A tarifa de energia elétrica fica mais cara a partir deste sábado (8) para o consumidor paraense. A conta de luz de setembro dos consumidores residenciais já deve estar 3,52% mais cara em relação à última fatura.
Indústrias e estabelecimentos comerciais (que utilizam a rede de alta tensão) pagarão um percentual de reajuste um pouco mais elevado, variando de 4,08% a 5,4%, uma média de 4,24%.
O reajuste nas tarifas cobradas pela Centrais Elétricas do Pará S/A (Celpa) foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira (4). Os novos valores cobrados serão válidos até o dia 6 de agosto do ano que vem.
Mais de 1,5 milhão de unidades consumidoras de energia elétrica serão atingidas pelo reajuste em todos os 143 municípios do estado do Pará.
As tarifas estão sendo reajustadas com média um pouco abaixo da inflação, que ficou em torno de 5% nos últimos 12 meses, de acordo com informações do escritório paraense do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA).
Ainda de acordo com o Dieese/PA, o reajuste acumulado nos últimos 11 anos, desde que a Celpa foi privatizada em julho de 1998, já chega a 187,1%.
Contribuíram para isso alguns fatores ao longo desses anos, entre os quais a elevação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica em janeiro de 2001, além dos reajustes para cobrir os prejuízos da Celpa com a crise energética (apagão) em janeiro de 2002 e, ainda, os ajustes anuais do “Seguro Apagão”, cobrados até 2005.
No mesmo período da privatização, a inflação medida pelos principais índices (INPC/IBGE e ICV/DIEESE) giram em torno de 106%. Vale ressaltar que esses índices são usados na maioria das negociações trabalhistas que definem os aumentos salariais da maior parte da população brasileira economicamente ativa.
O setor industrial e comercial também acumula reajuste expressivo nas tarifas de energia elétrica pagas no Pará, chegando a cerca de 100% de acúmulo, apenas de 2003 a 2009.
“Com isso, a população acaba sofrendo dois impactos: o primeiro, pelo próprio reajuste da tarifa nas contas residenciais, e o segundo, pela inflação, causado pela subida nos preços em função dos repasses dos reajustes no setor industrial e comercial”, escreve em sua análise o economista Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese/PA. (Fonte: Diário do Pará)
domingo, 9 de agosto de 2009
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