agenda para cumprir”, declarou. /// Perguntado sobre os impactos provocados por projetos minerários na região, Roger respondeu que esses problemas são compensados para os municípios no momento em que o empreendimento é instalado. /// Quanto aos royalties repassados aos municípios, disse que se a Vale tem resultados positivos de negócios, esses resultados incidem também na Cefem. /// “Então, não há como esconder nada. Acontece que a maioria dos municípios mineradores não aplica os recursos recebidos pela Cefem nas áreas sociais prioritárias”, disparou. /// Quanto à carta enviada à presidente Dilma, publicada inicialmente pela Revista Época, denunciando que a Prefeitura de Parauapebas havia recebido R$ 700 milhões nos últimos cinco anos, mas o prefeito não havia investido os recursos na área social, o presidente da Vale disse ter ficado surpreso com a publicação. /// “Fiquei surpreendido em ver uma carta minha encaminhada à presidenta Dilma publicada numa revista. O objetivo da carta foi esclarecer à presidenta a postura proativa da Vale em resolver esta situação de royalties: se pagamos ou não aos municípios”, justifica. /// No caso específico de Parauapebas, Roger emendou que não diria que a má aplicabilidade dos recursos repassados à prefeitura só vem ocorrendo nos últimos cinco anos, como foi colocado na carta, mas desde quando que a Vale começou a repassar esses recursos, “se não me engano”, no final da década de oitenta. /// O executivo da Vale observa que é muito fácil saber disso: basta calcular quanto foi repassado no período e conferir se os recursos foram investidos em obras prioritárias. /// “Mas não nos limitamos apenas à Cefem, pois a atividade mineral proporciona para o município um crescimento de renda muito forte, como ICMS, ISS e o salário dos trabalhadores no setor”. /// Até sábado, leitor.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
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